Cap.12 - Conhecendo I

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Lucca

Estou encostado no meu carro esperando Luíza, quando ela aparece linda, numa roupa casual, mas extremamente sexy. A calça marca muito bem suas curvas. Ela se aproxima de mim toda linda, os cabelos escuros e longos caindo como cascatas sobre suas costas, os olhos grudados nos meus, muito linda mesmo.

—Você está linda Luíza, de verdade mesmo! — Ela cora, sorri e agradecendo o elogio.

Abro a porta para que ela entre no carro e no caminho vamos em um silêncio confortável, só a música da rádio que é ouvida dentro do carro. Chegando no meu prédio, o porteiro abre liberando minha entrada no subsolo para guardar o carro. Desço, dou a volta e abro a porta para ela.

—Obrigado! — Apenas sorrio.

Vamos para o elevador, digito o código e subimos para a cobertura. Então Luíza resolve quebrar o silencio.

—Esse prédio é incrível Lucca! — Novamente, meu nome saindo da sua boca me deixa em dúvida se prefiro Senhor ou Lucca.

—É sim. Algo me diz que você vai amar a vista do meu apartamento — realmente acho que ela vai gostar.

Assim que entramos, ela observa tudo, cada canto, mas como imaginei, seus olhos grudam na vista da cidade. Meu apartamento tem janelas do chão ao teto nas salas, o que nos permite ter uma vista bastante privilegiada.

—É lindo, não é? — Pergunto a observando em contraste com as luzes da cidade.

—É perfeito Lucca, a vista é incrível! — Fala encantada, mas tenho meus olhos apenas nela.

—A vista é realmente, é incrível! — Ela nota que não estou falando da cidade, ruborizando instantaneamente. Acho isso sexy para cacete, Cazzo! Pelo menos nela eu acho.

Logo a chamo para jantar um macarrão ao molho branco, com um bom vinho tinto e de sobremesa mousse de chocolate. Ela elogia tudo e diz que amou o mousse já que é apaixonada por doces de modo geral. Chamo-a para o sofá, ainda estamos com nossas taças de vinho em mãos. Sento de lado no grande sofá, ficando de frente para ela e a mesma me observa atentamente. Luíza parece bastante hesitante, sem saber muito como agir, mas pretendo mudar isso logo.

—Que tal começarmos a nos conhecer por coisas simples? Eu faço um resumo das coisas que gosto, família, trabalho, estudos e depois você faz o mesmo — ela apenas assente com um movimento de cabeça.

—Certo, vamos lá. Minha cor preferida é o preto apesar de gostar de azul porque sei que ascende meus olhos — falo fazendo ela rir e já descobri que gosto bastante do seu sorriso — curto futebol, amo massa, não sou muito do doce mas adoro sorvete, sou italiano mas moro aqui a mais de doze anos. Nessa época meu pai resolveu trazer a sede principal da empresa para cá, então minha adolescência foi vivida nesta cidade. Tenho dois irmãos, o Vincenzo que você já conheceu, tem 30 anos apesar de as vezes eu ficar na dúvida — ela sorri com a minha constatação — eu sou o do meio com 27 anos e temos a nossa caçulinha Elisa, que tem 21 anos, ela é nossa pedra preciosa. Meus pais são incríveis, mente aberta, Seu Vittorio e Dona Paola conquistaram tudo que temos hoje com muito esforço. Somos uma família bem unida, temos liberdade para falar sobre tudo com eles e sempre foi assim. Fiz faculdade de administração de empresas como você, tenho MBA em finanças e gosto muito do que faço, meu pai nunca nos impôs isso, mas tanto eu como o Vince sempre quisemos dar continuidade a tudo que foi construído com tanto esforço por ele e nossa mãe. Um dia você conhecerá minha mãe e ela vai contar a história deles, é incrível. Tem mais uma coisa que preciso te contar, mas é aquela que vou esperar para contar quando tiver sua confiança.

—Uau, Lucca, fiquei até sem graça de falar sobre mim, sua vida parece ter sido tão.... Perfeita! — Fala um pouco sem jeito.

—Não pense assim Luíza. Tive sim uma infância feliz não posso negar, fui meio rebelde na adolescência e meu irmão vivia me tirando de problemas já que é quatro anos mais velho. Passamos um susto grande quando Mamma engravidou da Elisa, eu tinha 6 anos e o Vince 10, nossa mãe tinha 30 anos, nova ainda, mas a gravidez foi muito complicada, até hoje lembro dela por meses deitada numa cama, recebendo visitas médicas constantes para saber se elas estavam bem, enfim... No parto quase perdemos as duas, mesmo com todo cuidado, minha mãe teve uma hemorragia muito grande, chegou a ficar em coma e nossa princesinha ficou um tempo na UTI Neonatal, então Dona Luíza, sinto te informar, mas a vida de ninguém é um mar de rosas o tempo inteiro, todos enfrentamos coisas difíceis em algum momento — ela me olha concordando, respira fundo e começa a falar.

—Minha cor preferida sem dúvidas é vermelho, gosto de futebol como Brasileira nata que sou, amo pizza, na verdade amo comer — nessa hora sorrio. Luíza é magra, tem curvas no lugar, ninguém diria que ela come muito — sou louca por doces, qualquer um deles, mas o chocolate tem meu coração, nasci numa cidade do sudeste do Brasil, minha mãe morreu no meu parto, meu pai... não conheço, pois largou minha mãe assim que soube da minha existência. Tudo que sei sobre a minha mãe Ana, são as coisas que minha avó Maria me contou, ela que me criou e sempre deixou claro o quanto minha mãe me queria. Vovó faleceu de câncer quando eu era adolescente e minha salvação foi a mãe da Emma que é minha melhor amiga desde que me entendo por gente — ao falar da avó e da amiga ela abre um sorriso, seus olhos ganham um brilho diferente — elas sempre estiveram comigo até eu completar 18 anos e decidir que viria morar aqui. Pesquisei, conversei com a Emma e a Tia Amália, vendemos a casa de vovó, juntamos com o dinheiro da mãe da Emm e viemos para Nova York. Aqui nós estudamos muito e conquistamos o pouco que temos hoje. Emma é fotógrafa em uma revista em quanto eu, bom... sou formada em administração, tenho curso sobre bolsa de valores e falo quatro idiomas.

—Certo, entendi tudo, inclusive, sinto muito por sua mãe e avó. Sobre seu progenitor, ele que perdeu em ver a pessoa incrível que você é. Só não entendi porque vir para cá, sei que tem um, MAS aí!

Luíza fica um tempo em silêncio, como se estivesse criando coragem para falar. Me levanto indo até onde ela está pegando em sua mão fazendo um carinho reconfortante, tentando dizer que está tudo bem.

Próximo episódio será emocionante e também um passo enorme para que eles comecem algo.

Meu CEO DominadorOnde histórias criam vida. Descubra agora