Cap.16 - Viva II

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Luíza

Acordo piscando forte os olhos, tentando me situar e assim que isso acontece sorrio ao me lembrar de tudo. De como ele me fez sentir acesa, viva, realmente como se fosse minha primeira vez. Eu tive meus primeiros orgasmos com um homem! Caramba e não foi só um, ele meu deu múltiplos! Posso não ser a rainha do sexo, nem ter tido experiências, mas já li bastante livros em um aplicativo do celular e por incrível que pareça, geralmente são livros de romance erótico. Já que não fazia, eu lia!

O fato de não transar a anos não me faz uma puritana. Sinto desejo e vontades como qualquer ser humano e me tocava algumas vezes — até ganhei um vibrador da louca da Emma — mas gozar naquela língua áspera e depois tremer sem parar naquela anaconda, foi como ir do céu ao inferno diversas vezes.

Porém nesse momento, preciso do meu celular, Emma e Adam devem estar preocupados, depois, correr para o meu apartamento me organizar para ir para a empresa. Sei que tenho uma conversa pela frente, porém agora o foco deve ser outro, tenho que me apressar.

Quando me viro na cama é que percebo que ele já levantou, então olho para o outro lado e minha bolsa está na mesinha de cabeceira — acho que ele que trouxe — pego meu celular e respondo rapidamente as mensagens da Emma, dizendo que mais tarde eu contaria tudo a ela e ao Adam. Levanto para ir me vestir e é quando a porta abri. Levo um leve susto, aí vejo que é o Lucca.

—Bom dia Luíza, dormiu bem? Como se sente? Eu tomei a liberdade e providenciei tudo que você precisa para ir trabalhar daqui mesmo. O café está na mesa, ali no banheiro tem o que precisa, te espero lá embaixo.

Ele fala tudo isso e sai... Ele simplesmente, sai — que mandão.

Fui ver as roupas e era um vestido mídi preto lindíssimo que com certeza custou um rim, uma sandália de salto blocado preta muito bonita também e adivinhem... uma lingerie de renda preta — ele pensou em tudo mesmo — Caminho até o banheiro e realmente tem tudo que eu preciso, de escova de dentes nova até itens de cabelo com cheirinho de frutas e dentro da gaveta abaixo da bancada, há um secador. Tomo um banho delicioso, pensando o que será que vai ser depois de ontem. Eu ainda consigo senti-lo dentro de mim e apesar de ainda ter certo medo, a ansiedade também está tomando conta de todo o meu ser.

De banho tomado, saio ainda enrolada na toalha, seco meus cabelos e quando a toalha sai do meu corpo, posso ver as marcas que não me deixariam esquecer o que aconteceu na noite de ontem nem se eu quisesse muito. Tem mordidas e chupões pelo meu corpo inteiro — graças a Deus ele poupou de deixar no pescoço, se não teria que cobrir com bastante maquiagem — saio do banheiro, visto as peças íntimas, o vestido e tudo cai como uma luva em mim, assim como a sandália — como ele sabia meu tamanho exato? Eu hein.

Saio do quarto, desço as escadas chegando até a mesa, como ele havia instruído. Assim que ele me vê, abre um belo sorriso. Ele está lindo num terno azul marinho, camisa azul bebê e gravata azul marinho com algumas bolinhas brancas minúscula — como pode ser tão lindo? — Seus olhos azuis estão ainda mais azuis põe causa da roupa e quase me perco na imensidão que eles são.

—Você ficou linda na roupa, agora vamos comer que o trabalho nos espera! — Assim que ele fala, uma senhora baixinha com traços latinos vem trazendo uma jarra de suco que suponho ser de laranja — Ah, Luíza, esta é a Marta, ela cuida da cozinha e é como minha segunda mãe, Marta está é Luíza.

—É um prazer te conhecer Marta! — Falo sorrindo, ela me parece ser um amor de senhora.

—O prazer é todo meu Senhorita Luíza! — Na mesma hora eu pedi que ela me chame apenas de Luíza ou Lu, Lulu, mas nada de Senhorita —Está bem então, Sen... Quer dizer, Luíza! — Rimos e ela se retira.

—Então Senhor Lucca, apesar de não ter me dado tempo eu gostaria de responder as perguntas que me fez lá em cima. Sim eu dormi bem, sim estou bem! — Ele só me olha enquanto dá aquele sorriso matador de lado

— Ah, e como sabia o tamanho exato que eu uso? — Pergunto franzindo o cenho.

