Consertando o Passado (CONCLUÍDA)

15. Uma Terrível Perda

Após o jantar e encerrar a ajuda com a sua mãe na cozinha, Itachi se locomoveu até o banheiro para tomar uma ducha e se vestir com a intenção de se encontrar com Sakura e os seus pais. Estava animado, mas ao mesmo tempo nervoso. Apesar do beijo, não sabia se ela iria aceitar o pedido de namoro ou se iria achar muito cedo para tomar esse passo. Entretanto, ele precisava seguir adiante e pelo menos tentar. Distante, Sasuke observou o irmão e sentiu uma pitada de inveja por não estar naquela situação. Se não tivesse agido daquela forma, como um garoto chato e ignorando a menina, talvez percebesse o quão bela e incrível ela era e poderia se apaixonar pela mesma. Agora, quem corria aos seus pés era Ino que lhe mandava mensagens pela rede social e fazia-lhe visitas com o intuito de ter o resto de uma relação sexual sem amor. Itachi terminou de colocar uma camisa preta de mangas compridas por cima de uma calça jeans escura quando avistou o irmão mais novo parado na entrada do quarto a lhe encarar friamente.

— Você já falou com ela? Ou resolveu fazer uma surpresa?

— Acha que seria uma boa ideia fazer uma surpresa? — colocou o par de tênis.

— Sei lá! — respondeu com desdém. — Você deve saber de tudo! Afinal, é melhor do que eu, não é?

— Por que diz isso? — o fitou.

— Não é verdade? Você é o filho preferido e agora é o cara preferido das garotas também!

— Eu nunca disse isso!

— E precisa dizer? Basta olhar para as pessoas. — cruzou os braços. — Todo mundo parece ficar encantado com a sua presença. A mãe e o pai sentem orgulho de você, ainda mais agora que resolveu ser policial.

— Eles também sentem orgulho de você, Sasuke!

— Não parece! Eu vivo recebendo reclamações o tempo todo!

— Porque você age como um adolescente rebelde e mimado. Eu entendo que é o normal da sua idade, mas acho que tudo tem limites. Principalmente sobre o caso de bullying envolvendo a Sakura. Eles detestaram aquilo.

— Eu sei que eu fui um grande imbecil! Reconheço isso, mas... Porra, Itachi! Por que você se aproximou dela? — o encarou com raiva. — Eu poderia ter ficado mais perto e pedido desculpas! Talvez ela fosse ficar comigo!

— Espera! Você gosta da Sakura? É sério? — Sasuke ficou calado e virou o rosto. — Deveria ter me dito antes! Eu não fiz por mal! Você mesmo dizia que não gostava dela! Eu não entendo!

— Agora eu percebo que ela é uma garota legal, mas pelo visto já perdi pra você. Como sempre... — se afastou chateado.

— Sasuke! — tentou ir atrás, mas o mais novo se trancou no quarto e o deixou sozinho no corredor.

Não tinha muito o que fazer para resolver essa situação e não poderia demorar muito em se encontrar com os pais de Sakura. No entanto, pegou o celular e ligou para a mesma. Queria deixar claro que iria visitá-la para não chegar num momento inoportuno e estragar a cena. Porém, obviamente não iria dizer o motivo. Ainda seria surpresa.

...

Sakura permaneceu aterrorizada enquanto observava o corpo parado ao final da escada. Ela não sabia como reagir e muito menos o que dizer. Sentiu a pele ficar arrepiada de tanto medo, pois nunca imaginou em toda a sua vida matar alguém; mesmo que fosse apenas um acidente. Orochimaru desceu os degraus e arregalou as pálpebras quando avistou o sangue escorrendo de sua cabeça pelo piso. Agarrou a Sakura adolescente em seus braços e afastou as mechas do seu cabelo rosa, revelando o rosto sem vida. Desesperado, tentou buscar por qualquer batimento cardíaco, mas nada sentiu. Não tinha pulsação. Nenhuma respiração poderia ser sentida através das narinas. Em seguida, ergueu a face e fitou a outra que ainda permanecia em choque lá em cima.