Cap.09 - Atração II

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Lucca

Segunda-feira chega até que bem rápido e eu passei o final de semana inteiro, remoendo o que o Mike me disse na sexta, sobre minha submissa ideal, talvez, só talvez, realmente deva estar onde não procurei ou pelo menos bem mais perto que imaginei.

Todas as vezes que fechava os meus olhos pensando nisso, só enxergava aquela Ragazza dos olhos mais lindos que já vi.

Nunca em toda minha vida me senti assim, como se estivesse perdendo completamente o controle, afinal, sou um Dominador e porra, controle é algo que devo ter, porém, ela me tira do eixo sem fazer absolutamente nada. Preciso muito saber que poder é esse que a Srta. Milani tem sobre mim e o meu amigo aqui embaixo. SIM, o que tenho entre as pernas não pode ver, nem pensar nela que já bate continência, pronto para a batalha.

Estou chegando atrasado na empresa — coisa que eu não gosto — graças aquela Feiticeira. Desde que pus os olhos nela, não consigo tira-la da minha cabeça, fiquei tanto tempo divagando que perdi a porra da hora.

Quando passo pela parte de trás da recepção vejo que o elevador já está fechando — não sei por qual motivo não peguei o elevador privativo. Pouparia tempo e não precisaria passar por aqui — acelero meus passos pondo a mão para impedir que as portas se fechem por completo e quando entro suspirando aliviado, dou de cara com Luíza. Nós nos cumprimentamos, falamos sobre o atraso dela — já descobri que ela não tem carro, talvez possa usar isso ao meu favor — logo ficando em silêncio esperando chegar em nosso andar, mas como já não bastava estar nessa caixa de metal com ela botando a prova todo meu autocontrole, o elevador simplesmente para, na mesma hora a acalmo dizendo que aqui na empresa há gerador e logo voltaríamos a subir. Nesse meio tempo a luz de emergência ascende, chego mais perto ficando ali de cara com ela, sentindo cheiro maravilhoso que só ela tem, me aproximo ainda mais. Devagar. Luíza não se mexe nem fala nada — tomo isso como incentivo, espero estar certo — levo minha mão aos seus lábios, Cazzo! Quando passo meu polegar contornando sua boca deliciosa ela cora — nem deve ter percebido. Como pode ficar ainda mais linda envergonhada? — Eles são macios ao toque e logo imagino minha boca grudada na dela ou em volta do meu pau — puta que pariu Lucca, foco — vou me aproximando e quando nossos lábios roçam de leve um no outro, o maldito elevador começa a subir novamente. Subimos o restante que falta em completo silêncio, cada um com seus pensamentos e os meus são todos bem pervertidos.

Chegando ao nosso andar, apenas digo a ela que no final do expediente venha até minha sala, não dou maiores explicações e falo firme, autoritário. Talvez tenha até soado um tanto rude? Sim, porém não foi minha intenção, mas sou masoquista e é bom torturar um pouquinho aquela lindeza. Provavelmente deixei a Ragazza morrendo de medo de ser demitida,

No final do expediente só estamos nós dois no nosso andar, pois o Vince saiu mais cedo para provavelmente comer alguma boceta e Olga foi embora no seu horário convencional.

Levanto, enchendo um copo de uísque com gelo, tirando a gravata, o paletó, abrindo alguns botões de cima e arregaçando as mangas. Sigo até parede de vidro onde fico olhando a grande cidade, cheia de luzes em quanto penso no que vou fazer. Não posso ir com muita sede ao pote, porque já percebi que Luíza é bastante tímida, na verdade acho que tem mais coisa nisso tudo, espero que ela me conte o que a prende quando sentir que deve, quando confiar em mim. Também não posso mentir quem sou para ela, até porque sou assim desde novo, é o que eu curto, é quem sou e se ela me aceitar vou ter paciência para apresenta-la o meu mundo.

Nunca na vida me arrisquei tanto assim por uma mulher — você nunca se envolveu de verdade emocionalmente com uma Lucca — muito menos por uma que mal conheço, porém algo me diz que ela vale a pena o risco.

Saio dos meus pensamentos quando batem na porta. Ela entra devagar, meio hesitante, consigo sentir seu cheiro doce, mas não me viro ainda, quando percebo que ela entrou de verdade parando o barulho dos saltos no piso, aí sim me viro para olha-la nos olhos que parecem dizer tanto e ao mesmo tempo nada. Eu não resisto, me aproximo e a beijo.

De início ela parece se assustar com minha ação, mas depois cede e Cazzo, que beijo é esse? Que boca doce é essa? Onde essa Ragazza aprendeu a beijar gostoso desse jeito? Me empolgo um pouco na sensação de tê-la nos braços, aperto com força sua cintura, fazendo-a arfar em surpresa — talvez ninguém nunca tenha pego ela assim — com a outra mão agarro seus cabelos pela nuca, trazendo-a ainda mais pra mim dominando os movimentos, depois passo a mão que estava na cintura sobre seus seios, sentindo seus biquinhos rígidos sob a camisa e o sutiã, mordo seus lábios perfeitos, os chupo e nesse momento ela parece ter caído em sim porque se afasta de mim, me olhando fixamente. Juro que achei que ela fosse correr, mas não. Ela está vermelha, ofegante e excitada, quis rir, mas me segurei para não a constranges.

Não perco tempo. Começo a falar na lata tudo que se passa na minha cabeça desde o bendito dia que ela entrou por aquela porta para fazer a entrevista. Luíza fica parada me olhando, sua expressão é de completa confusão, de quem está assimilando tudo que eu disse, mas permaneço falando e até digo que entenderia — odiaria, mas entenderia e daria espaço a ela — se ela não quisesse tentar algo comigo, afinal, mal nos conhecemos e além de beijá-la duas vezes, quer dizer, quase duas vezes, ainda propus que tenhamos um lance. Nem eu sei o que porra estou fazendo!

Cazzo!

Depois de minutos que pareceram horas, nos encarando em absoluto silêncio, ela respira fundo como se buscasse as palavras certas ou até mesmo coragem para poder em fim falar.



E aí, o que será que nossa Lulu respondeu? Será que ela vai superar suas inseguranças e seus traumas e deixar o Lucca mostrar o mundo dele? Veremos!

HahahA

Meu CEO DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora