18. Interrogatório

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A residência da família Yamanaka estava com as luzes desligadas e um silêncio que exibia que os membros estariam dormindo pelo horário tardio daquela noite. No entanto, como se tratava de algo mais grave, Fugaku tocou a campainha e após alguns minutos, Inoichi, pai de Ino, abriu a porta com a face sonolenta a encarar com estranheza uma viatura da polícia estacionada na frente da sua casa. A sua esposa poderia ser vista ao fundo com um olhar preocupado e ao mesmo tempo curioso enquanto a filha descia a escada para saber o que tinha acontecido.

— Fugaku? — conhecia o delegado que permaneceu com o rosto sério. — Aconteceu alguma coisa?

— Eu preciso conversar com você e sua família, Inoichi!

— Por que? O que houve?

— A filha de Kizashi Haruno foi encontrada morta! — ao ouvir a notícia, Ino arregalou os olhos completamente estarrecida.

— Sakura... — murmurou assombrada e recuou alguns degraus.

— Que horror! — disse a mulher com a mão sobre os lábios entreabertos.

— Por que deseja nos interrogar? Não tivemos nada a ver com isso! — se defendeu.

— Eu sei que não, mas precisamos investigar todo mundo que conhece Sakura para termos informações sobre o ocorrido. Principalmente a sua filha que foi acusada de ter praticado bullying com a Haruno.

— Mas já foi resolvido! — a mãe se aproximou nervosa. — Já conversamos com a mãe de Sakura e pedimos desculpas! Ino prometeu que não faria mais isso!

— De qualquer forma, eu preciso conversar com ela! Por favor! Os pais de Sakura estão desesperados porque não sabem o que aconteceu com a própria filha! Talvez Ino saiba de alguma coisa! Não estou aqui para prender ninguém ou levantar suspeitas! Só quero informações!

O casal suspirou e se entreolharam pensativos, mas logo permitiram a entrada de Fugaku enquanto policiais ficaram de vigia ao redor da casa. Na cozinha, sentados à mesa, os dois começaram a responder às questões. Não havia muito a ser dito, pois não eram muito próximos de Sakura e do casal Haruno. Apenas os conhecia de longe e falavam poucas vezes. Enquanto isso, dentro do quarto, Ino ligou desesperada para Sasuke que atendeu com a voz trêmula.

— Sasuke, que porra foi essa? A Sakura morreu mesmo?

— Sim...

— Como isso aconteceu?

— Eu não sei...

— O seu pai está aqui! Quer interrogar a gente! Mas eu não fiz nada!

— Hum... Eu preciso me encontrar com você.

— O quê? Por quê?

— Na praça aqui do Distrito! Tenho que desligar! Venha logo! — Ino ouviu a sua mãe lhe chamar para descer.

Um pouco sem jeito, a loira entrou na cozinha e tentou desviar o olhar para não encarar os olhos rígidos e desconfiados de Fugaku. Como um bom policial, ele sabia intimidar mesmo sem dizer nada e a sua presença causava calafrios. Puxou uma cadeira e sentou em sua frente, do outro lado da mesa enquanto ele anotava informações num bloco de anotações.

— Eu conversei com os seus pais, mas preciso deixar claro pra você também. Eu não estou aqui para prender ninguém ou torná-los suspeitos de algo! Eu só vou fazer algumas perguntas e eu preciso que você seja sincera comigo! É muito importante que me diga a verdade, está bem?

— Uhum... — cruzou os braços um pouco constrangida.

— Como era a sua relação com a Sakura? — ela demorou a responder e respirou fundo. Os seus pais não estavam presentes e Fugaku havia pedido para que deixassem ela sozinha para evitar que fosse persuadida pelos pais a ocultar ou mentir as informações.

Consertando o Passado (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora