Tensão na floresta

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Acabei de escrever e ainda não revisei, desculpem os erros, até sexta corrijo. Boa leitura.

Tensão na Floresta

Estávamos perto do vilarejo e chegava a ser cruel a mudança de paisagem, como se a cada passo mais próximo do nosso objetivo, mais a vida de esvaia, pelo caminho notamos muitas carcaças de animais e nenhuma humana o que de fato é bem estranho e até agora não entendi porque Sanemi ainda está aqui, então resolvi o questionar:

-- Hashira você deve ter algo importante para fazer não? -- Ele respirou pesado.

-- Não seja insolente Sn, ah algo muito estranho por essas redondezas. Pela quantidade de ossos, ou esse oni comeu muitos humanos ou não está sozinho. -- Ele está com a razão e mesmo assim isso só evidência a desculpa dele para não me responder.

-- Eu posso dar conta sozinha sabia? -- Ele riu.

-- Não seja tão cheia de si garota.

-- Isso vindo do impiedoso Shinazugawa, chega a ser irônico não acha? -- Eu tenho certeza que até a noite ele vai me matar porque está claro sua falta de paciência. Paramos no meio da rua do vilarejo que mais parecia abandonado e respirei fundo.

-- Deixa que eu falo com as pessoas está bem? Se você sorrir para elas ou se aproximar é capaz de se ajoelharem e pedirem proteção para Buda.

-- Sua desgraçada... -- Me distanciei batendo em uma porta, ao qual foi aberta por uma senhora. -- Olá, boa tarde será que poderia me dar uma informação?

Ela me olhou de cima a baixo, a idosa sorriu saindo de casa e me olhando atentamente.

-- Eu e meu... Companheiro estamos a procura a floresta Fukai, nos perdemos de nosso grupo expedicional e não sei mais o que fazer. -- Menti, a senhora ajeitou os óculos.

-- Você e seu marido estão do lado errado. A Fukai é a três ou quatro vilarejos daqui, há uma placa no caminho explicando, mas pelo andar das horas, parem no próximo vilarejo não é seguro viajar a noite... -- Nos informou olhando para os lados.

-- A senhora foi muito gentil, nesse caso vamos nos hospedar aqui mesmo, essa floresta parece ser rica em conhecimento herbário. -- Comentei e notei suas sobrancelhas vacilarem, mas por enquanto não posso fazer nada, me despedi da senhora e fui até Sanemi, fingi deixar algo cair no chão só para o tocar e sentir suas vibrações, esse senhora emana medo.

-- Sanemi acho que o Oni se esconde aqui... -- Sussurrei. -- Essa senhora está tremendo até os ossos e não é pela velhice.

Ele respirou.

-- Esse vilarejo está decadente demais, não vamos nos hospedar aqui se não levantará suspeita, vamos ficar na floresta, há sempre um lugar aberto e de fácil acesso e depois é só cortar o pescoço desse demônio desgraçado.

Assenti e assim seguimos para a floresta, essa é a nossa primeira missão juntos depois de tudo que ocorreu, e é a primeira vez que sinto apreensão como se algo realmente ruim pairasse por esse local.

Meu estômago não parava de roncar, eu comi até mesmo as maçãs que encontrei nas árvores pelo caminho e agora Sanemi não para de me encarar.

-- O quê? Eu não tenho controle sobre esses barulhos sabia e você não sente fome por acaso? -- Senti a vergonha me tomar.

-- Da próxima vez eu vou trazer comida o suficiente para um urso! -- Ironizou.

-- Por que você não para de reclamar e arranja algo pra eu comer? -- Reclamei e ele sumiu da minha vista com alguns pulos e quando retornou trazia consigo frutas e um cantil d'água, ele deve está muito incomodado comigo para levar a sério pedido tão esdrúxulo.

𝐕𝐞𝐧𝐝𝐚𝐯𝐚𝐥 | 𝐒𝐚𝐧𝐞𝐦𝐢Onde histórias criam vida. Descubra agora