Cap III - Sukune

84 4 1
                                    

– É INACREDITÁVEL – gritou Heindall, animando ainda mais a plateia – IZANAGI ESTÁ SANGRANDO. EM MENOS DE CINCO SEGUNDOS, NOMI NO SUKUNE CONSEGUIU UM FEITO NUNCA ANTES VISTO, UM HUMANOS, UM SIMPLES HUMANO, CONSEGUIU FERIR UM DEUS!!!

– Ora, ora – disse Brahma no camarote dos deuses hindus – que interessante.

O deus estava sentado em um banco de madeira bem no meio da sacada. Atrás dele Shiva estava sentado em um colchão roxo redondo, e Buda, sentado do outro lado, em um longo sofá vermelho.

– Tem alguma coisa errada, velhote – disse Shiva, ainda encarando a arena – achei que humanos não poderiam nos ferir. A maldição deu defeito?

– Não tenho certeza – disse o deus de quatro cabeças, enquanto arrumava suas quatro barbas com suas quatro mãos – mas acho que alguém sabe.

O deus encarava Buda, com pelomenos duas cabeças, enquanto ficava de olho na arena com as outras duas.

– Buda – disse Shiva – o que tá pegando?

– Volund – disse o deus indiano, ainda assistindo a luta – Valkirias tem um poder especial, em que elas podem se transformar em armas divinas, capazes de ferir os deuses.

– Mas o gordão ali não esta usando arma nenhuma – disse o deus roxo.

– São aquelas bandagens – disse Brahma – a energia delas é diferente, é como se estivessem vivas.

– E como você sabe tanto sobre essa "Volund", Buda?

O deus se curvou, encarando o chão e, com os dedos entrelaçados, disse:

– Por que eu ensinei a elas.

– Você fez o que?

– Eu não sabia que iam usar pra isso, tá legal? Aquela valkiria que interrompeu a reunião tinha aparecido na minha casa alguns anos antes. Eu não fazia ideia que ela estava se preparando para o torneio.

– Não importa – disse Brahma – o importante é que elas sabem o que fazem. E isso me deixa ainda mais animado para lutar!

enquanto isso, no campo de batalha:

– Sangue? – perguntou Izanagi para si mesmo, enquanto encarava a substancia que havia escorrido de seu nariz?

Nada mal – disse Sveith na cabeça de Sukune.

– Ainda não acabou – disse o sumotori, tanto para a valkiria quanto para o inimigo – pode vir com tudo.

– Moleque arrogante – disse o deus japonês, apontando sua lança para o oponente – eu vou tirar esse sorrisinho besta da sua cara.

– INCRÍVEL – gritava Heindall – ESSA DEVE SER A PRIMEIRA VEZ EM QUE EU VEJO UM DEUS APONTAR UMA ARMA PARA UM HUMANO. SENHORAS E SENHORES DA PLATEIA, PARECE QUE ESSE TORNEIO VAI REALMENTE DAR O QUE FALAR!!

Sukune, saindo de sua posição de preparo, corre em direção ao deus, preparando seus tapas clássicos do sumo.

O deus japonês responde a investida, e avança juntamente do guerreiro.

Os dois se encontram no meio, com Sukune parando bruscamente, com um tapa na altura da cabeça de Izanagi, que consegue desviar por pouco, enquanto acerta o cabo da lança nas costelas do lutador que, quase sem reação, continua a sequencia de tapas. O japonês continua desviando, mas a velocidade dos ataques que recebia era tao alta que não sobrava tempo para contra atacar. Sem saída, o deus começa a recuar, mas é seguído pelo humano que não apresentava brecha alguma.

Temos que fazer alguma coisa – disse Sukune em sua cabeça – eu não posso continuar com isso por muito tempo, e não da pra acertar ele!

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora