Capítulo 33: A pesada punição de Arthur

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Uma visão muito interessante se desenrolava na Praça Central naquele momento. Violet e Alice haviam alcançado a Praça a algum tempo e Arthur, juntamente com Lynn e Layla, haviam acabado de chegar no local, que já estava com seus arredores quase lotados de alunos e alunas curiosos.

Mesmo que não fizesse nem meia hora que Violet havia proferido aquela sentença, fofocas tão quentes como aquela se alastravam como uma praga.

Assim, mais da metade do Colégio já estava presente. Alguns até saíram de suas aulas para ver a "execução" de Arthur.

Logo depois que Arthur chegou, Alice fez com que ela e Violet se posicionassem um pouco atrás dele, em um lugar bom o bastante para ver perfeitamente o movimento do chicote e as costas de Arthur. Antes de amarrarem o silencioso líder dos rebeldes, Arthur fez algo meio inesperado. Ele tirou a camisa, ficando com o peito e as costas nus, afirmando que "Assim a punição será melhor executada...".

Seu peitoral era tão bonito, musculoso e definido que arrancou muitos suspiros das garotas assistindo. Contudo, Violet nem conseguiu se atentar muito para isso.

Por fora, ela parecia fria como sempre, com as mãos para trás como um general e um olhar insensível voltado para frente. No entanto, dentro de si, seu corpo estava quase convulsionando, querendo escapar daquela situação, querendo fugir de ter que ver seu amado sofrer tanto em sua frente. Ela já sofria horrivelmente e a sentença nem havia começado. Violet estava fazendo seu melhor para aparentar frieza, como sempre fazia em execuções como essas, mas suas mãos atrás de suas costas tremiam violentamente, mesmo que Violet as cerrasse com muita força.

Já a Alice ao lado dela estava bem diferente. Alice logo se atentou no refeitório que Arthur provavelmente foi sim o culpado pelo estado deplorável que Violet tinha ontem à noite e essa atitude desesperada de confessar seus erros era apenas uma maneira de fazer Violet o perdoar. Alice achou esse plano de Arthur brilhante e estava dando seu melhor para fazer Violet cair nele direitinho.

Por isso, nesse momento, Alice era um retrato da calmaria e quase um sorriso podia ser visto em seu rosto. Mesmo que não fosse muito aparente para todos, ela podia perceber muito bem o nervosismo de sua amiga Chefe. O efeito que Arthur queria causar estava indo muito bem.

Enquanto as mãos de Arthur eram amarradas no poste por Layla, Charles e Robbert chegaram correndo na praça. Como havia uma multidão, eles não conseguiram chegar facilmente até onde seu amigo estava. E essa dificuldade também deu espaço para Eric chegar e Elliot chamar bastante gente do lado dos rebeldes, o suficiente para segurar aqueles dois garotos desesperados um pouco antes de eles chegarem no meio da Praça, onde estava Arthur.

Charles e Robbert ainda lutavam e gritavam por seu amigo, sempre pedindo para que Violet parasse isso. Suas vozes eram as únicas altas que se ouviam na praça. O resto das vozes eram apenas sussurros e fofocas sobre tudo o que estava havendo.

Era meio difícil para Arthur aguentar todos aqueles olhares em si e ouvir os gritos desesperados de seus amigos. Mas ele ainda assim se manteve firme e nem pensou em fugir, mesmo que seu destino fosse bem terrível. Quando Layla finalmente terminou de amarrá-lo, Lynn já se posicionou atrás das costas musculosas de Arthur com um chicote nas mãos. Arthur estava ajoelhado no chão e olhava pra baixo inexpressivo. Suas costas subiam e desciam devagar acompanhando sua respiração que ele forçava a ficar controlada. Algumas cicatrizes ainda podiam ser vistas naquela carne, frutos de sentenças anteriores que Arthur teve que enfrentar.

Layla perguntou para Violet com seriedade:

- Podemos começar a punição Chefe?

Violet tinha a mesma aparência de sempre, fria e insensível. Entretanto, nenhuma palavra conseguiu sair de seus lábios. Por dentro, Violet estava quase tendo uma pane. Seu coração estava muito acelerado e suas mãos suavam e tremiam desesperadamente escondidas atrás de suas costas.

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