—Não me subestime Luíza. Eu olhei as etiquetas do que você usava ontem quando veio para cá, e o sapato a mesma coisa, pedi que meu segurança comprasse tudo antes de você acordar — diz simples.

—Esperto! Obrigado, mas não precisava, de verdade Lucca — ele olha sério para mim.

—Eu facilitei sua vida, ficará bem mais fácil você ir daqui direto para a empresa e também não se atrasará. Inclusive, pode ir comigo já que vamos ao mesmo lugar — na mesma hora recuso. Não sei se seria uma boa ideia chegar lá com meu chefe. Eu mal comecei a trabalhar lá.

—Eu agradeço a oferta, mas acho melhor cada um ir no seu transporte. Já pedi um carro pelo aplicativo, não se preocupe.

—Já imaginava que fosse dizer isso, mas não custa tentar, não é? — Sorrimos — Hoje pretendo almoçar na minha sala mesmo, um amigo vai estar lá comigo então até a reunião às 14:30h, creio que estarei ocupado e no fim do expediente vou querer falar com você, se não for incômodo.

—Certo, sem problemas Senhor! — Ele me olha parecendo não gostar muito da formalidade, mas não diz nada — Hoje seu dia não será tão cheio e não é incômodo algum, eu posso conversar com o Senhor — quem será esse amigo? Já estou curiosa para saber o que vai ser dessa conversa e me bate uma insegurança danada.

Continuamos comendo num silêncio confortável, depois descemos juntos no elevador e antes de sairmos do prédio ele me puxa e me dá um beijo de tirar o fôlego, sussurrando em seguida com aquela voz rouca deliciosa:

—Nos vemos na empresa Srta. Milani.

Ele vai pra garagem do seu prédio e eu ainda fico parada tentando me situar — nossa, que homem intenso é esse? — Abano a cabeça e vou até onde o carro que pedi, o mesmo já está me aguardando a um tempinho.

Chego na empresa aceno pra Lisa, subo para o meu andar onde Olga avisa que o Sr. Bianchi ainda não havia chegado — estranho, cheguei antes dele? — Vou até minha mesa, ligo o computador já começando a organizar umas planilhas, analisar uns papéis que o Lucca ou melhor Sr. Bianchi precisa assinar, até que ele passa pela porta do elevador junto com o irmão cumprimentando tanto eu como a Olga — família abençoada essa viu? Os dois são muito gatos, sendo que o Sr. Vicenzo tem cabelos e olhos escuros, diferente do meu chefe, que é loiro dos olhos muito azuis. O porte físico é bem parecido e eles parecem ter a mesma altura, ou alguns centímetros de diferença — O Lucca entra na sua sala e o irmão dele na do Vice-presidente. O Sr. Vicenzo é o vice da empresa e cuida da parte jurídica já que tem formação em direito, além de ter os mesmos conhecimentos empresariais do meu chefe — a verdade é que acho que todos eles têm formação em administração ou algo do tipo — Eu cuido dos documentos que transitam entre os dois, mas em questão de agenda e essas coisas, ele mesmo se resolve com o irmão. Eles formam uma boa dupla.

A manhã passou de forma rápida e um pouco antes de eu sair para almoçar com a Lisa — que ligou aqui para cima me convidando — um homem alto, negro, forte, de olhos escuros, cabelo estilo militar, todo trabalhado na elegância, passa pelo elevador e eu já lembro do amigo que viria almoçar aqui com o Lucca.

—Bom dia, Srta.! Eu vim ver o Lucca, sou Mike Davis amigo dele.

—Ah, claro Sr. Davis, pode entrar, o Sr. Bianchi já está lhe aguardando — ele agradece e vai em direção a porta do escritório.

Gente, de onde sai tanto homem gato desse jeito? Mas pelo pouco que percebi, ele é casado, tinha uma aliança enorme brilhando no seu anelar.

Enfim, melhor descer para almoçar pois além de estar no horário, minha barriga já está roncando. Pego minha bolsa e desço para almoçar com a Lisa.

Mais um capítulo pra vocês!
O próximo capítulo será a conversa do nossa CEO gostoso com o amigo e com Luíza.

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Meu CEO DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora