Cap XII - Dia de Caça

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No campo de batalha, Tomoe Gozen observava Kianumaka ao longe, ambas manchadas de sangue. A segunda mais que a humana.

Os ferimentos causados pelo ataque de laminas de ar de Gondul havia causado danos significativos, ela sangrava, mas sem perder a postura.

– Droga – disse Ki, se preparando para o combate – isso doeu.

Ela e mais resistente do que eu pensava – disse Gondul na cabeça de Tomoe – qual seu plano agora?

– Matar ela o mais rápido possível – respondeu a humana.

Ótimo plano – disse a valkiria em um tom sarcástico.

As duas avançaram uma para cima da outra, ambas brandindo suas armas.

Ao chegar perto uma da outra, a divindade saltou e desferiu um golpe enquanto caia.

A humana desviou para o lado, dando um golpe com o pomo pesado de sua lança, fazendo a deusa cuspir um pouco de sangue. Depois do impacto, a deusa se segurou a lança, desferindo uma estocada na samurai, que desvia por pouco. A onda de choque do golpe arrancou um pouco de seu cabelo.

As duas se afastaram, tomando um pouco de ar e avançando novamente, suas lanças se chocando no ar.

O impacto das armas colidindo gerou uma grande onde de choque, fazendo o vento dentro da arena ecoar.

– Impressionante – disse Zumbi dos Palmares no camarote da humanidade – então essa é a força de um deus.

– Alguns são mais fortes do que isso – disse Sigridrífa, vidrada no combate.

– Mais fortes que isso?! – perguntou Paracelsos, assustado – como alguém pode ser mais forte do que isso?

– Tem alguns nomes perigosos de verdade nessa lista – disse Brunhilda, observando a lista – Rá, Apofis, Tyr, esses caras são barra pesada.

– Não se preocupem – disse Alexandre – com poucas exceções, eu já escolhi os lutadores perfeitos para cada deus. Nossas chances de vitoria são de 57%.

– Com todo respeito, senhor – disse o alquimista – isso não me soa muito animador não.

– Não se preocupe, nós também temos nossas cartas na manga.

– E quem seriam esses? – disse Sigridrífa, ainda vidrada no combate.

– Se eu contar agora estraga a graça. Esperem a hora certa, eles devem lutar em breve.

Enquanto isso, no campo de batalha, as armas das duas colidiam de novo, mas dessa vez, elas empurravam com toda a força que tinham. O chão sob seus pés começava a rachar.

Conforme empurravam, a diferença ficava mais clara. A humana estava levando a vantagem.

– Parece que a nossa representante é mais forte – disse Zumbi.

– Força não é tudo no combate – comentou Motobu, sério.

Enquanto isso, Ki estava perdendo o cabo de guerra. A lança de Tomoe estava pressionando ela, a empurrando contra o solo. A impressão que ela tinha era a de tentar segurar uma montanha com as mãos.

Percebendo a desvantagem, a deusa rotacionou o corpo, desviando a lança da humana para o lado. A arma acertou o chão, criando uma cratera instantaneamente. Enquanto rodava no ar, Ki acertou o cabo da lança na temporã da humana, a deixando atordoada.

Ki avançou novamente sobre ela, acertando a outra temporã, fazendo Tomoe apagar na mesma hora.

Enquanto a humana caía, a deusa se preparou para uma estocada no coração, mas a lamina da lança brilhou intensamente, liberando uma enxurrada de corte novamente.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora