14. Uma Tragédia

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Itachi retornou para casa completamente exausto e tudo o que gostaria era de tomar um banho e deitar em sua cama. No entanto, teria que passar informações aos seus pais que gostariam de saber sobre a condição de Sakura. Ele não deu tantos detalhes. Apenas revelou que ela sentiu um forte mal estar, mas que logo melhorou e voltou para casa. Sasuke ouviu tudo e nada disse, porém, sorriu por saber que a garota tinha ficado bem no final das contas.

Agora restava ela estar saudável o suficiente para retornar ao colégio e a intenção do Uchiha mais novo era se aproximar da Haruno. Não havia planos maliciosos. Era apenas uma forma de pedir desculpas por tudo o que fez e talvez, quem sabe, conseguir a amizade dela. Sasuke guardou o seu objetivo para si e passou a ignorar o seu irmão durante esse período.

...

Sentada sobre a cama, Sakura lembrava dos momentos com Itachi e não conseguia tirar o sorriso do rosto. Ainda poderia sentir o perfume dele, o seu beijo e o seu abraço. Ela queria mais e que nunca tivesse fim. Se perguntou quando o veria de novo. Quando seria o próximo encontro e pensou até mesmo em ligar para ele.

Totalmente diferente de Sasuke. O mais velho se importou com ela. Lhe ajudou nos momentos que precisou e a aconselhou da melhor forma possível. Itachi era mais maduro e protetor. Era como um príncipe em sua vida e saber que tinha despertado interesse no rapaz, a fez sentir o coração aquecido.

Estava começando a se apaixonar e ao perceber isso, um medo súbito tomou conta do seu ser. Ela lembrou da outra Sakura que lhe avisou para não se afastar de Sasuke e que não deixasse Sarada sumir no futuro. Desesperada, saltou da cama e se vestiu para ir de encontro com o seu outro eu.

— Onde está indo? — Mebuki viu a filha descer a escada arrumada.

— Na casa de uma amiga e... talvez eu visite o Itachi. — a última informação era verdadeira e a sua mãe sorriu.

— Tudo bem! Tome cuidado, por favor!

— Certo! Tchau! — saiu apressada.

...

Na casa de Orochimaru, Sakura conversava com o mesmo sobre os estranhos sintomas que teve e discutia com ele se poderia ter ligação com a viagem no tempo. O cientista até mesmo se perguntou se a Sakura do passado teve isso, visto que a do futuro já experimentou a situação na infância.

Os dois pararam o diálogo quando ouviram a campainha tocar e Sakura resolveu atender se deparando com a adolescente nervosa em sua frente.

— Eu preciso falar com você! É importante!

— Claro... — ficou aflita e a deixou entrar. — Eu também queria falar com você.

— Acho que estou apaixonada pelo Itachi! — disse sem cerimônia. Não dava para conter essa informação.

Sakura ficou em silêncio, mas não esboçou reação de surpresa. Calada, ela sentou no sofá com a cabeça baixa e depois encarou a garota que estava em pé.

— Eu sei...

— Como assim você sabe? — franziu o cenho.

— Eu vi você beijando ele naquela lanchonete.

— O quê? Por que você estava lá?

— Eu estava te procurando! Fazia dias que não vinha aqui e achei que tivesse acontecido alguma coisa. Fiquei andando pelos lugares e acabei te encontrando. Foi uma coincidência! Eu não sabia que estava lá.

A garota ficou apreensiva.

— O que... O que você pensa sobre isso?

— Eu não sei... Eu ainda estou um pouco desorientada. Eu passei mal esses dias e não tive tempo de raciocinar.

Consertando o Passado (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora