CAP II - O Mais Forte do Japão

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Brunhilda corria o mais rápido que podia, a noticia de que o Ragnarok começaria em apenas uma hora era preocupante, eles mal conseguiram chamar os lutadores e, se os deuses já estavam prontos, quer dizer que eles já tinham todos os representantes.

Sukune estava ao seu lado, com Sveith em seus ombros, se segurando ao máximo no cabelo espetado do sumotori para não cair.

- Então gordão - disse Sveith - posso fazer uma pergunta?

- É claro, jovenzinha - disse ele, sem parar de correr.

- Eu sou mais velha que você! Mais enfim, eu já vi vários lutadores humanos, eles são sempre magros e musculosos, mas porque os lutadores como você são desse tamanho?

- Por que assim é mais difícil de sermos derrotados. Teve uma vez, no helhime, em que um outro lutador foi parar no primeiro circulo também. O nome dele era Taiho Koki, ou alguma coisa assim. Ele me explicou como era o sumô dos dias de hoje e, pra falar a verdade, até que gostei de algumas atualizações, como o sistema de ranqueamento.

- E que sistema é esse? - disse Brunhilda, enquanto guiava os dois.

- É mais ou menos assim. O maior ranking é dividido em três categorias: os Sekiwake, os Ozeki e os Yokozuna.

- E qual deles é você? - disse a menor.

- Eu já tinha morrido a muito tempo quando inventaram isso, mas aquele cara era gente boa, ele disse que eu era um Yokozuna por mérito. Hahaha!

- E o que aconteceu com ele? - perguntou a mais velha.

- Ele morreu.

- Que?!

- Ele pediu pra lutar comigo, e ele era até que forte, mas eu matei ele sem querer. É uma pena, mas foi um acidente.

- Caraca... - disse Sveith, na cabeça dele - meus pêsames cara.

- Não se preocupe, isso acontece o tempo todo. Não sei controlar minha força, então to acostumado. Aquele tal de Motobu Choki era o único que era pário pra mim, mas mesmo assim nunca lutei a sério com ele. Vamos torcer pra eu matar esse deus por acidente também. Hahaha!

- Falando nisso - disse a menor - que é o deus que vamos enfrentar?

- Eu não sei - disse Brunhilda - não temos como saber, pelo menos não na primeira luta, só da segunda pra frente.

Enquanto falavam, chegaram a entrada do inferno. Lá, An Puch ainda os esperava.

- Tava esperado vocês - disse ele - eu queria lutar a primeira, mas tenho que esperar vocês saírem.

- Quem é esse? - perguntou Sukune.

- Um oponente - disse Brunhilda - mas não é com ele que você vai lutar, vamos.

Eles passaram pelo portão de ferro que An Puch deixou aberto. Sukune observava os arredores escuros que impressionaram Alexandre mais cedo, enquanto subiam no circulo mágico.

- Heindall - disse a mais velha - para Valhalla!

- Se segura ai, gordão - disse Sveith.

- Segurar? Por que?

E o jato de luz multicolorido caiu sobre eles, deixando Sukune impressionado, mas não assustado. Quando a luz acabou, eles estavam em um circulo mágico em um lugar diferente, encontrando Heindall que esperava por eles.

- Ue - disse ele - ceis trocaram o magrelo por esse cara ai?

- O Alexandre ficou no Helhime procurando o resto. Achei que teríamos mais tempo pra recolher todos, mas parece que estava enganada.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora