CAP I - Ida ao submundo

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Com o tempo curto, Brunhilda e Alexandre se preparam para a ida ao helhime

– Temos que buscar alguém antes – disse a valkiria, enquanto estavam indo em direção a um quarto, na ala dos semi deuses nórdicos.

– Enquanto andamos – perguntou Alexandre, enquanto a seguia – poderia me disser que lugar é esse de novo? Eu sei que já me explicou isso antes, mas é muito complexo.

– Essa é a yggdrasil – disse ela – é a árvore do mundo, os galhos dela sustentam todos os 9 reinos, que são os mundos. Os humanos, como você, pertencem a Midgard, já os deuses e semideuses como eu vivemos no tronco da arvore, que é grande pra caralho por sinal.

– E onde fica esse tal helhime mesmo?

– Nas raízes da árvore, e é pra la que todos vão quando morrem, foi de lá que eu te tirei quando você morreu.

– Dessa parte eu me lembro.

Os dois chegaram a um longo corredor, repleto de portas altas, cada uma diferente uma da outra.

– Para o plano funcionar – disse ela – vamos precisar das minhas irmãs. As valkirias tem um poder especial, nos podemos nos transformar em armas divinas, mais fortes que qualquer arma humana, capazes de ferir os deuses. Cada humano escolhido vai lutar ao lado de uma das minhas irmãs, é o único jeito de termos a menor chance de vitoria possível.

– Essa parte eu sabia – disse Alexandre – você não precisa me explicar tudo.

– Vai ver se eu to la na esquina – disse a valkiria, abrindo uma das portas, uma cheia de cartazes dizendo "não entre", "danger – stay away" e um adesivo de caveira.

Quando entrou no quarto, ela viu uma garota pequena, com cabelo azul escuro, sentada em uma cadeira com uma lata de refrigerante na mão, com um fone de ouvido conectado a um computador que estava aberto no YouTube, mas ela não conseguiu ver o que estava na tela direito.

A valkiria pegou uma lata que estava no chão, inspecionou por uns dois segundos e jogou na cabeça dela.

A lata fez um barulho com se batesse em um coco vazio.

– Ai! – disse a outra, tirando o fone de ouvido e acariciando a própria cabeça – Coé, sabe bater não?

– Vamos, Sveith – disse Brunhilda – temos trabalho a fazer.

– Quem é o maluco ai atrás?

– Sveith, esse é Alexandre, o Grande. Alexandre, essa é uma das minhas irmãs mais novas, Sveith. Agora levanta dai, sua desocupada, temos que ir.

– Pra onde, carai? – perguntou a mais nova.

– Helhime – disse ela – o plano Ragnarok começou.

– O porra! – disse ela, se levantando as pressas e jogando o cobertor que usava, revelando sua roupa parecida com a de Brunhilda – e por que não falou logo? Vamo nessa cambada.

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Depois de alguns minutos, lá estavam os trés, indo até uma parte da árvore Yggdrasil onde um homem estava mexendo em seu celular, perto de um circulo mágico. Ele vestia roupas simples, como se não se importasse com o que os outros achavam dele.

– Cóe tio! – disse Sveith, se aproximando da passagem – Fala ai Heimdall, camarada!

– Nem começa que hoje eu não tó pra papo – disse o deus.

– Qual foi, mano. Qual o problema?

– Eu to entrando em crise existencial aqui! Era pra eu ser o deus que anuncia o fim do mundo. Era pra eu tá tocando minha trombeta e anunciando o fim de uma especie! Mas os deuses não querem mais saber de nada disso! A ultima vez que eu toquei aquela belezinha foi quando os deuses se cansaram dos dinossauros e eu fui tocar ela pra anunciar o fim deles, mas aqueles lagartos nem sabia o que porra tava rolando! Agora eu sou o que? O Uber divino! Eu só sirvo pra mandar pessoas de um reino pra outro!

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora