Guerras genpei, um confronto lendário japonês, envolvendo os clãs Taira e Minamoto, por volta dos anos 1180 e 1185.
Embora o Heike Monogatari conte muita coisa sobre essa disputa, muitos mistérios ainda assombram essa parte da história.
Batalha de Yokotagawara, 26 de julho de 1181. O clã Taira havia vencido grande parte das batalhas anteriores. Seu trunfo era um homem, um general de determinada divisão dos Taira.
Essa mesma divisão avançava para o campo de batalha. A frente de toda a divisão estava esse homem. Ele era enorme, quase dois metros de altura, vestia uma pesada armadura negra com tecido branco nas juntas. Embaixo de sua armadura, vestia uma pesada cota de malha para proteção extra, ele brandia uma katana em sua cintura.
Um outro homem se aproximou dele a cavalo, ainda rumando o campo de batalha.
– Capitão Kumanosuke, já avistamos os guerreiros do clã Minamoto! – disse o homem.
– A que distancia? – perguntou o capitão.
– Um quilometro e meio a frente, cruzando a colina!
– Mais rápido homens! – gritou o capitão – Se chegarmos antes na colina teremos vantagem!
A tropa dos Taira avançou como um relâmpago, chegando a colina em questão de minutos. Ao chegar no topo do morro, o Capitão deu um sinal para que os arqueiros se preparassem.
Era possível ver os guerreiros do clã Minamoto pararem de cavalgar ao longe, erguendo seus escudos como uma barreira.
Com um sinal de mão do capitão, os arqueiros de Taira começaram uma enxurrada de flechas sobre os inimigos. A tempestade durou quase dois minutos inteiros. Muitos guerreiros haviam perdido suas vidas durante esse primeiro ataque, fazendo a tropa começar a recuar.
– Conseguimos capitão! – disse o homem que havia lhe comunicado antes – Derrotamos os Minamoto novamente!
A tropa de Taira começava a comemorar, fazendo muito barulho.
Durante a comemoração, um homem gritou mais alto que toda a balburdia:
– Guerreiro inimigo avançando!
Quando o capitão olhou para os Minamoto eles estavam parados, tinham parado de recuar, e um único cavalo havia se desprendido do restante.
Ao estreitar os olhos, o capitão tentou prestar mais atenção no homem que avançava contra eles e, ao fazê-lo, viu que nem mesmo era um homem.
– Uma criança?! – perguntou o homem ao seu lado – estão mandando uma criança para o combate?!
– E ainda por cima uma garota! – disse o homem que havia comunicado da aproximação – É uma piada?
O capitão olhou para eles dois, os mandando calar a boca enquanto dizia.
– Não me importa se é uma Onna-bugeisha ou mesmo um bebê. Sé ele pode se defender, então é um inimigo.
O homem puxou as rédeas de seu cavalo, o fazendo avançar morro a baixo, em direção ao inimigo.
– Fiquem ai! – disse ele enquanto descia – Eu, o Capitão Yoshimi Kumanosuke, sou mais que suficiente.
O capitão avançava a cavalo, agora a momentos da guerreira, que havia parado e decido de seu cavalo. Ela era praticamente uma criança, tinha menos de 1,50 de altura, vestia uma armadura vermelha e carregava consigo uma naginata relativamente pequena, seus cabelos eram azuis e compridos e seus olhos eram azuis, quase roxos.
– Quero que saiba – gritou o Capitão enquanto rodava com seu cavalo ao redor da inimiga – que eu não me importo em matar mulheres ou crianças. Isso é uma guerra! Como o grande capitão Yoshimi Kumanosuke, eu não posso ceder frente a qualquer inimigo!
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Ragnarok - A última Esperança
ActionO que aconteceria se os deuses decidissem por um fim na crueldade humana, extinguindo a espécie inteira? Foi pensando nisso que uma Walkiria, uma semi-deusa, chamada Brunhilda estudou sobre o Ragnarok, um torneio divino, em que humanos e deuses deve...