Cap.08 - Atração I

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Luíza

Escuto um barulho irritante, tento tapar os ouvidos, mas não adianta. Grito, desistindo completamente me sento na cama e pego o causador dessa barulheira sem fim, arregalo os olhos saindo em disparada para o banheiro tomar o banho mais rápido da minha vida — Ai meu Pai eterno, segunda semana no trabalho e já vou chegar atrasada. INFERNO!

Saio do banho voando, troco de roupa igual a uma desesperada, pego minha bolsa, chaves de casa e corro para rua atrás de um táxi, olho o relógio e já são 07:20h, nunca que chego na empresa em dez minutos. Entro no táxi pedindo para o moço acelerar o máximo que der nesse trânsito louco de Nova York, chegando em frente da empresa, respiro fundo, pago o taxista e desço correndo. Dou bom dia ao pessoal que fica na entrada, solto um tchau para Lisa indo na direção do elevador, quando aperto o trigésimo andar que as portas começam a se fechar uma mão segura as portas dando passagem para meu querido chefe adentrar o elevador com sua total imponência.

—Bom dia Srta. Milani, atrasou hoje? — Fala me olhando de cima a baixo. Fico sem jeito, abaixo a cabeça e tenho certeza que corei, merda!

—Bom dia Sr.! Infelizmente quase quebro meu despertador e o táxi mesmo acelerando mais do que devia o trânsito complicou um pouco as coisas. Me desculpe Sr., não irá mais se repetir!

—Não estou brigando com a Srta., só constatei algo que ocorreu, afinal você é a primeira a chegar desde que começou aqui semana passada.

—Eeh.. N-não foi minha intenção mesmo Sr.! — De repente o elevador dá um tranco e tudo se apagada — Ai meu Deus, era só que faltava!

— Calma Srta. Milani, tem gerador na empresa já, já tudo volta a funcionar — ele fala tranquilo.

Nesse meio tempo acendeu uma luz vermelha dentro do elevador — a luz de emergência — quando olho para a frente, dou de cara com o chefe gato me olhando, tão profundo que fico desconcertada, me sinto nua só com seu olhar. Ao contrário do que acontece geralmente, a proximidade dele não me faz recuar, então ele levanta a mão passando o polegar bem devagar pelos meus lábios, os contornando e os olhando fixamente. Permaneço petrificada, sentindo um arrepio estranhamente bom, depois de muito olhar minha boca ele volta aos meus olhos e me encara ainda mais de perto, como se quisesse ter certeza de algo que eu sinceramente não faço ideia do que seja.

O Sr. Bianchi vem se aproximando devagar e quando seus lábios roçam nos meus levemente, as luzes se ascendem fazendo com que o elevador volte a subir. Ele se afasta resmungando algo que não entendo, mas parece ser italiano em quanto fico morta de vergonha parada no mesmo lugar, provavelmente um tomate de tão vermelha. Ele me olha, sorri de lado e volta a prestar atenção na tela onde mostra os andares que estamos subindo. Saindo do elevador ele parece pensativo e antes de entrar na sua sala, me olha bem nos olhos e diz:

—Srta. Milani, sei que vai passar minha agenda daqui a alguns segundos, mas quero que esteja em minha sala no final do expediente — balanço a cabeça murmurando um, Sim Sr. muito sem graça e já esperando pelo pior. Até a Olga olha para ver por causa do jeito impetuoso que ele falou comigo. Num tom autoritário.

Depois de passar sua agenda e ver que não tem nenhuma reunião para hoje, só entrego os arquivos que ele havia me pedido semana passada, juntamente com os relatórios e anotações que fiz nas reuniões. Estou extremamente nervosa e preocupada.

Meu Deus, eu mal entrei nessa empresa e já vou ser mandada embora. O que deu em mim para não recuar? Mais que merda Luíza.

As horas vão passando e eu não parava de bater a caneta contra a mesa. Olga e Vincenzo já haviam ido embora, estava só aguardando o momento do julgamento final. De repente o telefone tocou, sua voz ecoou dizendo para eu ir até sua sala. Assim que entro o visualizo de pé na frente da parede de vidro olhando as luzes da cidade, tem um copo de o que imagino ser uísque nas mãos. Fecho a porta dando três passos cuidadosos para dentro. Passam-se mais alguns segundos até ele se vira, só então percebo que está sem paletó, gravata, as mangas da camisa azul claro estão arregaçadas mostrando algumas tatuagens naquela área e os primeiros botões abertos, mostrando um pouco do seu físico — não sabia que ele tinha tatuagens, que sexy — Ele me olha no fundo dos olhos e vem se aproximando de mim. Novamente passa as mãos pelo meu rosto, na verdade, dessa vez ele passa as costas das mãos na minha bochecha, sem tirar os olhos dos meus.

—Você é incrivelmente linda Luíza!

Dito isso ele aproxima os lábios dos meus os selando com delicadeza, mas ao mesmo tempo com firmeza. De primeira fico sem reação, então ele pede passagem com sua língua e eu molinha que estou, dou a passagem que ele quer sem hesitação. Sua língua explora cada canto da minha boca, quando nossas línguas se tocam é como uma dança sensual demais, a mão dele desce da bochecha para minha nuca agarrando ali em quanto a outra agarra minha cintura com certa força, mas que estranhamente me agrada demais, ele suga minha língua com avidez e aos poucos o beijo vai ficando mais lento com uma mordidinha em meu lábio inferior o chupando em seguida — sexy demais, já falei isso? — As suas mãos começam a ganhar mais vida, estou zonza de tanto tesão e algo mais que não entendo. Quando ele passa as mãos pelos meus seios ensaiando abrir minha camisa, nos afasto. Olho bem para ele, para olhos azuis mais intensos que já vi perguntando o que acabou de acontecer e ele é sincero na sua resposta que me deixou sem palavras.

—Sabe Luíza, desde o dia que te vi pela primeira vez te achei atraente, linda mesmo. Seus olhos cor de âmbar quase verdes tão claros, mexem com minha cabeça e não sei exatamente o porquê ou até saiba, mas ainda não é a hora de você saber. Não minto e não quero que o que aconteceu hoje mude nossa relação no trabalho, vou entender se quiser me tratar de forma mais formal do que já me tratava, até se quiser falar comigo apenas o necessário, mas Luíza, estou sendo cem por cento sincero quando digo que algo em você me atrai de um jeito insano, eu só quero que deixe as coisas acontecerem — ele faz uma pequena pausa — Se acontecerem, vamos precisar ter uma conversa séria para que você decida de vez se vai tentar me conhecer, apenas como Lucca ou se vai preferir deixar para lá e continuar a seguir sua vida.

Nesse momento eu soube o quanto estou ferrada! Cada palavra que saiu de sua boca... acredito em cada uma delas. Ele não desvia ou muda o olhar um segundo se quer.

O que eu faço Deus?

Continua no próximo capítulo, só que da visão do nosso gato dos olhos azuis!

Meu CEO DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora