O conselho divino, 3.000.000 de anos antes do Ragnarok, embora contasse com seus 20 membros, nem todos compareceram a atual reunião.
Na messa, apenas alguns deuses estavam presentes.
Itzanma, o deus supremo dos maias, um homem idoso, porem brincalhão e pouco sério, estava sentado em uma cadeira, um tanto quanto afastado dos restantes.
Em outra cadeira, estava Rá, o deus supremo dos egípcios, um homem de pele escura, com olhos bem delineados, sem camisa, com apenas alguns adornos em dourado. Em sua mão, um cajado também de ouro, cuja ponta parecia uma coruja.
Um pouco mais distante, Zeus, em uma versão mais jovem, sem barba, usando sua toga branca, amarada na cintura por um ramo de louros dourados, com um adorno de raio.
Duas cadeiras ao lado dele, Odin, com um espeço manto preto sobre seus ombros, uma calça de couro e botas que vão até o joelho.
Os dois estavam conversando algo, mas o assunto não era importante.
Entrando pela porta, Brahma, o deus maia de quatro cabeças, vestindo um colete laranja, com vários colares de ouro que desciam até sua calça verde-escura, acompanhado de Shiva, o deus com pele roxa, que mais parecia um adolescente, com algumas marcas em preto, como tatuagens, pelo corpo, vestindo apenas uma calça amarela dourada.
O primeiro viu a movimentação e disse, com seu primeiro rosto:
- Ele ainda não chegou? Achei que isso fosse ser muito importante!
- E é, Brahma - disse Zeus - ele é um homem muito ocupado, mas não se preocupe, tenho certeza que ele virá logo.
- Espero que não demore muito - disse Rá, que parecia impaciente - eu ainda tenho algumas coisas para resolver.
- Tenham calma, meus caros - disse Itzanma, calmo como sempre, enquanto Brahma chegava perto dele com um pequeno cachimbo e o ascendia - pra que essa pressa toda?
- Olha aqui seu velhote - disse Rá, colocando um pé na messa e segurando seu cajado com força, algumas veias pareciam prontas para explodir em sua cabeça - alguns de nós temos trabalho a fazer. Acha que é fácil pilotar um barco atrás do sol todo santo dia? Você só fica aí, fumando e tagarelando, enquanto nos temos responsabilidades.
Dando uma tragada em seu cachimbo, Itzanma diz:
- Tô nem aí, meus fi tão tudo criado já.
Antes que Rá desse um pulo e empalasse o deus maia, Zeus o repreendeu com um gesto de mão, enquanto dizia.
- Deixe-o em paz, Rá. Se você não quisesse trabalhar tanto, deveria ter escolhido um reino mais tranquilo.
- Pois é - disse Shiva, se sentando e pondo os pés sobre a mesa, se reclinado na cadeira, enquanto abafava um bocejo com uma de suas quatro mãos - o velho aqui mandou bem escolhendo Muspelheim. Eu adoro aquele lugar! Os demônios são de longe minha raça favorita, se eles saírem do controle, é só bater neles e tá tranquilo!
- As coisas lá em Nifleheim são muito tranquilas - disse Itzanma, se gabando - eu mal tenho que fazer nada, quase não tem vida inteligente por lá! Haha!
Enquanto falavam, a porta se abriu, e por ela, um homem alto, com cabelos brancos, mas com aparência jovem, com um terno branco e gravata purpura passou. Em seus braços, ele carregava um filhote de cachorro, possivelmente um piti bul, mas com três cabeças.
- Já não era sem tempo - disse Odin, se virando para ele, mas ainda sentado.
- Hades, meu irmão! - disse Zeus, se levantando e indo até ele com um sorriso no rosto - há quanto tempo não te vejo!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Ragnarok - A última Esperança
ActionO que aconteceria se os deuses decidissem por um fim na crueldade humana, extinguindo a espécie inteira? Foi pensando nisso que uma Walkiria, uma semi-deusa, chamada Brunhilda estudou sobre o Ragnarok, um torneio divino, em que humanos e deuses deve...