25. Derramando Sangue

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Após ter ficado um tempo fora de casa, ao retornar, Fugaku encontrou um lar completamente diferente e talvez até hostil. Mikoto ficava a maior parte do tempo em silêncio e extremamente preocupada. Ao se deparar com o marido, ela se ergueu rapidamente do sofá e encarou como se ele fosse a sua maior esperança para resolver os problemas que surgiram de forma súbita dentro da família. Itachi estava trancado no quarto, se ocupando em criar guirlandas fúnebres para o velório de Sakura que aconteceria quando o corpo fosse liberado pelo IML. As mãos tremiam com cada gesto e os olhos deixavam escapar lágrimas de tristeza profunda. Enquanto isso, na verdade, enquanto todos lidavam de várias formas com o luto da Haruno, Sasuke aparentava estar mais agressivo. Tudo isso foi revelado por Mikoto que sussurrava distante com o marido o seu medo e preocupação pelo menor.

― Eu não sei o que está acontecendo com o Sasuke! Você deveria falar com ele!

― O que aconteceu?

― Ele agrediu Ino!

― O quê? ― se espantou.

― O pai dela veio aqui nos confrontar. Ela disse que foi agredida e ameaçada por ele.

― Por que ele fez isso?

― Ele acha que Ino matou ou mandou matar Sakura.

― Mas Sakura não foi assassinada! ― deixou escapar e logo foi encarado pela esposa.

― Não? Então, o resultado já saiu? O que houve com ela, Fugaku? O que aconteceu com Sakura? ― ficou desesperada por informação, assim como os outros também ficariam.

― Ao que tudo indica, foi apenas um acidente.

― Acidente? Como assim um acidente?

― Ela sofreu uma pancada na cabeça e suspeitam que ela deveria ter caído de algum lugar. ― suspirou e sentou na cadeira dentro da varanda da casa. ― Estão querendo fechar o caso.

― Por que? Ainda nem foi resolvido!

― Eu sei! Eles querem deixar como um acidente e acabar logo com isso. Pode ser cruel, mas a polícia não gosta de ficar mantendo um caso por muito tempo. Isso pode gerar revolta da população e sermos pressionados pela mídia. É terrível ter um caso não resolvido! Então, qualquer coisa basta.

― Você não pode deixar isso acontecer! Pelo bem de Sakura e sua família! E se não foi um acidente? E se alguém a machucou? Não deixe que Sakura seja enterrada sem descobrir o que aconteceu de verdade! Por favor!

― Eu farei o possível...

― Me prometa, Fugaku! ― ela apertou a sua mão e os dois se olharam profundamente nos olhos. Ele sabia que não poderia prometer nada, mas não iria deixar a sua esposa mal por causa disso.

― Tudo bem... Eu prometo! ― ela sorriu e o abraçou.

Enquanto Mikoto preparava o jantar, Fugaku resolveu questionar Sasuke sobre o ocorrido com Ino. Mesmo que fosse policial, não iria tolerar tais atos dos seus filhos, ainda mais quando um deles agrediu uma mulher. Deu algumas batidas na porta do quarto, onde o mais novo abriu e encarou o pai. O cômodo estava um pouco iluminado e a face do Uchiha poderia ser vista sombreada por uma leve raiva.

― Quero falar com você! ― sem pedir permissão, Fugaku invadiu o quarto e observou o ambiente. De imediato franziu o cenho ao encontrar armas brancas e afiadas sobre a mesa da escrivaninha. Eram belíssimas e brilhantes kunais. ― Quem te deu isso?

― Itachi! ― respondeu sem muito interesse.

― Por quê?

― Eu pedi a ele!

Consertando o Passado (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora