Cap XXX - Equilíbrio

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Na arena Valhalla, Gengis observava Ares à distância, o deus havia sido lançado pela arena graças ao ataque do imperador.

Com a mão erguida, Ares clamava o nome de sua arma, que brilhava intensamente em dourado.

A lança se moldou, ficando mais curta e afiada, sua lâmina crescia, quebrando como vidro.

O deus olhava para Gengis em silêncio, até que sua arma explodiu em um clarão vermelho, revelando sua nova forma.

σπαθί του Άρη (spathí tou Âri - espada de Ares)

- Que bela lâmina você tem aí - disse o humano, admirando à distância a arma. Uma Espata clássica romana, com um pomo pesado e fio duplo, totalmente dourada, mas com detalhes em vermelho, como rachaduras.

- É bem afiada também - respondeu o deus - tem noção de quantas vidas já tirei com ela?

- Fala trezentos, fala trezentos - disse Gunnr na cabeça do imperador.

- Posso lhe garantir que seus tempos de matança acabaram - Gengis puxa seu arco, preparando outro disparo - o último sangue que verá, será o seu próprio!

A flecha do humano corta o vento em direção ao deus, que desvia por milímetros.

Ares começa a avançar, correndo em direção ao humano. Outro disparo se aproxima, mas o deus corta a lâmina no ar sem problemas e continua avançando. A velocidade dos disparos aumentava aos poucos, e a de Ares, diminua, ele precisava de tempo para desviar as flechas.

- Continua assim, Kahn!! - dizia Gunnr na cabeça do imperador.

- Continua avançando, general! - Phobos e Deimos gritavam na plateia.

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- É bem impressionante o Ares conseguir cortar tantas flechas - disse Brunhilda na sala da humanidade - mas... É só isso? Se ele não consegue se aproximar do Gengis pra acertar um golpe, então como ele vai vencer?

- Bom, claramente temos a vantagem por enquanto - disse Alexandre, pensativo - mas temos que esperar. Não conhecia a arma dele, essa... Pólemos. Não sei qual a magia por trás dela.

- A, ela não tem uma - disse Athena, sentada em uma poltrona ao lado.

- Correto, temos que nos preparar pro caso de... Espera, o quê? - Brunhilda olhou para a deusa, surpresa.

- Não tem truque, ela é uma arma como qualquer outra.

- Mas e a troca de formas?

- Sim, essa é a única habilidade dela. Ela pode assumir a forma de uma arma que Ares saiba manusear. Não tem nenhum outro truque por trás.

- Mas... Tudo que ele fez até agora?

- Foi tudo o Ares. A força do Ares, a resistência do Ares, a velocidade, precisão, agilidade. Tudo ele, a arma é só um instrumento pra ele.

- Então ele consegue cortar essas flechas no ar sem o uso de nenhum truque ou coisa do tipo?

- Isso. É a mais pura perfeição marcial do Olimpo. Não é à toa que ele é "o maior guerreiro de todos os tempos".

- Entendo... Realmente impressionante - disse Alexandre, pensativo - a propósito, espero que não se importe de estarmos torcendo contra ele. Eu sei que ele é seu irmão e tudo mais.

- Ah, não precisa se preocupar com isso - disse ela, se arrumando na poltrona - dentre todos os meus irmãos, Ares é o que eu menos gosto. Não só eu, na verdade, praticamente todo o Olimpo odeia ele, com algumas poucas exceções.

Ragnarok - A última EsperançaOnde histórias criam vida. Descubra agora