Cap.07 - Dissipar

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Sexta-feira chega e o dia na empresa hoje foi uma loucura, principalmente tendo que escutar aquela voz doce que imagino gemendo enquanto me chama de Senhor. Vendo aqueles olhos que transmitem inocência, mas ao mesmo tempo medo e força, aquela bunda redondinha sob aquele vestido colado, andando de lá para cá para me entregar papéis ou passar minha agenda do dia. Como quero estapear aquela bunda empinada.

Cazzo!

Meu irmão conheceu Luíza e assim que a viu jogou seu charme que claramente, não funcionou com ela, pelo contrário, a mulher foi indiferente, mas o tratou com toda educação do mundo, o que o fez se fazer de ofendido para mim. E dizer:

—Essa é difícil irmãozinho e tem cara de inocente! Mas a beleza dela é surreal! — Olho para ele de cara feia e ele franze o cenho para mim, certamente tentando entender o porquê da minha reação. Mas nem eu mesmo sei.

Final de expediente chegou e agora estou no meu quarto, me arrumando para uma festa BDSM privada na casa de um amigo meu, o Mike.

Nos conhecemos desde a faculdade e nunca mais perdemos contato. Temos gostos em comum relacionado ao sexo e já compartilhamos submissas no passado. Hoje ele é casado com sua última submissa, a Jessi, não a compartilha mais, pois segundo ele, não consegue mais ver outro homem a tocando, mesmo que a conexão sempre esteja entre eles na hora dos jogos.

Eles fazem cenas e por incrível que pareça, diferente dele, ela gosta de vê-lo com alguém, de assistir o seu Mestre e marido fazendo com outra mulher o que poderia fazer com ela. Claro que existem regras, uma delas é que a mulher sempre é da escolha da Jessi. Acho incrível que ele tenha conseguido algo assim, mas sinceramente não me vejo encontrando isso, tanto que estou sem submissa alguma a seis longos meses.

Termino de me arrumar, todo de preto, calça jeans preta rasgada e tênis preto, pego as chaves do carro e sigo rumo a casa do Mike e Jessi.

Já dos portões é possível ver uma quantidade suficiente de carros, pois como é algo privado, para pessoas mais próximas e que sabem como tudo funciona a quantidade além de reduzida é bastante seletiva.

Estaciono meu carro, desço, vou em direção a porta de entrada onde deixo o celular e colocam uma pulseira amarela no meu braço que indica que talvez, hoje eu dê a honra de brincar com alguém.

Assim que entro já se percebe que o lugar está num clima bastante sensual. Há um pequeno palco posicionado no centro da grande sala, canhões de luzes apontam para ele, indicando que a cena que farão ainda vai acontecer.

Vou ao bar onde pedindo um uísque puro com gelo, tomo um gole e logo vejo Mike vindo na minha direção com Jessi um passo atrás dele, com cabeça e olhos baixos, usa uma coleira com um pingente em formato de M pendurado — chega dá gosto de ver eles dois.

—E aí Lucca, pensei que não viria mais! Estava esperando mais um pouco para você chegar, para que não perdesse o nosso show.

—E aí Mike, na empresa hoje foi bastante corrido, quase não chego aqui. Oi Jessi, como vai? — Ela olha de maneira discreta para ele que acena dando permissão para que fale comigo, isso é sinal de respeito e obediência ao seu Senhor. Como eles são casados isso acontece mais em eventos ou festas de BDSM.

—Oi Dom Lucca! Estou bem e você?

—Estou bem! Ansioso para ver o que prepararam para hoje. Aliás Mike, o clima dessa vez se superou.

—Valeu irmão, espero que curta e da próxima vez quem sabe não traga uma submissa junto?! — Ele dá uma risada.

—Sei não Mike, não estou à procura, parece que todas elas têm algo faltando, não sei explicar ao certo. Mas vou curtir por aqui hoje, já dei uma observada no lugar — dou um sorriso de lado.

Meu CEO DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora