Capítulo 4

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- Sei que ela está aqui! - fala o carinha da mão, o que ele quer comigo? Ele parece nervoso, coçava seu pescoço como se estivesse perdendo a paciência.

Certo, é agora ou nunca. Me abaixo e passo por trás de alguns guardas que estavam perdidos no escuro, tenho sorte da minha visão ser boa no escuro, vou até um lugar onde podia subir até a sala de comando, conheço a escalar até a grande janela preta.

Chegando perto vou até uma parte que tem uma pequena passagem de metal e entro dentro me esguerando pelo metal gelado. Consigo chegar até a parte de dentro da sala e, por sorte ou azar, não havia ninguém lá.

Pulei do telhado e fui até o computador geral, me sento na cadeira em frente ele e olho as câmeras, tinha uma virada para a entrada da sela onde conseguia ver as crianças olhando em volta, talvez me procurando, e vi que o moço da mão estava em cima do chefe, parece que perdi uma discussão entre eles e acho que está chegando ao fim, tenho que me apressar. Estava procurando no computador um jeito de destravar até que o escutei gritando.

- ONDE ESTA A GAROTA, SEU MERDA? - olho para o cara da mão, ele tinha feito algo com a perna do chefe, parecia podre? O que era aquilo?

Estava perdida olhando a perna do chefe que não vi um homem todo de preto pegar uma das crianças, o cara usava uma roupa toda preta, da cabeça aos pés, e segurava Miguel de cabeça para baixo enquanto ele tentava se livrar dele.

- Chefe, ela não esta na cela e as crianças não parecem conhecer ela, todas recusam e não fazem nenhuma cara de conhecimento, só de medo. - fala para o cara da mão. Merda, pegaram Miguel. Tenho que pensar em algo rápido.

- O que quer dizer? Erramos o lugar? - pergunta o da mãozinha - droga, como vou explicar isso para ele? - reclama coçando mais forte seu pescoço.

Enquanto isso, a mais velha das crianças, Ana, corre até o de preto e tenta puxar o Miguel.

- Agora que sabem que a tal Scarlett não está aqui salta meu irmão, seu monstro. - fala com um tremor na voz.

- monstro? Quem você está chamando de monstro sua pirralha? - ele ia avançar, mas um homem de cabelos pretos para ele.

- se acalme, é só uma criança! - fala o homem acalmando o outro e também a mim que já estava pronta para pular nele. Não conseguia ver seu rosto já que estava de costas, mas não parecia ser tão velho.

- Certo, vamos embora. - fala o homem da mão indo para a porta da caverna.

- Viemos aqui para nada - reclama o de preto, soltando Miguel e se afastando do mesmo- perca de tempo.

- Vamos logo, estou com fome e quero comer algo! - reclama o da mãozinha já perto da saída.

- Vamos simplesmente sair assim? Não vamos procurar mais? - questiona o de cabelo preto indo atrás da mãozinha com o outro homem no seu calcanhar.

- Nos não achamos nada e ninguém sabe de nada, vamos só procurar em outro lugar. - fala o da mãozinha cansado e eles vão embora deixando todos sem entender nada.

Então, como se tivessem ligado em uma tomada, todas as luzes voltaram e a fumaça foi engolida pelos ar-condicionados e os guardas poderam envergar tudo novamente. No começo foi tudo uma loucura, guardas e cientista correndo até onde o chefe estava, outros foram atrás dos intrusos e alguns ficaram para ver se roubaram alguma coisa.

Vou ter que fazer outro plano, um plano onde posso utilizar essa bagunça como barreira para as crianças fugirem. Enquanto pensava em algo o chefe estava se recuperando e quando estava melhor deu sua primeira ordem depois dessa bagunça toda.

- Mate todas as crianças e só deixa a Scarlett viva, só preciso dela para continuar meus estudos. - fala baixo, mas consigo ouvir.

Naquele momento tudo ficou em câmera lenta, vi guardas pegarem as crianças e as colocar em uma fila, colocaram vendas em todas elas e apontaram as armas na cabeça de cada criança. Naquele momento eu não liguei para nada a não sei salvar as crianças. A questão é, o quanto eles irão resistir contra mim utilizando toda minha força?

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