Zumbi se levantava com dificuldade, rotacionando o braço direito, que parecia ter se machucado durante a queda.
- Esse gás deve mesmo ser venenoso - disse Sigridrífa em sua cabeça - oque podemos fazer quanto a ele?
Enquanto pensava, Zumbi observava ao longe Ah Puch, que caminhava até ele calmamente.
- Ele ficou mais forte quanto entrou em contato com o gás - disse por fim - ou fui eu que ficou mais fraco? Não importa, ele tem vantagem.
- O gás cobriu todo o chão da arena, não da pra escapar dele. Consegue pensar em algum plano?
- Dois, mas um deles pode ser suicida, e eu nem sei se vai funcionar.
- E o outro?
Em resposta, Zumbi agarrou sua corrente da mão esquerda e começou a rotacioná-la, criando uma onda de vento que começou a empurrar o gás para longe.
- O único problema - disse - é que se eu parar, ele volta.
- Eu tenho uma solução pra esse problema.
- E qual é?
- Não parar.
Zumbi deu uma pequena risada em resposta.
- Caramba, você riu! E olha que eu nem tô me esforçando.
- Você me pegou de guarda baixa. Você até parece minha esposa.
- Foco na luta - disse ela, tentando se concentrar - Não é uma boa ideia conversar durante um combate.
Com um aceno de cabeça, Zumbi voltou a se concentrar no oponente.
Ele segurou sua corrente também com o braço direito, mas sentiu uma grande dor quando o fez.
Ele colocou a corrente no chão e pisou em cima. Depois, com toda sua força, puxou o ombro para trás, colocando seu ombro de volta no lugar.
Quando conseguiu segurar sua corrente novamente, repetiu o movimento, empurrando mais nevoa.
Ah Puch avançou sobre ele, com um rápido corte da foice pela lateral. Zumbi pulou no ar para desviar, golpeando com a corrente no ar, enquanto ela rodava como um furacão.
O primeiro golpe acertou as costas do deus, mas ele conseguiu virar a tempo de bloquear o segundo com a lâmina de sua foice.
- Nada mal! - disse Ah Puch, que pulou para longe, para manter distância das correntes do humano, que não paravam de rodar, pousando sobre a nuvem de gás, que começou a subir sobre ele, em direção ao seu ferimento.
Antes que ele fosse curado, Zumbi direcionou o vento para ele, afastando a névoa.
Ah Puch olha confuso ao redor, enquanto a névoa se afasta dele.
- Boa jogada - diz ele, surpreso.
Com um sorriso sádico, o deus da morte avança sobre o humano, correndo enquanto prepara um corte.
Ao chegar perto das correntes, Zumbi começava a golpear com força, mas todos os golpes eram bloqueados pelo deus, que se aproximava enquanto defendia.
O humano começou a rodar cada vez mais suas armas. O som que ecoava do vento sendo cortado pelas correntes era alto, até mesmo macabro.
- Sigridrífa! - disse ele em sua mente - Pode fazer aquilo de novo?
- Claro que posso! - respondeu a valkiria - Continua aí!
Aos poucos, as correntes pararam de rodar tanto, focadas mais em golpear. Quando perto de suas costas, elas diminuíam, e quando iam em direção ao deus, voltavam a crescer. O brilho azul era constante nas armas, que cintilavam durante os golpes.
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Ragnarok - A última Esperança
AcciónO que aconteceria se os deuses decidissem por um fim na crueldade humana, extinguindo a espécie inteira? Foi pensando nisso que uma Walkiria, uma semi-deusa, chamada Brunhilda estudou sobre o Ragnarok, um torneio divino, em que humanos e deuses deve...