Arthur acordou confuso em um quarto todo branco e luxuoso no hospital. Ele estava deitado de lado em uma cama muito confortável. Havia muitas agulhas nos braços dele, conectadas ao que ele achava ser remédios e soro. Ele podia ver também diversos aparelhos ao seu lado e ouvir os sons de "bip" que indicavam seus batimentos cardíacos. Ele se levantou devagar tentando se sentar na cama, mas foi parado por uma enorme fisgada dolorosa em suas costas.
Arthur voltou a posição que estava deitado, finalmente se lembrando de tudo o que tinha acontecido.
"Nossa... bom, a dor foi bem pior do que eu esperava, mas pelo menos eu sobrevivi..." ele comentou ironicamente para si mesmo, tentando novamente se sentar. Dessa vez, com bastante esforço e muita dor, ele conseguiu sentar-se por completo na cama. Ele logo se tocou que vestia um avental azul de hospital e que suas costas estavam totalmente enfaixadas por ataduras. A dor ainda continuava um pouco forte. Arthur resolveu ignorar essa situação e olhar ao redor do quarto para se distrair.
As janelas estavam parcialmente fechadas, mas ainda podia-se ver lá fora o que parecia ser uma tarde bem ensolarada. Enquanto Arthur estava distraído olhando pra janela e tentando entender que horas eram, a porta do quarto se abriu do nada e muitas pessoas entraram de uma vez ainda conversando baixinho achando que ele estava desacordado.
Eram Charles e Robbert na frente, logo atrás vinham Eric e, por incrível que pareça, Sakura. E mais atrás deles vinha alguém ainda mais inimaginável: Andrew. Ele parecia debochado como sempre, mas com algumas olheiras esquisitas que destoavam de sua normal aparência bonita. E ele não era o único. Todos os garotos que acabaram de entrar ali tinham enormes olheiras e pareciam bem cansados, até mesmo Sakura, que parecia como sempre, só um pouco mais atenta por estar em um território desconhecido com seu namorado.
Assim que viram Arthur acordado, todos paralisaram na porta. O Chefe dos rebeldes viu seu choque e levantou a mão dizendo com a voz rouca, mas com um lindo sorriso sem graça:
- E aí pessoal...
- ARTHUR! - Todos gritaram ao mesmo tempo e Charles, juntamente com Robbert, correram para sentar-se na cama e abraçar seu amigo um de cada lado, começando a chorar como crianças e resmungando alto.
- Seu idiota! Você quase morreu e nos matou de preocupação... - Robbert dizia irritado enquanto fungava abraçando seu amigo fortemente.
- Você é muito sem noção mesmo! Escapou da morte por um milagre só para acordar três semanas e meia depois e dizer um "E aí" com a maior cara de pau... - Charles ainda soltava lágrimas mesmo morrendo de raiva de Arthur. Ele deu um leve soco no peito de seu amigo dizendo com irritação "- Você é maluco, seu cretino... nunca mais iremos seguir suas ideias suicidas!
Mesmo sentindo dor pelo aperto de seus amigos, Arthur sorriu divertido e disse com uma voz meio fraca:
- Aí pessoal, vocês vão me matar assim, ainda dói, não me apertem tanto... Charles... aí Robbert...
Robbert o soltou com o rosto meio abalado ainda e um sorriso meio triste:
- Foi mal Arthur, ainda deve doer muito, né?!
Já Charles, que não era tão gentil assim, se afastou devagar e disse limpando as lágrimas com um leve desdém na voz:
- Como se você fosse morrer só por um apertinho desses... Está é com sorte que tá vivo mesmo depois de tudo...
Agora que eles o soltaram, Arthur prestou um pouco mais atenção em suas palavras e perguntou meio surpreso:
- Então eu... dormi por três semanas e meia depois das 100 chicotadas?
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Colégio dos Talentos - World Talents College - Livro 1
RomansWorld Talents College é o lugar onde os mais talentosos alunos do mundo inteiro se reúnem. Num lugar onde o "talento" é a engrenagem que move tudo, duas pessoas quase perfeitas se enfrentam com tudo o que tem para decidir qual deles tem a melhor vis...