Cap XIII - Uma Última Batalha

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– Um arco e flecha? – disse Zumbi no camarote da humanidade – achei que a arma dela era uma lança.

– E era – disse Sigridrífa – nós valkirias temos nomes especiais, nomes poderosos, eles ditam o que nós podemos fazer. O segredo no nome da Gondul é "Lança magica". Ela se transforma numa lança, a parte da magia vem do usuário, e parece que o da Tomoe é transformar ela em outras armas, como esse arco e flecha.

– Só o arco – disse Motobu.

– Como assim? – perguntou Paracelsos.

– Vejam, é só o arco, não tem flechas.

Ao olhar com mais atenção ficava claro, a valkiria só se transformou na arma, não na munição.

– Então é inútil – disse Zumbi – de que serve um arco sem flechas!

– Sem contar que a outra também está diferente – comentou Motobu, se levantando – nunca vi nada parecido.

– Se parece uma onça pintada – disse Zumbi – tinham varias lá no Brasil. Eram lindas e imponentes, mas também ameaçadoras. A primeira coisa que qualquer um aprendia no lugar onde nasci era a não sair na mata a noite, esse era só um dos perigos de lá.

Enquanto isso, no campo de batalha, Tomoe analisava sua arma, puxando a corrente, que era estranhamente flexível.

– Você esta machucada, Gondul? – perguntou a samurai – espero não ter doido muito.

Não se preocupe – disse a valkiria – eu vou ficar bem depois que vencermos isso.

Do outro lado da arena, Kianumaka olhava para ela, como um animal faminto, analisando com cautela antes de avançar.

– Então é disso que você estava falando antes – disse Tupã a Jaci no camarote dos deuses Tupi.

– Modo Îagûara- guardiã da selva – disse a deusa – ela treinou isso comigo a alguns seculos, quando descobriu que podia fazê-lo. Quando era apenas uma criança ela já era bem forte, mas não tem muito uso para isso agora, então não à vejo assim a bastante tempo.

– Ela não parece raciocinar muito bem nessa forma.

– Realmente ela não faz isso. Ela é tomada pelos instintos de sobrevivência mais primitivos, é como um animal em busca de comida, e nada vai impedi-la de conseguir.

Com um solavanco, Ki avançava sobre a samurai. O chão sob seus pés rachava instantaneamente.

– Gondul! – gritou a samurai – cade as flechas?

Antes de ouvir a resposta da valkiria, a deusa já estava encima da guerreira. Ela tinha cruzado quase cem metros em menos de três segundos e golpeava com as garras.

Tomoe desviou por pouco, mas com a pressão do vento de sua mão, a parede atrás dela foi cortada, deixando marcas nítidas no concreto reforçado com magia.

Tomoe bateu com o arco na barriga da deusa, a fazendo recuar alguns metros, mas ela avançou rapidamente outra vez.

Com as garras, a deusa golpeou com um tipo de estocada. Tomoe desviou com dificuldade graças ao ferimento na barriga, saindo com um corte na bochecha.

Os ataques incessantes da divindade continuavam. Ela estava em desvantagem sem uma arma corpo a corpo.

– Gondul! – gritava ela – Preciso da lança!

Agora não dá! Leva tempo para recarregar a transformação!

– Então como eu atiro com essa coisa?

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora