Cap VIII - A Luta Continua

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Brunhilda, sua irmã Sigridrífa, Alexandre o grande e Motobu Choki encaravam a maçaneta sendo girada, alguém tentava entrar no camarote da humanidade. Enquanto a porta era aberta, dois homens conversavam. Um deles tinha pele clara e olhos castanho claro e vestia um terno e uma boina com uma pena, seu cabelo era castanho, quase ruivo, e espetado. O outro tinha pele negra, olhos castanhos e vestia apenas uma calça branca suja, amarrada por uma corda na cintura, seus cabelos eram curtos e pretos. O homem de terno, que tinha uma aparência mais juvenil, entrou primeiro enquanto falava para o que ficou mais atrás.

– É serio, se você quiser eu te empresto meu paleto, vai acabar pegando um resfriado desse gei-

Antes de terminar a frase, ele olhou para a frente e se assustou ao ver que já tinham pessoas dentro da sala. O outro homem pareceu confuso com a reação dele.

 – Caramba que susto – falou o mais jovem, tentando recuperar o folego – mil perdoes, eu não esperava tanta gente por aqui

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– Caramba que susto – falou o mais jovem, tentando recuperar o folego – mil perdoes, eu não esperava tanta gente por aqui.

– Senhoras e senhores – disse Alexandre, se adiantando – esses são mais alguns dos guerreiros que lutarão pela humanidade. Paracelsos, o Alquimista do Milênio, vindo diretamente da Suíça, e Zumbi dos Palmares, um ex escravo que lutou até a morte pela liberdade de seu povo, vindo do Brasil. Senhores, essas são Brunhilda e Sigridrífa, valkirias que vão lutar lado a lado de vocês para conquistar a vitoria, e Motobu Choki, o karateka mais mortal do mundo, outro guerreiro que também participará do Ragnarok.

– Prazer em conhecê-los – disse Paracelsos com uma pequena reverencia.

– Igualmente – disse Brunhilda.

– Brasil, né? – disse Motobu Choki, andando até Zumbi, cruzando os braços – não me parece nem um pouco impressionante.

– Você não é japonês? – perguntou Zumbi em resposta, olhando para ele e cruzando os braços também – "Mais mortal"? De onde veio esse titulo?

– Quer descobrir?

A aura de Motobu tomava conta do local, fazendo o camarote esfriar repentinamente devido a pressão. Mesmo com tamanha presença, Zumbi o encarava, nem um pingo de medo nos olhos.

– Você não tem medo de mim? – perguntou Motobu, sua voz era grave e imponente.

– Nós estamos no mesmo time – respondeu Zumbi, descruzando seus braços, seus punho estavam cerrados, mas ele não parecia estar com raiva – viemos aqui para ganhar mais mil anos para a humanidade, não para brigar um contra o outro. Se soubesse da metade das coisas que eu enfrentei em vida, saberia por que eu não temo você. Não quero te matar aqui.

– Me matar? Você ACHA QUE CONSEGUIRIA?

– Acalmem-se cavalheiros – disse Alexandre, se colocando entre os dois – não desperdicem suas forças um contra o outro. Vão precisar de tudo o que tiverem para enfrentar os deuses.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora