Cap XXII - Explosão

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A arena explodia, sendo coberta por uma bola de fogo enorme.

- SENHORAS E SENHORES OQUE ACABOU DE ACONTECER? - gritava Heindall - A ARENA ESTÁ COBERTA DE CHAMAS!!

- O que foi isso?! - perguntava Billy The Kid surpreso, no camarote da humanidade. Ele estava em pé, ao lado das valkirias Prima e Pong, que olhavam assustadas ao holograma que se projetava acima da porta.

- O gás - disse Paracelsos - aquela névoa roxa estranha que ele invocou. Como eu temia, ela era um explosivo potente.

- A névoa de Xibalba - disse Alexandre - como não previ isso antes?

- Mas ele não foi pego na explosão também? - perguntou Billy - qual o sentido do golpe se ele também sai machucado?

- Sentido? - comentou Motobu Choki, que estava de braços cruzados no sofá - é simples. Para ele usar um golpe desses...

- Significa que ele tem certeza que pode sobreviver a ele - completou Lampião, enquanto entornava um litro de cachaça.

Enquanto isso, no camarote dos deuses maias, Itzanma olhava tudo em silêncio, sentado em sua poltrona no centro da sala. Ao seu lado, em pé, Ixchel olhava a cena apreensiva.

- Ele... vai ficar bem? - perguntou a garota.

- Ficar bem? - disse ele - Se preocupe com o humano, parece que o seu irmão vai começar a lutar a sério agora.

No campo de batalha, a fumaça começava a se dissipar. Em alguns segundos, Ah Puch apareceu. As penas em sua cabeça pareciam chamuscadas, algumas estavam faltando. Alguns pontos de sua pele apodrecida estavam em chamas, mas ele não parecia sentir dor, apagando eles com sua mão.

Ele encarava o vazio a sua frente, enquanto a fumaça se dissipava cada vez mais. O silêncio tomou conta da plateia, todos aguardavam, enquanto a plateia dos humanos parecia assustada.

O silêncio se propagou por mais alguns segundos, até que a paciência de Ah Puch acabou.

- Vamos lá, não me diga que você já morreu!

Enquanto falava, ele desferiu um golpe no ar com sua foice, fazendo uma corrente de ar que dissipou a fumaça.

Depois que a fumaça se afastou e o chão da arena apareceu, a plateia se surpreendeu.

Zumbi não estava lá.

Ah Puch pareceu surpreso por um instante, olhando o lugar que ele tinha certeza que seu oponente estaria.

Enquanto observava distraído o vazio, uma corrente ficava presa em sua perna, o assustando ainda mais.

Em um piscar de olhos, o humano, que ainda se escondia na fumaça, o arremessou no ar, batendo o deus com tudo no concreto.

- Droga! - disse se levantando enquanto a corrente brilhava em azul, se retraindo.

Rapidamente, ele golpeou o ar novamente, fazendo a fumaça se dissipar, mas Zumbi havia desaparecido outra vez.

O deus parecia confuso, olhando de um lado para outro da arena.

- Pare de se esconder e lute! - gritou ele, sendo interrompido por um golpe de corrente que o acertava no estômago.

- Só porque estou me escondendo - disse Zumbi, mas sua voz parecia não vir de lugar nenhum - não quer dizer que não estou lutando.

Outro golpe acertou o deus, vindo de outra direção, acertando dessa vez o rosto da divindade.

- Merda! - disse o deus, enquanto erguia sua foice no ar e a cravava no chão.

- Kizin: Névoa de Xibalba!

A névoa roxa começava a sair pelo buraco no chão, subindo pelos ferimentos do deus.

As correntes do humano apareceram novamente, se chocando com a foice dele, que estava cravada no chão.

O choque das armas gerou faíscas, fazendo o gás roxo explodir em cima do deus, o jogando um pouco para trás, enquanto as chamas da explosão tomavam seu corpo.

- Obrigado por me mostrar isso - a voz de Zumbi ecoava pela arena - agora, essa técnica não é tão assustadora assim.

O deus tentava se recompor, se apoiando na foice e depois se pondo em guarda.

Outra corrente surgiu da fumaça, mas desta vez o deus estava preparado, bloqueando o golpe com a foice.

Outro golpe, e de novo ele foi bloqueado pelo deus.

Os golpes não pareciam ter um padrão, eles vinham sempre de direções aleatórias, e miravam em pontos diferentes.

Mais um golpe, e outro bloqueio.

De novo, a corrente veio.

De novo, a foice bloqueou.

Mais um ataque.

Mais uma defesa.

O tempo entre os golpes variavam, alguns demoravam mais que outros.

Até que, eles pararam.

Ah Puch encarava o vazio, esperando pelo próximo golpe que não vinha.

De repente, uma corrente apareceu. Desta vez, vindo pelas costas e sendo amarada em seu pescoço.

Zumbi apareceu, sua pele estava repleta de queimaduras, sangue escorria de sua cabeça, um pouco de suas orelhas, mas ele parecia calmo. Veias saltavam de seus braços enquanto ele estrangulava o deus com todas suas forças.

- INCRÍVEL - gritou o narrador - ZUMBI APARECEU EM FIM!! ELE PULOU NO PESCOÇO DE AH PUCH COM TUDO, E ESTÁ ESTRANGULANDO O DEUS!!

O deus havia soltado sua arma, segurava as correntes com toda sua força, tentando reduzir o aperto.

A luta virou um cabo de guerra, venceria quem tivesse mais força.

E parecia que Zumbi estava ganhando.

A força era tanta que o concreto sobre seus pés começou a rachar.

Ah Puch juntou suas força em suas pernas, pulando com tudo, se jogando contra a parede.

O impacto em suas costas fez Zumbi afrouxar o aperto por tempo o suficiente de Ah Puch tirar as correntes, jogando o humano alto no céu, enquanto o deus caia.

Ah Puch, quando chegou ao chão, rapidamente correu para sua Foice.

Zumbi também chegou ao chão, agora a fumaça já parecia quase inexistente. Sua cobertura havia acabado.

Não havia escolha senão atacar, então ele preparou suas correntes, as retraindo ao máximo, como se fosse fazer uma estocada.

Ah Puch apertava o cabo de sua arma com força, preparando seu golpe.

O humano lançou sua arma em linha reta, ela brilhava em um tom azul cintilante, e se estendia como se não houvesse resistência. O som ecoou, como se quebrasse a barreira do som.

O deus desferiu um corte poderoso de cima para baixo, partindo o ar e o concreto da arena como se fosse manteiga.

- Lança de Acotirene!

- Hun Ahau: Morte Única!

Os dois ataques acertaram simultaneamente.

As correntes do humano acertaram com força o estomago do deus, lançando-o para longe. Sangue jorrou da boca dele no mesmo instante.

O corte do deus abriu um vão enorme na arena, de uma ponta a outra, acertando o ombro esquerdo de Zumbi, abrindo um corte profundo. Sangue jorrava com tudo, ele parecia sentir uma dor tremenda.




Mais uma semana, mais um capítulo, mais um milhão de coisas para fazer.

Passei aqui para falar que talvez não tenhamos capitulo semana que vem. Obrigado, e até a próxima!

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora