Dama da meia noite

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Capítulo Bônus  com relevância. Pré-revisado babys, Boa leitura.

Dama da meia noite 

Eu estava ajoelhada depois de me contorcer tanto pelas dores da punição infligida por meu mestre que não vejo outra solução a não ser respirar fundo e torcer para que seu humor melhore, nem mesmo sei quantos dias estou presa aqui.

-- Consigo te ouvir Ayla então quer dizer que está sendo punida por que estou de mal humor e não por ter brincado de casinha quando deveria matar? -- O mestre Intensificou sua presença e meu corpo todo tremeu, mesmo que eu não sentisse medo. Sua unha alongada adentrou minha derme enquanto me erguia e me obrigava a olhar em seus belos olhos:

-- Deveria me temer, pois, a qualquer momento posso estourar cada célula de seu corpo então. -- Muzan me asfixiou até que eu começasse a perder minha consciência depois me atirou no chão. Eu não o temo, pois, o sirvo incondicionalmente e jamais pensei em traí-lo ou sequer duvidei. Sou sua arma e me porto como tal.

Meu mestre sorriu escutando cada uma das minhas palavras.

-- Nunca mais divida a sua consciência eu te criei para ser uma rastreadora, agora encontre com Mugaku, parece que alguns Onis estão aproveitando a minha benevolência.

Me ajoelhei novamente:

-- Com todo o respeito, por que não os mata? Quer dizer, qualquer um que não possui serventia ao senhor não precisa ficar vivo.

Ele riu.

-- Ayla você é adorável quando está focada, levante-se. -- O obedeci. -- Fique na forma humana. -- Respirei fundo, antes de me transformar, meus cabelos continuam brancos só que agora batem no quadril, minha pele tornou-se escura e rapidamente a palidez da morte foi imposta, me conferindo um escuro desbotado e nem preciso me olhar no espelho para saber que meus olhos continuam da mesma cor.  -- Caso falhe dessa vez não a manterei viva e só mais uma coisa, não quero que mate ninguém, você vai investigar umas coisas para mim.

Assenti saindo de sua presença.

Eu havia me esquecido de como usar um kimono pode ser desconfortável principalmente pela minha aparência chamar atenção, eu estava prestes a atravessar a floresta quando senti a presença forte do lua e deixei um sorriso escapar.

-- Então a carrasca foi convocada, um pena não ter um posto. -- Kokushibou comentou e me aproximei, respirei fundo ao seu redor me afastando.

-- Tome cuidado lua um mesmo que tenha exagerado no sangue ainda sinto o odor humano em você. -- Pisquei. -- Agora se me der licença estou ficando com fome, ele balançou a cabeça em negativa jogando um urso desmaiado aos meus pés deixei um sorriso antes de me aproximar e delimitar seu queixo com meus dedos:

-- Que gracinha, gosto quando se preocupa comigo. Vai me observar comendo também ou tem algo a dizer? -- Ironizei e ele puxou a espada, em um piscar atravessou meu abdômen.

-- Você pode ser o carrasco Ayla, porém, o mestre me incumbiu de puni-la cada vez que sentisse vontade.

Revirei meus olhos antes de me abaixar e abrir o Kimono, não pode haver vestígios de sangue nele, do contrário meu disfarce será péssimo, o atirei em Kokushibou que segurou me olhando com aqueles seis olhos.
Como eu disse antes não sinto medo algum, mas sei o porquê estou aqui, os planos que o mestre tem para mim e já aceitei essa condição a muito tempo, porém continuo sem comer humanos, mas já animais da floresta. Ah... Esses não escapam de forma alguma.

Devorei meu urso feliz da vida e como estava sem tempo nem separei o pelo, pois queria um bom casaco, o lua um esperou que eu absorvesse todo o sangue para me entregar o kimono.

𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐯𝐚𝐥 | 𝐒𝐚𝐧𝐞𝐦𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora