Cap IV - Amenonuhoko

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Tudo bem ai, grandão? disse Sveith na mente de Sukune.

Eu aguento disse Sukune, tentando passar o máximo de confiança possível, mas ele sabia que a situação não favorecia eles.

Sangue escorria pelos seus ouvidos, nariz e boca. As vibrações violentas da habilidade da valkiria eram... bem... violentas.

Temos que tomar mais cuidado a partir de agora. Se eu usar meus poderes com tanta força outra vez podemos ter problemas sérios.

Do outro lado da arena, Izanagi estava caído de joelhos. Com sua lança, ele apoiou seu corpo para tentar se levantar. Uma dor fulminante percorreu todo seu corpo, fazendo ele se curvar novamente, tossindo sangue.

Esse maldito pensou a divindade – eu vou matar você... eu juro... que... o que é isso? Essa dor... eu quebrei uma costela? Então essa é a sensação... tinha me esquecido disso... dor... que sensação engraçada.

Ele se ergueu novamente, tentando ignorar a sensação.

– Meus parabéns, humano – gritou ele, andando em direção a Sukune – você é o primeiro a me ferir em muitos séculos.

– Também tenho que te parabenizar – disse o lutador – você é o primeiro a sobreviver a mais de três ataques meus em muitos séculos.

– Um pouco arrogante, não é?

– Sinto muito, mas eu não posso evitar, quando você mata tanta gente quanto eu você meio que tem que começar a se vangloriar de sua força.

– Sé importa se eu te fizer uma pergunta? – disse Izanagi, se pondo em postura de batalha – Por que você mata tanta gente? Por que você gosta de matar?

– Eu não gosto – disse Sukune, se preparando para mais uma investida – mas essa é a vida de um Rikishi. O homem forte, se defende sozinho. O homem mais forte, defende os outros. Enquanto eu estava vivo, todos os que eu matava, cada batalha que eu travava, era para garantir água e comida para meu vilarejo. Eu lutava para proteger minha família.

– Eu te entendo, humano... não... seu nome é Sukune, certo? Eu tenho uma família também, uma esposa, dois filhos e uma filha. Eu amo cada um deles, e os defenderei com minha vida.

– Então nesse caso, não posso te subestimar. Não por que você é um deus, mas sim por que é um pai.

Ao terminar a frase, Sukune avança novamente contra a divindade, que rapidamente põe sua lança a postos. Quando na distancia certa, Izanagi da uma estocada contra o lutador. A lança passa perto da cabeça de Sukune, arrancando alguns fios de cabelos. Sem perder tempo, o humano ataca com um tapa frontal contra o peito do deus, o fazendo voar alguns metros para trás, depois avançando novamente.

– NOMI NO SUKUNE CONTINUA AVANÇANDO VIOLENTAMENTE CONTRA IZANAGI!! – disse Heindall – COMO O DEUS JAPONÊS PODE REVIDAR CONTRA UMA SEQUENCIA DE GOLPES TÃO EXTRAORDINÁRIA?!?!

– Ele não pode!! – gritou um homem enorme na plateia, do lado dos humanos da arena – é impossível resistir ao sumô!! Continue Sukune!! MOSTRE PARA TODOS O PODER DA MINHA MARCA REGISTRADA!!

Na arena, Sukune se aproximava ainda mais de Izanagi. Com uma mão perto do corpo, ele esticava a outra e acertava o peito do deus em cheio. Uma explosão de ar ecoou pela arena.

– ISSO!! – gritava novamente o homem, se levantando de seu banco (Grande Ōzeki, Raiden Tameemon) – Se eu não visse o meu Yatagarasu, não teria valido a pena ser revivido!!

De volta a arena, Izanagi se recompunha do ataque, voltando a postura de ataque e se preparando para mais estocadas.

– Você é magnifico, Nomi no Sukune – disse ele – peso perdão por ter pegado leve com você no começo da luta, você se provou digno de meu esforço!!

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora