17. Destruição e Renovação

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O que fora encontrado dentro da residência foi uma total desolação como se uma bomba atômica tivesse destruído tudo em volta da casa e deixado para trás somente a solidão e o vazio extremo. Não havia palavras que pudessem ser usadas como conforto. Nenhuma ação poderia ser tomada e mesmo que tentasse, nada iria mudar. Itachi encontrou Mebuki chorando em desespero enquanto segurava o tronco de sua filha num último e cruel abraço. Kizashi estava sentado no sofá da sala com as mãos na cabeça e tentando conter as próprias lágrimas, mas era difícil se segurar num momento tão angustiante. Mebuki avistou a presença do Uchiha, mas tudo o que fazia era soluçar e a sua boca não conseguia produzir nenhuma palavra. Não precisava dizer, pois tudo já estava sendo gravado na memória de todos. Coube somente a Itachi sentar no chão, ao lado da mulher e observar o corpo de Sakura. Ele estava em choque. As lágrimas não desceram pelo seu rosto, pois sentia que estava sonhando. Nada parecia real.

Na delegacia, Fugaku seguiu até a casa dos Haruno na viatura e com uma equipe para iniciar as investigações. Peritos foram chamados até o local para analisar a cena e tentar descobrir o que de fato aconteceu com a garota. Claramente, o corpo não poderia ser movido para outro lugar, mas o desespero foi tão grande que Mebuki e Kizashi não pensaram no que estavam fazendo. Não tinha como agir de forma fria e racional naquela situação. Com muita delicadeza, Fugaku adentrou a residência e tentou acalmar os ânimos. Por mais que fosse o seu trabalho, ainda deveria agir de forma empática e se colocar no lugar do casal. Principalmente, do seu filho, Itachi, que estava sofrendo com a perda da namorada.

Após alguns longos minutos, tudo se controlou e o corpo de Sakura foi levado para o IML, onde iriam fazer os procedimentos padrões para identificar a causa da morte e quem sabe, encontrar vestígios de um possível assassinato. Sentados à mesa enquanto tomavam uma xícara de chá de camomila, Fugaku iniciou o interrogatório e eles responderam de forma sincera, mas penosa.

— Fazia um tempo que Sakura estava visitando essa amiga. Eu achei que fosse alguém do colégio, pois ela sempre dizia que iria fazer um trabalho da escola. — disse Mebuki.

— Ela sempre voltava pra casa. Parecia tudo normal. — Kizashi concluiu.

— Em algum momento vocês desconfiaram de algo? Se alguma coisa estranha poderia ter acontecido?

— Na verdade, não! Ela parecia muito bem! Voltava cedo pra casa... Nada estranho foi percebido. — nesse momento, Mebuki começou a se sentir culpada. Será que algo ruim aconteceu e eu não notei?

— Ok! — Fugaku anotava as informações no bloco de notas. — Vocês não conhecem ninguém que poderia ter se aproximado de Sakura? Nenhuma amiga da escola?

— Não! Sakura sempre foi reservada. Como uma adolescente. Ela não gostava de falar sobre isso com a gente. Então, eu não sei como ela era na escola. Eu só fiquei sabendo desse bullying porque aconteceu algo mais sério, mas pelo visto fazia tempo que ela estava assim e eu não sabia.

— Ino Yamanaka. — Fugaku olhou para eles. — Nós vamos até a casa deles e fazer questionamentos! Precisamos buscar informações sobre Sakura!

— Acha que essa garota fez isso? — perguntou Kizashi. — Ela cortou o cabelo da minha filha! Ela parece maluca!

— Não podemos tirar conclusões precipitadas! Vamos investigar primeiro e então, podemos descobrir a verdade! Também irei investigar o colégio! Talvez algum aluno ou aluna saiba de algo!

— Claro! — baixaram a cabeça.

— Outra coisa que preciso saber... Vocês viram quem deixou o corpo dela na frente da casa? Escutaram alguma coisa?

— Não! Eles tocaram a campainha e depois não vimos mais ninguém. Estava escuro e estávamos no quarto tentando ligar para Sakura. — respondeu Kizashi.

Consertando o Passado (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora