CAP XXVIII - Pólemos

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- SENHORAS E SENHORES, OBRIGADO PELA ESPERA! - gritava Heimdall em sua trombeta - DEPOIS DA VITÓRIA ACIRRADA DOS HUMANOS NA ÚLTIMA PARTIDA, ESTAMOS PRONTOS PARA O INÍCIO DA QUARTA RODADA DO RAGNAROK!!

A arena estava iluminada, seu chão era completamente plano, feito de terra seca. Suas paredes eram brancas, aparentemente mármore grego. Dois grandes portões levavam a entrada, ambos idênticos, de madeira escura e bordas de ferro.

Brunhilda e Alexandre caminhavam em direção à entrada do camarote da humanidade, cuja porta acabava de ser aberta. Paracelsus saia de dentro, se encontrando com eles.

- Ah, vocês chegaram - disse o alquimista, retribuindo a reverência de Alexandre - os outros saíram, as valquírias voltaram para seus aposentos. O senhor Motobu disse que se ainda não ia lutar, ele voltaria para seu quarto para treinar enquanto espera. Billy e Lampião também saíram, dizendo que iam procurar outro lugar para assistir à luta, mas não se preocupem, eles foram para lados diferentes.

- É um alívio ouvir isso - disse Brunhilda - e você, para onde vai?

- Para meu quarto, tenho muito para estudar, parece que a minha ciência mudou muito durante os séculos em que estive morto.

- Entendo - disse Alexandre - obrigado por seus serviços, jovem cientista. É bom ter alguém tão inteligente do nosso lado.

- Ah, não é para tanto! Eu sou só um alquimista qualquer. Enfim, vou assistir à luta por lá, boa sorte!

Os quatro se despediram e Alexandre e Brunhilda entraram na sala, ligando o holograma, que mostrava a arena.

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Hermes trazia Zeus ao camarote dos deuses gregos, onde Hera estava sentada, próxima à sacada, de olho na arena. O deus mensageiro desapareceu em um piscar de olhos, enquanto Zeus se sentava ao lado de sua esposa.

- Que pressa - disse ela - Hermes nem falou comigo antes de sair.

- Ele está preocupado com Íris, só isso - respondeu Zeus - não me admira que ele não tenha percebido o nome dela de primeira vista, ele pode ser rápido, mas é muito desatento.

Zeus parou de falar quando uma pontada furou seu pescoço de leve, como se fosse uma agulha.

Hera havia tirado uma das várias penas de pavão de sua tiara e a usava como adaga contra seu marido.

- Já lhe disse, não gosto de quem fala mal de meus filhos, Zeus.

- Por favor, mulher - disse Zeus, enquanto baixava a mão de sua esposa - os outros deuses do conselho estão por aqui, não pode controlar esses seus impulsos super protetores por alguns minutos?

- Não mande eu me controlar, fui contra colocar meus filhos nesse torneio desde o princípio!

- Você também votou a favor desse evento.

- Mas não sabia que MINHAS CRIANÇAS iriam participar também!

- Essas "CRIANÇAS" são Deuses milenares! A mais nova deles tem o que, cinco mil anos?

- Me diga você, você é o pai delas! Ou são muitos filhos por aí pra lembrar?!

- A, por favor, amor, foi só uma-

- SÓ UMA?!? UMA VEZ COM CADA, SÓ SE FOR!!

Zeus se levantou de sua poltrona e foi até o parapeito, acenando para Heimdall começar logo a partida.

O narrador não entendeu os sinais, mas começou a narração de uma vez.

- SENHORAS E SENHORES! VAMOS COMEÇAR!

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora