No campo de batalha, Ki rosnava de dor em uma parede da arena, os cortes de ar da flecha foram profundos.
– Mandou bem! – gritou Gondul na cabeça da humana – agora sim vamos ganhar!
– Graças a você, querida Gondul – respondeu a humana, puxando a corrente do arco, a flecha de ar carregava entre seus dedos.
No camarote da humanidade, os lutadores e valkirias assistiam animados, todos ao pé da sacada. Sigridrífa e Paracelsos pareciam ser os mais animados.
– Boa irmã! – gritava a valkiria, depois fingia uma tose e se controlava – realmente muito bem feito, Gondul.
– Se continuar assim vamos ganhar com certeza! – disse Paracelsos, pulando de alegria.
Alexandre, Zumbi e Motobu estavam sérios, assistindo sem piscar o desenrolar do combate.
– Alexandre – disse Brunhilda – o que houve?
O humano, sem olhar para a valkiria, respondeu:
– As flechas. Elas parecem iguais as laminas de ar que ela usou antes.
– Isso quer dizer – disse Zumbi dos Palmares – que ela tem um número muito limitado de disparos.
– E deve ser mais difícil de recarregar essa arma que a lança – disse Motobu – com a lança, balançar a lamina de um lado para outro era algo necessário para o combate, acumular energia era só um bônus. Com o arco, ela só pode lutar a distancia.
A animação de Paracelsos e Sigridrífa pareceu sumir instantaneamente.
Enquanto isso, no camarote dos deuses Tupi, as divindades do concelho conversavam.
– Temporário? – disse Tupã.
– Sim – respondeu Jaci, deitada de lado na poltrona enquanto jogava uma maça para cima e para baixo – Mesmo depois de tanto tempo, ela não consegue manter essa forma por mais de 2 minutos, e mesmo que conseguisse, seria perigoso para ela se o fizesse. O modo Îagûara é uma faca de dois gumes, ele afeta o corpo de Kianumaka cada vez mais – ela da uma mordida na maça e continua falando de boca cheia – Quando ela usa, o corpo tem que se adequar a biologia de uma onça, isso danifica seus ossos, músculos e até mesmo seu DNA.
– Não deve durar muito mais então – respondeu Tupã enquanto se levantava e abria a porta.
– Aonde vai?
– Para a porta da arena, ela vai precisar que alguém a leve até a enfermaria.
– Mas a luta ainda não acabou.
– Mas vai acabar logo logo.
O deus desapareceu no corredor. Jaci deu outra mordida na maça, encarou a fruta por alguns segundos e disse.
– É, você tem razão.
Na arena, a visão Tomoe focava na divindade, que rosnava para ela.
– Quantos disparos eu ainda tenho? – pergunta a humana.
– Três – respondeu a valkiria – não vou conseguir recarregar depois disso, faça os tiros valer a pena.
– Entendido.
A deusa avançou contra a humana, correndo como uma fera.
– MAIS UMA VEZ, KIANUMAKA AVANÇA SOBRE TOMOE – gritou Heindall.
A samurai, vendo a oportunidade perfeita, dispara mais uma vez.
A flecha fez um ruido estrondoso, como se rompesse a barreira do som.
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Ragnarok - A última Esperança
AksiO que aconteceria se os deuses decidissem por um fim na crueldade humana, extinguindo a espécie inteira? Foi pensando nisso que uma Walkiria, uma semi-deusa, chamada Brunhilda estudou sobre o Ragnarok, um torneio divino, em que humanos e deuses deve...