"Ela é mó gata é tem uma cara que não vale nada"
Anna Estrella🫀
Acordei com a luz do sol no rosto, continuei paralisada olhando para o teto, sentindo as meninas deitadas ao meu lado.
Depois de tudo que aconteceu hoje de madrugada, só tô tentando esquecer.
O que tá sendo bem difícil.
As imagens vem pela minha cabeça e o fato de eu ter dúvidas se aquele animal colocou em mim ou não, tava me irritando.
Lembro de poucas coisas.
Amanda: Bom dia amor. - Escutei a voz doce dela e continuei olhando para cima.
Sua mão foi em meus cabelos e fechei os olhos, tentando não chorar.
Fernanda: Bom dia. - Abri os olhos novamente e forcei um sorriso.
Anna: Bom dia. - Me levantei, senti uma dor na barriga e fiz careta.
Fernanda: Tá bem? - concordei.
Levantei a blusa masculina branca e vi um hematoma roxo.
Olhei para meninas que encarava aquilo e abaixei a blusa.
Anna: Preciso de um banho e roupas limpas - Elas concordaram e entrei no banheiro que tinha ali no quarto.
Pelo que me disseram, dormirmos na casa do tal Ret.
Foi ele que me salvou do cara e tenho que falar com ele.
Deixei a água cai sobre meu corpo e as lágrimas foram junto.
Meu corpo ficou mole e eu caí de joelhos no chão chorando.
A dor se estalou no meu peito.
O ódio, a culpa e a angústia era presente.
Tudo era presente ali.
Senti as mãos do cara e comecei a chorar de novo, as imagens vieram.
Me sentia suja, e eu só queria me limpar e tira aquela dor.
Enfiei minhas mãos no meu cabelo e abaixei a cabeça.
Puxei meus cabelos e gritei começando a chora mais ainda.
Escutei a porta sendo aberta e mãos me abraçarem.
Fernanda: Calma - a água caiu sobre nós, o medo tava ali, a culpa e o jeito que eu me sentia suja.
Amanda: tá tudo bem meu amor. - Sua voz era de choro.
Deitei em seu colo e senti a mão da Fernanda sobre as minhas.
(...)
Vesti a roupa que a Fernanda tinha me arrumado.
Amanda: Onde achou essas roupas? - Falou e a Fernanda a olhou.
Fernanda: Paiva me levou pra comprar aqui no morro mesmo.
Amanda: Ele tá aqui? - perguntou e ela concordou.
Fernanda: Os três - Penteava o cabelo - Lá embaixo, sentando tomando café na maior tranquilidade nem parecem que são traficantes.
Ri.
Anna: Pelo menos o café eles tem que tomar tranquilos né? - Virei pra elas.
Amanda: Tem certeza que quer conversar com o Ret? Ele é... muito sério, frio... Sei lá - Falou - Ele me dá medo.
Fernanda gargalhou.
Amanda: Ri mesmo, otária! - falou irritada cruzando os braços.
Fernanda: Ele não é tanto assim não - Olhamos pra ela.
Amanda: Já viu o jeito que ele encara a pessoa? Parece que tá lendo a alma, sabe de todos os pecados que já cometi. Deus me livre! - Fez o final da cruz.
Ri junto a Fernanda.
Fernanda: Vamos descer, tô com fome - Concordei.
Descemos e eu observava cada detalhe dessa casa, coisa mais linda, arrumada, maioria das cores era preta e branca.
Minhas cores favoritas.
Entramos na cozinha e eu já escutei vozes.
Paiva: Matar ele na praça? Tá maluco? - Levantei o olhar vendo os três carinhas sentando ali na mesa.
O moreno foi o primeiro que percebeu nossa presença, depois o Paiva e por último o Ret que tomava uma xícara de café.
O olhar dele caiu sobre mim e ficamos nos encarando por algum tempo.
É Amanda, você tem razão.
Th: sentem aí, meninas... - sentamos na mesa.
Levantei o olhar pro Ret que me encarava ainda.
Sorri de lado envergonhada e desviei o olhar pro Paiva.
Paiva: tá tudo bem? - Concordei um pouco incomodada.
Th: Sinto muito pelo o que aconteceu mina, o cara vai pagar pelo que fez. - Olhei para ele e concordei.
Anna: Obrigada! - Sorri sincera - Mas esse cara aí, não morreu?
Perguntei com dúvida.
Paiva: Não, ainda não - Murmurei um "hum"
Anna: Eu quero ver ele... - Falei baixo, mas senti o olhar deles em mim.
Fernanda: É o que?! - Olhei para ela.
Anna: Quero ver o cara que me estuprou
- Falei.Th: Por que se quer ver ele? - Perguntou sério e eu o olhei desviando o olhar.
Ret: Se ela que ver o cara, deixa ela. Pode ter certeza que tem um motivo - Olhei para ele que me olhava-Não é?
Anna:Sim... - Falei olhando aqueles olhos.
Paiva: Meu irmão? - continuei olhando pra ele que não desviava o olhar por nada.
Me senti desafiada.
(...)
Anna: Podemos conversar? - Seu olhar caiu sobre mim ele concordou e ser levantou.
Fui atrás dele e fomos para parte de trás da casa, tinha uma piscina enorme.
Ret: Diz aí pô. - Sentou na cadeira e sentei na sua frente.
Soltei o ar pela boca e o encarei.
Anna: Queria te agradecer por te me ajudando...
Ret: isso não é de agradecer não mina, fiz o que é certo.
Anna: E, eu também queria saber, não lembro muita coisa, não sei se fui ou não... Você sabe.
Ret: quando cheguei ele tava se masturbando - Engoli em seco - a mão dele tava na tua parte íntima, mas eu não sei se ele chegou a entrar em ti.
Meus olhos se encheram de água e virei o rosto.
Fechei os olhos e respirei fundo.
Olhei novamente pra ele que me encarava.
Ret: Por que quer ver ele?
Anna: Quero tirar minha dúvida - sorri falsa.
Ret: Não acha que isso vai te doer mais? - Ele me encarava, em nem um momento parou de me olha.
Anna: Não, acho que não vou conseguir viver com o peso da dúvida -Falei.
Ret: De qualquer forma você foi vítima de abuso sexual, mina. Você estava desacordada sendo tocada sem seu consentimento. - Pisquei várias vezes tentando assimilar a cada palavra.
Ok, não precisava disso, mas tudo bem.
Ele levantou e me olhou.
Ret: Saio daqui a pouco, te aviso quando tiver saindo - Não disse nada, ele saiu e continuei olhando pra frente.
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Primeira dama
FanfictionCom ela a vida tem momentos incríveis Com ela todos meus sonhos são mais possíveis Lucros invisíveis são melhores Separados somos fortes, juntos, imbatíveis...