Cap VII - Guerra na Floresta

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A arena Valhalla estava completamente escura. Uma escuridão sinistra, sem sombra de duvidas mágica, cobria completamente o chão do campo de batalha.

Um holofote se acendeu bem no meio da arena, iluminando um pequeno ponto onde um deus já conhecido estava em pé: Heimdall, polindo seu Galarhorn, a trombeta microfone que ele usou para narrar a luta anterior.

Ele fazia uma pequena reverencia enquanto dizia a plateia:

- Ladies and Gentleman!! Em nome de todos os deuses organizadores do torneio Ragnarok, venho pedir desculpas por fazê-los esperar tanto tempo para a próxima luta. Ptah, o deus egípcio da arquitetura e aquele que ficou responsável pela construção e reparos da arena Valhalla, teve sérios problemas para reparar os danos causados pela luta anterior. Mas aqui estamos!! Eu pergunto, minha amada plateia, vocês estão prontos para a próxima rodada?!?!

Os humanos e deuses na arquibancada gritavam de empolgação, ansiosos pela tão aguardada continuação. Eles esperaram por uma hora para poder ver a segunda disputa.

No corredor dos humanos, Tomoe Gozen se aquecia, dando algumas estocadas no ar com sua nova e enorme lança. A corrente que estava presa a lamina balançava de um lado para outro.

- Você está estranhamente calma para alguém que está prestes a enfrentar uma divindade - disse Gondul em sua cabeça.

- Eu lutei por quatro anos inteiros ao lado de Minamoto no Yoshinaka - disse - participei de praticamente todas as batalhas das guerras Genpei, enfrentando e matando inúmeros adversário gloriosos. Não vai ser um misero deus que irá me assustar.

- Você não teme por sua vida? - perguntou a valkiria.

- Temer a morte é idiotice - respondeu - devemos temer as coisas enquanto temos vida. Quando morremos, não resta muito para se temer.

- Entendo...

- E quanto a você?

- Eu o que?

- Você está com medo da morte?

- Bom... mesmo com seu discurso... Não, eu não posso ter medo! Eu jurei que eu mostraria para minha irmã que deuses devem temer humanos!

- Você é uma boa irmã, querida Gondul - respondeu Tomoe, encarando a lança - será uma honra lutar ao seu lado.

Enquanto isso, no corredor de entrada dos deuses, Kianumaka-manã se alongava preguiçosamente, deixando escapar um bocejo.

- Que demora toda é essa? - dizia para si mesma - Eu só quero voltar para casa logo, pocha...

- Eles estão terminando os preparos - disse Athena, aparecendo atrás dela enquanto olhava fixamente para seu tablet - Você está pronta?

- Corta o papo, deusa da sabedoria - disse a deusa onça, acariciando a ponta de sua calda suavemente - eu já estou pronta a mais de uma hora. Por que não vai lá arrumar os humanos.

- Eu estou aqui imparcialmente - disse Athena, levemente ofendida - vou ajudar os deuses e os humanos igualmente. Só porque eu não queria que os humanos fossem extintos não quer dizer que eu-

- Calma, calma. Eu não falei nada disso.

Athena se virou e seguiu seu caminho pelo escuro corredor.

- Boa sorte! - disse, andando a largas passadas.

- obrigado - respondeu Kianumaka, olhando ela partir depois se virando novamente para a arena.

- Kianumaka.

- Ai Cacete! - disse a deusa, se assustando com Tupã que aparecia repentinamente ao seu lado - Avisa da próxima vez, caramba!

- Você está pronta? - perguntou o grande deus, olhando fixamente para ela.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora