Cap.21 - Abrindo o Jogo

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Luíza

Quando chegamos ao lugar foi que me toquei que estávamos Skaylark... Ca ram ba! Já passei aqui na frente algumas poucas vezes, mas nunca entrei, só para estar nesse lugar eu deveria deixar um rim.

Saio dos meus devaneios com o Lucca abrindo aporta e estendendo a mão para me ajudar a descer. Ele vai me guiando com a mão na base da minha coluna — só esse mínimo contato sobre a roupa me faz arrepiar — até sermos recepcionados por uma moça muito bonita e educada que nos guia até o elevador que nos levará até o topo desse enorme prédio. Assim que saímos da caixa de metal, outra moça indica a mesa que seria nossa. Agradecemos, a moça se retira, Lucca puxa a cadeira para eu sentar e vai sentar do outro lado, de frente para mim.

—Então, gostou da "surpresa"? — Pergunta fazendo aspas.

—Está brincando Lucca? Olha só essa vista! Dá para ver o Empire State daqui e nós nem estamos lá fora! — Falo maravilhada, a vista de Nova York a noite é realmente maravilhosa.

Esse restaurante é incrivelmente lindo, as paredes são metade de vidro, o que nos permite ver o ambiente externo, onde como aqui dentro, tem mesas espalhadas estrategicamente, mas com o adicional de sofás super arrojados — com certeza muito caros — e um bar de canto com banquetas douradas compridas. Aqui dentro as mesas têm velas dentro de cúpulas de vibro, é um ambiente super reservado, aconchegante e elegante. Imagino que cada andar deve ser de um jeito.

—Que bom que gostou! Queria te trazer para um lugar calmo, bonito, que pudéssemos apreciar uma boa refeição e conversamos tranquilos.

—Acho que conseguiu o que queria! — Ele sorri de lado.

—Ainda não sei Ragazza, mas espero que sim! — Não entendi o que ele quis dizer, mas nem me importo. Eu amo quando ele fala em italiano, com essa voz rouca e forte.

—Então, vamos pedir? Você quer algo em especial? — Disse que ele poderia escolher o que achasse melhor, não tenho frescura com comida, só tenho alergia a picada de Abelha, siiim, se caso acontecer tenho que correr para o hospital.

—Está certo, vou pedir um Salmão nas crostas de nozes e especiarias. É um dos que mais gosto, espero que te agrade — eu aceno que sim e penso que ele já deve ter vindo muito aqui, talvez até trago outras mulheres.

O jantar chega junto a um vinho tinto maravilhoso. Enquanto jantávamos, falávamos mais coisas sobre nós, nossas famílias e amigos. Contei que Adam é gay, que saiu de casa cedo porque seus pais nunca o aceitaram, que nos conhecemos assim que eu e Emma nos mudamos pra Nova York. Lucca contou que tem um primo que cresceu junto com ele na Itália que também é gay, disse que provavelmente ele venha passar um tempo aqui já que para variar, é CEO e tem coisas a tratar por aqui. O papo rolava de maneira fluida, não era nada forçado ou mecânico. Fazia muitos anos que não me sentia à vontade com um homem sem ser o Adam, como me sinto com ele, o que soa meio estranho já que nossa convivência é um total de duas semanas. Mas quem sou eu para julgar intensidade?! Jhon está aí no meu passado para me lembrar que tempo não diz absolutamente nada.

Quando terminamos nossas sobremesas, Lucca se levanta me estendendo a mão, me levando para o ambiente externo do lugar. É tudo envidraçado o que dá um pouco de agonia, mas a vista e o ar puro valem muito apena. Chegamos bem perto do parapeito, Lucca parece um pouco pensativo, diria até nervoso. Deve ter a ver com o que ele tanto quer me contar... É nessa hora que ele vai dizer que tem namorada e que o que rolou entre a gente foi bom mas não vai rolar mais — foco Luíza, para de pensar tanto mulher.

—Sabe Luíza, desde o primeiro instante que te vi, você despertou algo em mim que até agora eu não sei explicar — te entendo, senti a mesma coisa mesmo querendo fingir que não, penso — pensei muitas vezes se deveria me aproximar, mas aí veio o dia do elevador, o jantar na minha cobertura, o que rolou depois daquela conversa esclarecedora e pesada que, juro por tudo, minha intenção naquela noite era realmente conversamos um pouco sobre nós e tentar entender o que te travava tanto, mas as coisas mudaram. Depois eu só queria te mostrar o que é ter prazer, o que é desejo e que nada em você é errado ou feio.

Meu CEO DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora