Sem descanso

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ALERTA: Cenário de luta, menção de violência física e sexual


Sem descanso

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Sem descanso

-- Seu Hashira babaca! -- Tapei meus lábios notando um sorriso cruel nascer em seus lábios.

Ferrou, foi o que eu pensei, mas no instante seguinte estava com a minha lâmina em mãos cortando cada tentáculo nojento que tentava pegar os corpos desmaiados pelo caminho a garota que perfurei a panturrilha parecia congelada de medo e assim continuei a cortar e empurrar os corpos para longe até que um dos tentáculos atravessou a lateral da minha cintura, tão fino que não senti de primeira mas quando saiu do outro lado se abriu feito uma sombrinha e me puxou em sua direção e assim derrubei minha primeira lâmina.

-- Dug-dug-dug isso será um banquete. -- O oni pronunciou, mas no instante seguinte cortei essa porcaria de tentáculo com minha lâmina enquanto Sanimi varria por completo o corpo dele com sua respiração, a cabeça ainda estava enfiada na terra mais aonde? Pressionei meus ferimentos e me posicionei no chão enquanto o corpo do demônio se regenerava lentamente, as vibrações do solo ecoavam pelo meu corpo até que senti um movimento destoante entre o solo que aos poucos parecia arenoso, com o meu florete me levantei e fui até o local onde a cabeça do oni devia estar e aos poucos pressionei meu ferimento fazendo o sangue manchar o local sobre os olhos atentos de Sanemi que sabia exatamente o que eu estava fazendo a poça foi se formando aos poucos e o chão começou a tremer.

-- Que cheiro delicioso! Eu vou adorar devorar você. -- A terra abaixo de mim cedeu e fui rápida o suficiente para pegar no bolsinho da minha veste minha arma mais poderosa, ou seja um pequeno tecido amarrado com corda de bambu e dentro dele havia veneno de glicínia, a bocarra iria me comer, mas larguei o veneno dentro de seu corpo o que retardou seu movimento, utilizei minhas pernas para impulsionar meu corpo para trás e assim Sanemi cortou sua cabeça se fazer esforço, pelo visto demoramos demais com essa tarefa.

Meu abdômen estava enfaixado e meu corpo repousava em uma cama desconhecida, Sanemi parecia que ia me matar enquanto algumas mulheres entraram carregando comida.

-- Senhor Hashira, Killia me contou o que fez, muito obrigada. -- Sanemi nada disse, somente se levantou com um bolinho de arroz em mãos e seguiu para o lado externo.

-- Não ligue para o jeito dele, Sanemi-sama está feliz por todos estarem bem. -- Ela me olhou de esguelha.

-- Killia também me contou o que você fez. -- Se aproximou deixando uma bandeja de comida a minha frente e claro que eu devorei. A garota que eu salvei veio até mim me pedir desculpas por ter me atacado e me explicou o que estava acontecendo. Parece que há exatos vinte anos um "deus" da colheita começou a exigir sacrifícios em troca de manter a vila sempre nutrida e como a fome assolava tal vilarejo há muito tempo os aldeões foram facilmente seduzidos, quando perceberam que na verdade aquele deus se tratava de um demônio já era tarde demais, ele exigia sacrifícios cada vez mais altos gostando de devorar os homens fracos e deixando os fortes para trabalhar e fortalecer suas colheitas, colheitas essas que ele produzia através de seu poder, ela me contou também que certa noite uma humana desapareceu e quando retornou para o vilarejo estava desesperada, suas costas com marcas de chibata e sangue escorrendo por ali e por suas pernas. Ela avisou que foi deixada viva para dar o recado sobre a desobediência e também que se estivesse grávida não deveria retirar ou matar a criança.A cada novo relato me sentia enojada e no fim entendi que aquele homem amarrado foi por escolha própria para não fugir e cumprir com seu dever de proteger o vilarejo e só por isso senti vontade de ressuscitar aquele ser hediondo para mata-lo de novo e de novo, respirei fundo me levantando e notando que meu traje tinha sumido, no lugar estou usando um kimono branco de descanso.

-- Eu costurei ele pra você. -- Killia desviou o olhar para o canto e agradeci, ao me vestir notei que seus olhos brilharam. -- Será que posso ir com vocês?

-- Não. Tente fazer a diferença aqui e se ainda não for suficiente, vá até o vilarejo das glicínias talvez haja um bom mestre que possa te treinar... Só talvez. -- Ergui meu dedo indicador e ela me abraçou agradecendo e depois disso não nos vimos mais.

Se passaram três meses desse minha missão com Sanemi e nesse tempo fizemos apenas mais duas missões juntos, aparentemente me colocavam com ele quando sua dupla estava ocupada. Trabalhar com Shinazugawa era sempre a mesma experiência: o pilar do vento não é muito de conversar, porém em seus atos provam suas palavras não ditas. Não somos amigos tão pouco companheiros, mas trabalhamos bem juntos e segundo Mitsuri seriamos o casal inconsequente, devido ao modo de lutar do Hashira do vento e segundo minha mestra cabeça dura.O fato é que eu Sn Nethuns, tsuguko da pilar do amor estou me interessando pelo hashira mais improvável que existe.

Simplesmente por que sei que ele é inacessível aos seus próprios sentimentos, quando olho para o Shinazugawa vejo muita tristeza, mas a raiva e a compaixão são maiores e muito bem suprimidas evidenciando o sentimento raso e aparente ou seja a raiva e a grosseria.

Respirei fundo brincando com os dangos na minha mesa, encarei os papeis que eu deveria estudar, porém, nada entrava na minha cabeça.

-- PROBLEMAS VÁ ATÉ O DISTRITO QUINZE, VÁ ATÉ O DISTRITO QUINZE RÁPIDO!HÁ A SUSPEITA DE UM LUA INFERIOR POR LÁ E VOCÊ DEVE CONFERIR, CUIDADO PARA NÃO MORRER! -- Kugumi berrava.

-- Já vou corvinho. -- Coloquei minhas armas no lugar e uma bolseta com alguns venenos além de remédios, calcei minhas botas, vesti minha capa e fui em direção a mais uma missão...

𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐯𝐚𝐥 | 𝐒𝐚𝐧𝐞𝐦𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora