- O que eu lhe disse, humano? - falou o deus, apontando sua lança dourada, coberta de ramos vermelhos, para Gengis - o deus da guerra nunca anda desarmado!
- Impressionante! - gritou Heimdall - essa é a famosa Pólemos! O tesouro divino de Ares, forjado pelo próprio ferreiro do Olimpo, Hefesto! Dizem que essa é a arma mais versátil entre as 12 Olimpianas maiores!
- Agora sim! - disse Gengis se levantando e preparando seu arco - VEM PRA CIMA.
Na plateia, os deuses torciam por Ares, embora, se olhasse de perto, veria que a torcida era muito menor que as anteriores, o que não era de se espantar, pois Ares nunca foi o deus mais amado do Olimpo.
- ISSO! - gritava um deus na arquibancada, de longe, um dos que mais torcia pelo deus da guerra. Ele vestia uma armadura espartana, mas ao contrário dos detalhes em vermelho carmesim, seus trajes eram adornados por roxo e púrpura - PRA CIMA DELE, GENERAL!
- É ISSO AÍ! - outro guerreiro torcia ao seu lado, mas sua armadura tinha detalhes em azul-escuro - ACABA COM ESSE HUMANO DE MERDA PAI- quer dizer, GENERAL!
Seus nomes eram revelados. Fobos (deus do medo - mitologia grega) e Deimos (deus do terror - mitologia grega), ambos filhos de Ares.
Na arena, Gengis disparava mais uma flecha contra o deus, que desviava com facilidade, usando a lança para rebater o projétil.
O deus da guerra, com uma aceleração súbita, avança contra o humano em alta velocidade. Estranhamente, o deus segurava a lança muito próximo de sua lâmina.
Gengis continua atirando, flecha atrás de flecha. Como Ares avançava, era mais difícil desviar dos projéteis. Várias flechas o acertaram, mas sua pele era tão resistente que apenas arranhões eram feitos. O deus avançava sem piedade, mesmo que os disparos do humano o acertassem em cheio.
Ares se aproximou cada vez mais. A essa altura, a distância entre os dois não era maior que vinte metros.
Gengis começou a andar para trás, enquanto atirava contra o deus.
Quando a distância entre os dois se encurtou para dez metros, Gengis avançou contra Ares, da mesma forma que tinha feito antes.
Ares estocou o humano, que desviou com um pulo, pisando no cabo da lâmina para pegar impulso para um salto.
No ar, Gengis pegou uma flecha de sua aljava, preparando um disparo.
Ao girar no ar, no entanto, o imperador foi empalado pelo deus. A ponta da lança acertou seu estômago, perfurando levemente a armadura.
Gengis foi jogado para longe, caindo em pé, com a mão sobre o ferimento.
Ao olhar o sangue em sua mão, Gengis deu uma pequena risada.
- Qual a graça? - perguntou o deus da guerra, enquanto balançava sua arma para tirar o sangue que manchava a ponta da lança.
- Ouvi meus soldados apostando que eu sairia ileso desta batalha. Acho que alguém vai perder dinheiro hoje.
- Achou que iria sair ileso de uma batalha contra o deus da guerra? - Ares sorriu levemente - bem presunçoso da sua parte.
- Esse tipo de coisa acontece. Mas essa foi por pouco, hein? Por sorte estava longe.
- Eu tive que segurar a lança com a ponta dos dedos pra te acertar. Se você lutasse tão bem quanto pula, talvez tivesse alguma chance.
- Bom - disse o imperador enquanto carregava seu arco com outra flecha - onde estávamos?
- Eu estava prestes a arrancar o seu coração - disse o deus, avançado contra o humano.
Ares desviou de várias flechadas enquanto se aproximava de Gengis. A velocidade com que o humano atirava era insana. Não se passava mais de dois segundos entre uma flecha e outra, mas mesmo assim, o deus conseguia desviar com certa facilidade, saindo apenas com arranhões.
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Ragnarok - A última Esperança
AçãoO que aconteceria se os deuses decidissem por um fim na crueldade humana, extinguindo a espécie inteira? Foi pensando nisso que uma Walkiria, uma semi-deusa, chamada Brunhilda estudou sobre o Ragnarok, um torneio divino, em que humanos e deuses deve...