Blood Prince and the Dark Curse

Capítulo 29

A aula de Latim com Sirius foi, bem, interessante, até mesmo divertida, e veja bem, era Latim, a língua era difícil e a pronúncia errada de qualquer uma das palavras poderia ter consequências catastróficas. Mas não teve, em nenhum momento, e Sirius foi legal com os alunos, assim como os alunos com Sirius. E isso era importante para um dia harmonioso e produtivo de aula - o que eles tiveram.

O Professor Black , jeito que ele ainda achava estranho ser chamado, agora estava se lembrando de sua primeira aula, lecionando Latim, a matéria que amava e odiava ao mesmo tempo em sua época de escola. Amava por gostar do jeito que as palavras eram pronunciadas, isso ele aprendeu com seu irmão, Regulus, e por que era diferente, ainda mais por ser uma das coisas que Reggie mais tinha gosto por aprender. Mas tinha a parte ruim, ele não gostava muito da aula por conta de seus pais, lembrava como Walburga tinha o prazer de o xingar na língua sempre que sentia que o menino havia feito algo errado. Que ela julgava ser errado. Na época, Sirius não entendia, e achava que sua mamãe tinha razão, tentava concertar - se concertar. - , sem nunca conseguir, e ele também não entendia porque não conseguia. Uma coisa mudou, e a mudança era que: Agora ele sabia porque não conseguia mudar.

Ele gostava do que tinha aprendido, mesmo que isso tenha resultado em:
1° Foi expulso de casa; e
2° Deserdado, além de negligenciado.

Mas, sinceramente, se você quiser saber, Sirius não dava a mínima para o que sua mãe e seu pai diziam sobre ele quando decidia - por motivos que ele não sabia quais eram ainda - visitar a antiga e nobre Casa dos Black, e como sua mãe o xingava de seu quadro pendurado em cima das escadas.

Sirius não ligava, não que nunca tenha ligado antes, quando era pequeno e sua mente ainda era infantil, quando os problemas pareciam maiores do que realmente eram ou menores do que realmente eram em algumas situações. Ele sempre ligou, mas agora, agora ele não se importaria com sua mãe e seu pai, ou qualquer um da sua miserável família que quisesse o dizer o que deveria fazer, ele não era mas uma criança. Não que tenha realmente sido, se você for ver a criação de Walburga e Orion.

Mas quer saber? Sirius até achou bom no fundo como foi criado por Walburga e Orion, isso o fez ver tudo de ruim que sua família fazia, o quão ruim era. Por que, pense bem, se eles fingissem ser do jeito que não eram, ele nunca teria se importado com isso e nunca teria descobrido a verdade sobre a antiga e nobre família Black.
Mesmo assim, existia outra parte de Sirius, a que ele ainda julgava ser infantil, que preferia que seus pais tivessem realmente mentido para ele, fingido ser gentis e escondido aquela amargura toda, ele queria isso, o amor de seus pais, mesmo que falso, lhe parecia melhor do que nada... E isso era uma merda.

Agora, ele tentava lembrar da outra parte da sua família, a parte boa, talvez seu irmão se encaixasse nessa parte... ou talvez não. Sirius não sabia. Não mais.

Bem, ele tinha que se lembrar que ainda tinha Ursúla, sua pequena irmãzinha. Sentia saudades dela também.
Ursúla era... como ele poderia explicar? Bom, ela era... complicada, era falha, e, ele sabia, ela era leal. Ela faria de tudo e qualquer coisa para proteger quem ela amava.

Sirius sorriu, seus olhos cheios de saudade e lágrimas que ele não sabia dizer se eram de alegria, tristeza ou remorso.

- Ela fez - sussurrou para si mesmo, para o vento, esperando que, onde ela estivesse, ouvisse.

Mas agora, questionava uma coisa, seria sorte ou azar de Ursúla não ter sido criado por Walburga e Orion. Parecia... bom, ficar longe daqueles dois, mas, ele imaginava, como seria para uma menininha, uma criança, não ter os pais presentes. Ela ainda tinha seu tio, Archie era bom, gentil, amoroso mesmo que problemático, e Jason era legal e divertido, além de cuidadoso e protetor.

Seria azar? Seria sorte? Sirius não sabia.
Parecia azar, não ter os pais, saber que eles a deixaram, ainda tão pequenina e nova, sem se importar com ela alguma vez. Verdadeiramente.
Não que tenha realmente sido azar, se você for ver a criação de Walburga e Orion para com Sirius e Regulus.
Mas, ainda assim, poderia dizer que era sorte?

Ele suspirou.

Não poderia dizer, apenas a própria poderia, e ela não estava mas aqui.

Ele ergueu o rosto, quando novos alunos entraram na sala, ele tentou sorrir. Conseguiu. Mas podia-se perceber que era falso. Então desistiu.

Ele coçou a garganta.

- Boa tarde, alunos - pigarreou, antes de tossir.

- Boa tarde! - Exclamaram alegres.

- Hoje vamos começar por palavras simples, não quer dizer que a pronúncia incorreta não possa ser catastrófica. Então tomem cuidado ao falar elas. - seus alunos concordaram, e ele sentiu um pequeno vazio, ao não ter as respostas diferenciadas dos alunos de antes. Sorriu, agora de verdade, ao lembrar de Draco falando sobre como Seamus ainda poderia explodri alguma coisa assim, e Harry brigando com Hermione por ele não sabe o que. Hermuone corrigindo Ron sobre a pronúncia rispidamente, e Pansy começando a xingar em espanhol totalmente de forma aleatória, como Blaise sentiu vontade de bater em todos eles por estarem brigando por motivo nenhum.

Ele riu, e os alunos o olharam confusos.

- Bem, - ele coçou a garganta - vamos começar? - sorriu doce e os alunos se acomodaram. - Maçã - ele escreveu no quadro. - Pomun. - Escreveu ao lado, com um pequeno traço mostrando que se tratava da tradução.

Os alunos escreveram no caderno, antes de repetir baixo.

- Vamos, alto, pratiquem - Sirius mandou divertido. - Pomun. - Repetiu.

"Pomun" o coro de alunos dizia, pelo menos quatro vezes, antes de mudaram para outra palavra.

"Lectica" falaram juntos ao professor, sem as varinhas claro, pois o erro de alguns alunos poderia ter causado algum desastre se as usassem no momento.

Sirius apenas riu, contou uma história curta sobre algo assim ter acontecido com ele ou algum dos Marotos, antes de  voltar a lição.

Ele estava... se divertindo, em ser professor.