Cap XVI - A Terceira Rodada

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– Ladies and Gentlemans, Bem vindos ao terceiro round do Raganarok, o torneio para decidir o destino da humanidade – gritava Heindall, a plateia ia a loucura, mas a humanidade parecia estar em grande parte desanimada, duas derrotas seguidas abalou a confiança deles – Depois do criador de ilhas, Izanagi, vencer o destruidor de montanhas, Nomi no Sukune, e da luta acirrada que foi a deusa da coragem, Kianumaka-manã, contra a dama do terror, Tomoe Gozen, a balança pende para o lado dos deuses! Com o placar em dois a zero, veremos se a humanidade pode provar seu valor e, pela primeira vez na história, vencer um deus!!

No corredor de entrada da humanidade, Brunhilda e Alexandre o Grande aguardavam, junto com Zumbi dos Palmares, armado com suas correntes divinas. O lutador olhava para suas armas, balançando de um lado a outro. Uma expressão de nojo permeava seu rosto.

Ai! – gritou Sigridrífa, em sua mente – Eu consegui ver você olhando pra mim!

Desculpa – respondeu o humano – eu ainda não me acostumei com essas correntes. Talvez eu nunca me acostume.

Eu sei o que elas representam pra você, mas... vamos fazer assim: pense nelas não como correntes, mas como eu, talvez ajude.

Vou tentar. Sigridrífa, certo? Prazer.

Prazer.

Zumbi deu um pequeno sorriso de canto de boca. Da parede, Alexandre viu e gesto e disse, com um sorriso singelo:

– Tudo bem ai?

Zumbi olhou para ele.

– Tudo, só estou falando com ela – disse enquanto rodava o pulso, indicando as correntes.

– Entendo – nesse momento, Heindall começava sua narração – Bom, a luta vai começar em breve, vamos subir para o camarote, Brunhilda?

– O que, não vão assistir minha entrada? – perguntou o lutador, com um tom leve de sarcasmo.

– Não se preocupe – disse Brunhilda, tirando um tablet que levava em suas costas – vamos assistir tudo no caminho.

– Boa sorte, amigo – disse Alexandre, enquanto eles saiam.

Zumbi não respondeu, ele encarava sua porta, de braços cruzados.

Pronto? – disse Sigridrífa – Não tem volta depois dessa porta. É matar ou morrer.

– Para um escravo – disse ele, exalando confiança – sempre é matar ou morrer.

Ao mesmo tempo, no corredor dos deuses, Ah Puch caminhava, sozinho, em direção a porta. Em sua mão, ele levava uma foice do tamanho do seu corpo. A lamina era enorme, o fio gasto e danificado brilhava como prata, mas o resto da lamina era uma mistura de um cinza fosco e ferrugem. O capo era de uma madeira estranha, que parecia osso, talvez alguma madeira fossilizada, enfeitada com sinos de ouro de vários tamanhos e caveiras humanas em miniatura.

Ele andava, descalço, pelo corredor, completamente vazio.

Ao chegar na porta, Hermes se teletransportou ao seu lado, trazendo Ixchel com ele.

Os dois deuses maias se olharam, deram um sorriso de canto de boca e Ixchel estendeu sua mão com o punho fechado para ele, que retribuiu encostando seu próprio punho no dela.

– Depois dessa luta, você devia tomar um banho – disse a deusa.

– Nem em um milhão de anos – disse ele, com um tom sarcástico, embora ela soubesse que provavelmente era verdade.

Ela se virou e foi até Hermes, que se encostou em uma parede, era possível ouvir Heindall começar sua narração. No meio do caminho, ela parou, com os punhos cerrados, se virou e deu um abraço no deus, agarrando ele por baixo dos braços.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora