Em pé, no meio da sala, dois homens se encaravam, com armas, duas pistolas, apontadas um para a cabeça do outro. Um deles, o mais alto, com óculos, uma cicatriz em volta do pescoço e um chapéu estranho, completamente adornado com padrões estranhos e moedas, olhava sorridente, com uma expressão sádica. O outro, o mais baixo, olhava sério. Ele tinha um chapéu preto pendurado nas costas, um lenço vermelho amarrado no pescoço e um bandeide na bochecha. Seu cabelo era escuro e espetado.
Brunhilda olhava a cena, assustada. Alexandre, ao seu lado, parecia tao surpreso quanto ela.
– O que está acontecendo aqui? – perguntou o estrategista.
– Eu não sabia que você tinha contratado malucos pro torneio! – gritou Prima, escondida atrás do sofá.
– Quem são esses dois? – perguntou Brunhilda – são Einherjar?
– Sim, são nossos representantes – disse Alexandre, andando até eles – se importariam em responder minha pergunta? O que está acontecendo aqui?
– Pergunta pra ele – disse o mais baixo, ainda com sua arma apontada.
– Foi 'océ' que começo, fi do cabrunco – disse o mais alto enquanto sorria. Ele abaixou sua arma e se jogou no sofá atrás dele.
– Eles estavam discutindo sobre quem vai ganhar essa luta – disse Motobu Choki, sentado e de olhos fechados, sua expressão era de raiva.
– Espera... – disse Brunhilda, confusa – então qual de vocês estava apostando a favor dos deuses?
– Nenhum de nós – disse o mais alto enquanto se espreguiçava e pegava um jornal na mesa de centro – o problema, é que eu falei primeiro que o Zumbi ia ganhar, e ele acho ruim que fui eu quem disse.
– Fui eu quem disse primeiro! – disse o mais baixo, apontando novamente a arma para o outro.
– Já chega – disse Alexandre calmamente, pondo a mão no pulso do mais novo.
Ele olhou para o estrategista de canto de olho, então abaixou a arma e foi se sentar.
– Acho que não apresentei vocês ainda – continuou o estrategista – na minha direita, o mais problemático homem de todo o faroeste americano, um criminoso procurado pelo assassinato de pelomenos 21 homens, a criança do Texas, William Henry McCarty, vulgo, Billy The Kid.
O jovem pós seu chapéu e fez uma pequena reverência, enquanto guardava sua pistola. Ele foi até Brunhilda, pegou sua mão e deu um pequeno beijo como comprimento.
– Senhorita – disse Billy – é um prazer ser escolhido para lutar pela humanidade.
– E esse, a minha esquerda, é o próprio demônio na terra. O mais procurado cangaceiro de todo o nordeste, o mais cruel e mortal lugar do Brasil. O rei do cangaço, Virgulino Ferreira da Silva, vulgo, lampião.
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Ragnarok - A última Esperança
AksiyonO que aconteceria se os deuses decidissem por um fim na crueldade humana, extinguindo a espécie inteira? Foi pensando nisso que uma Walkiria, uma semi-deusa, chamada Brunhilda estudou sobre o Ragnarok, um torneio divino, em que humanos e deuses deve...