Blood Prince and the Dark Curse

Capítulo 34

O mundo bruxo poderia ser estranho e confuso.

Hogwarts era um labirinto, cada parte da escola era uma peça de um enorme quebra-cabeças, ainda mais quando as escadas sumiam em certos horários, e não só as escadas, os alunos também.

Se você for olhar, já fazia um tempo que alguns dos alunos de Hogwarts haviam sumido – e não que você incomum, os alunos viviam desaparecendo de repente e reaparecendo semanas depois como se nada tivesse ocorrido.

Mas Hydra não sumia se nada estivesse acontecendo, e Marie percebeu que a sua amiga e namorada – elas teriam que falar sobre isso depois – havia desaparecido. Na verdade, Marie também havia sumido de Hogwarts, mas poucos perceberam isso.

Ela e Hydra haviam ido para um acampamento, e ficariam lá até o começo do próximo ano letivo, mas, sem explicação nenhuma, Hydra sumiu do acampamento.

Antes mesmo de namorar, Marie e Hydra contavam tudo uma para a outra, eram inseparáveis, então, porque a garota sumiu sem a dizer nada? Isso não era algo que ocorria normalmente.

Mas não era a única coisa que estava acontecendo de estranho, na verdade, e agora Harry começou a perceber uma coisa que havia deixado escapar.

Hermione havia o dado a opção de ir a casa de seu padrinho nas férias de Natal, porém, Sirius era um condenado, estava fugindo do Ministério – por mais que fosse inocente – e ninguém deveria saber onde ele estava. Mas ela sabia, ou não teria dito a ele. Como ela sabia? Harry se perguntava isso durante a aula de Feitiços, percebendo também que Marie e Hydra não teram mais sinais de que estavam bem no acampamento, onde haviam ido parar as cartas diárias que mandavam? Tudo estava muito estranho e confuso para que as pessoas entendessem o que estava ocorrendo.

Mas agora não só ele, como Draco, percebiam que Jade (irmã mais velha de Harry) estava esquisita por esses dias. Falará sobre seu livro, mas de forma estranha, e andava muito diferente, mais afastada e grossa, como se eles a irritassem apenas por mão estarem mortos. Porque? Essa pergunta, essa palavra, andava rodando a cabeça de muitas pessoas em Hogwarts, até mesmo dos professores.

Porque? Severus se perguntava enquanto lia uma carta escrita a muitos anos atrás por uma de suas velhas e falecidas amigas. Porque você tentou isso? Se ela não tivesse tentado, talvez estivesse viva. U.H. – percas fazem parte da vida. Ursúla Hamilton era filosófica, até mesmo quando ia contar em uma carta sobre sua morte, o motivo dela, o que deixou seu velho e ainda vivo amigo de cabelos longuinos com enjoo.

– A aula do professor Snape foi cancelada. Que estranho. – ouviram um aluno comentar.

– Melhor para nós – uma aluna disse ao lado dela, antes de voltarem a correr pelos corredores.

Draco olhou para Harry, uma pergunta em seus olhos. O que houve? E a resposta nos olhos de Harry que o deixava mais confuso e curioso. Papai está doente.

Doente, não que fosse incomum ficar doente, mas para Severus Snape era, na verdade, ele até ficava doente às vezes, mas nunca admitia em voz alta ou deixava isso transparecer, ele nunca cancelaria uma aula só por conta disso.

Estranho. Os dois pensaram enquanto seguiam para a aula de Transfiguração que tinham com a Profª Minerva McGonagall.

Porque? Pensava a professora enquanto olhava para uma foto, era a foto de uma garota. A garota que, assim como vez com Severus, ela cuidou como se fosse sua filha, ela considerou a garota como uma filha sua quando ninguém mais a quis. E eu não consegui a proteger. Ela fungou. Tem que se recompor. Se obrigou a olhar para frente, para seus alunos, que sussurravam entre si.

– Vocês ouviram? A Profª Minerva estava chorando na sala de aula antes de entrarmos. Sim, eu escutei, é verdade. O que será que houve?

Novamente, isso era estranho.

Eles se sentaram para ouvir o que a professora ia dizer. A aula não foi tão diferente, mas sim, Minerva estava estranha.

Porque? Pensava Matthew Riddle, enquanto olhava para Mikael Hale. Ele se perguntava porque achava o garota tão atraente, afinal, ele nunca achou uma pessoa bonita – a não ser ele mesmo – antes. Mas ele é tão bonito. Esses olhos azuis oceânicos. Ele não percebeu que sorria abobado para o garoto, que corou pela atenção que recebia.

E novamente a cabeça de um dos alunos, o mais novo dos Malfoy, vagou para o desaparecimento de uma pessoa. Para onde Carina foi? Carina Black-Malfoy, filha de Regulus e Cleo, já fazia um tempo que eles não a viam. Porque ela sumirá?

Porque? Porque? E porque? Era a única coisa que passava na cabeça de todos os alunos. Mas era difícil prestar atenção em tudo e não se confundir com nada, não confundir nomes, quando existiam tantos e tantos tão iguais. Confuso era a palavra que melhor definia o que vinha acontecendo com todos eles. Tudo estava confuso. Não admirava que alguém se pertence em meio a tantas informações.