Capítulo 33

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- Que merda em Deku! - gritava Katsuki para o esverdeado que tinha as bochechas vermelhas por causa da adrenalina da descida.

- Desculpa, Kacchan! - ele se desculpa se levantando e batendo na roupa, tirando a poeira acumulada.

Katsuki bufa, ele já estava de pé olhando para o buraco acima da gente, agora estávamos no começo de um caminho escuro, o chão tinha uma areia negra grossa. A única fonte de luz era do buraco de onde caímos.

- Acredito que o Izuko encontrou a saída, - comenta Hawks ao meu lado, com o celular em uma das mãos, ele tira a poeira que havia no topo da minha cabeca com a mão livre, sorrio para ele agradecendo - melhor dizendo, a entrada.

- Boa Brócolis! - Clary parabeniza Izuko batendo de leve nas suas costas.

- Até que para um nerd desengonçado, você pode ser útil as vezes - fala Katsuki batendo no ombro no garoto que tinha as bochechas estramamente vermelhas com força.

- Por que diz isso Hawks? - pergunta Shoto ligando a lanterna e apontando o feixe de luz para o caminho sombrio.

- Graças a senhorita Mori - responde o mais velho olhando para o celular novamente - "o mundo é repleto de aventuras perigosas onde o verdadeiro caminho está escondido atrás de falsas acusações" - Hawks lê em voz alta para todos - ela ainda continua em outra página, talvez seja como sair desse lugar "um sentimento pode trazer a ruina para o melhor grupo, você será despedaçado por esse sentimento sombrio? Ou ainda vão acreditar cegamente? Cuidado com o que pensa"

- Tendi nada! - fala Clary depois de um tempo em silêncio que ficamos.

- Vamos andando! - fala Katsuki emburrado.

Ele lidera o caminho na frente com a lanterna enquanto Hawks ficou atrás, o caminho era largo o bastante para todos, o que facilitava se precisarmos movimentar.

Estávamos andando por uns 10 minutos quando o local ficou mais quente. Quando estava para comentar escuto a voz de Hawks.

- Não entendo porque tenho que aturar essa coisa monstruosa!

Olhei por cima dos ombros, para Hawks, discretamente, o mesmo carregava um olhar sombrio. Meu coração errou uma batida e senti minha garganta fechar, o que foi aquilo?

- Mas que porcaria! Aquela raposa idiota é uma inútil, sabe atrasar o nosso grupo, vale para nada! - dessa vez foi Katsuki, olho para ele confusa.

- Verdade! - concorda Shoto - Só sabe aproveitar da bondade dos outros.

- Deveríamos tê-la deixado naquela caverna para morrer sozinha, - Izuko rosna - que perca de tempo!

Quando Izuko fala isso foi a gota d'água, não para chorar, e, sim, para duvidar. Acalmo meus nervos e olho para todos presentes, estavam todos tensos, olhando uns para os outros. Discretamente, me disloco para perto de uma das paredes sentindo o calor ficar mais forte, encosto minha mão na parede e apurei minha audição, mais que já estava, fazendo minha cabeça latejar um pouco, e escuto não o que os meninos estavam cochichando para eles mesmos, mas sim o que a parede falava, imitando nossas vozes, sabendo o nosso maior medo e nossas terríveis inseguranças.

Porém, acredito que cada um escutava somente o que era para você. Quando ia explicar os sussurros assustadores Katsuki tinha avançado no Izuko sem falar nada. Seu rosto estava carregado de dor, arrependimento e raiva, podia sentir a raiva dele perfurar meu coração.

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