Cap XVIII - Xibalba

33 3 0
                                    

– Que droga é essa? – disse Zumbi, enquanto tentava manter distância da estranha fumaça que saia do solo.

Kizin: Névoa de Xibalba! – disse Ah Puch, forçando o cabo da foice contra o solo.

A densa névoa roxa subia pela rachadura, cada vez mais cobrindo o chão da arena.

– Isso não me parece muito animador – disse Lampião, assistindo atentamente do camarote da humanidade, sentado em um largo sofá vermelho, juntamente com Brunhilda e Alexandre. A valkiria parecia assustada.

– Que substancia estranha é essa? – disse Paracelsos, assistindo perplexo – não se parece com nenhum material que eu conheça.

Na arena, Zumbi tentava manter distância do gás, mas era extremamente difícil, a substância se espalhava pelo chão.

O lutador da humanidade pulava o mais longe possível, mas a nevoa continuava avançando.

Não toque nessa coisa! – disse Sigridrífa em sua mente.

– E o que acha que eu tô fazendo? – respondeu ele – De onde está vindo essa coisa?

– Fuja enquanto pode, humano – disse Ah Puch, enquanto gargalhava e avançava sobre ele – não existe ninguém capas de resistir a névoa de Xibalba!

Zumbi já estava próximo à parede, não poderia recuar muito mais.

O deus pulou para cima dele, avançando enquanto rotacionava sua foice.

Com um golpe de cima para baixo, Zumbi desviou por pouco. O corte criou uma onda de vacou, atingindo o solo com tudo. Com suas correntes, Zumbi deu um forte chute, mirando a cabeça do adversário.

Antes de perder sua cabeça, Ah Puch conseguiu bloquear, segurando a corrente com sua mão, enquanto se preparava para outro corte com a outra.

Os nós das correntes começaram a brilhar e se retrair, diminuindo até quase desaparecer. Quando isso aconteceu, a corrente que Ah Puch segurava cortou a palma de sua mão, mas ele não parecia se importar com o ferimento. Segurou a foice com as duas mãos e golpeou, desta vez, de baixo para cima.

Com as correntes das mãos, Zumbi segurou a arma, impedindo o corte.

Era uma disputa de força, enquanto o deus tentava soltar sua arma, o humano a mantinha presa ao solo.

– Nada mal – disse o deus – você até que é dos bons.

Zumbi apenas encarou o deus, sem dizer uma palavra.

De repente, Zumbi soltou a arma.

A foice, que estava sendo forçada, continuou seu trajeto. Ah Puch não conseguiu controlar sua força e acabou levantando sua guarda.

Com a enorme brecha, Zumbi golpeou o deus com suas correntes, criando um enorme corte no estômago do deus.

Boa! – disse Sigridrífa em sua mente.

Poderia ter sido melhor – disse o guerreiro – não esperava que a pele dele fosse tão resistente.

Ah Puch mantinha distancia, enquanto olhava seu ferimento.

O corte era profundo, parecia ter perfurado alguma artéria, sangue jorrava intermitentemente.

O deus encarava o sangue, que escorria por todo seu corpo, mas a única coisa que fazia era sorrir.

No camarote dos deuses maias, Ixchel parecia preocupada, assistindo em silêncio.

O deus começou a andar lentamente de costas, se distanciando do humano.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora