8. Teorias da Viagem no Tempo

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A garota lhe encarou incrédula e levou um tempo para processar aquelas curtas informações. Apesar de ter ignorado as palavras de ter um eu do futuro, o que a deixou de fato perturbada foi ter enxergado uma mulher com a mesma aparência que a sua, porém, um pouco mais madura. Apesar das diferenças de idade, era nítido que aquela que estava em sua frente era ela mesma. A estranha possuía um cabelo comprido e mais alisado do que o seu que aparentava ser mais encaracolado e volumoso. O motivo disso era Sasuke, onde ela ouviu um boato no colégio de que ele gostava de garotas com o cabelo longo. Os olhos eram verdes e brilhantes, e a pele alva. No entanto, o que poderia servir para fazer cair a sua realidade era o fato da mesma ter uma pequena cicatriz na testa em forma de losango, devido a um acidente leve na infância.

Não tinha como negar que eram as mesmas pessoas. Contudo, ainda parecia surreal e a garota recuou assombrada.

— Isso é uma pegadinha, não é? — olhou para os lados como se esperasse que alguém fosse surgir e rir da sua cara.

— Não é! O que digo é a verdade! Eu vim do futuro! — insistiu.

— Não estou gostando disso! Saia da minha casa agora!

— Por favor, me escute! — se aproximou. — Eu sei que parece loucura, mas é a verdade! Você precisa confiar em mim!

— Como isso é possível?

— Eu não sei te explicar, mas com um tempo você vai entender! — desesperada, Sakura retirou do bolso o cartão de Orochimaru e entregou para a menina que ficou com hesitou em pegar.

— O que é isso?

— Eu não vou perturbar você! Eu sei que está assustada e vou te dar um tempo para pensar! Mas caso queira falar comigo, me encontre nesse endereço! Eu prometo lhe dizer a verdade e explicar o que está acontecendo! Por favor, me procure e não conte pra ninguém sobre isso!

A adolescente avistou-lhe ir embora e antes de partir, Sakura olhou novamente para o quarto e respirou fundo aceitando que não pertencia mais àquele local. A garota encarou silenciosamente o cartão em suas mãos e não soube mais o que fazer ou o que pensar.

Retornando para a casa de Orochimaru, Sakura o encontrou no porão tomando copos de café e com os olhos esbugalhados para as telas dos computadores. Avistou também pedaços de metais e parafusos espalhados pelo piso ao ponto de nem conseguir caminhar.

— O que está fazendo? — questionou enquanto tentava se aproximar.

— Ainda bem que você chegou! — se levantou ao finalmente notar a sua presença. — Preciso que me diga como será a máquina do tempo no futuro.

— Eu não sei explicar. Não entendo muito disso.

— Me ajude! — chacoalhou os seus ombros. — Tente se lembrar de como era! Desenhe! Se eu tiver uma ideia, posso conseguir fazer!

— Tem certeza que vai dar certo? É fácil criar uma máquina do tempo?

— Claro que não! Eu levei anos para conseguir construir aquela e só cabem ratos!

— Anos? — arregalou os olhos. — Você ficou louco? Eu não posso ficar esperando esse tempo todo!

— E nem eu! Eu tenho que chegar até o futuro e fazer com que você retorne para casa! — se afastou e observou os metais, os agarrando freneticamente. — Preciso pegar mais metais! E mais energia!

— Você dormiu?

— Não!

— Acho melhor você dormir um pouco. Vai surtar desse jeito. Credo! — se afastou e se encaminhou até a saída.

Consertando o Passado (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora