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As coisas estão indo bem aqui neste novo lugar, mas poderia estar melhor se eu conseguisse um emprego. Hobi não ganha muito e eu gostaria de poder ajudá-lo com as despesas. Nossa convivência está sendo boa,cada dia que passa, estou conhecendo ele um pouco mais, é super dedicado ao trabalho e me trata com muito respeito e cumplicidade,estou gostando muito da sua companhia.

Ele me mostrou ser esse ser humano incrível essa madrugada. Eu estava com tanto frio e ele foi tão cuidadoso. Ele colocou meias em meus pés e também um moletom. Foi uma gentileza que eu não esperava.
Lembro também que o vi tomando banho desnudo. Nossa, e mesmo com um pouco de sono na hora, me deu até um calor, que homem é esse? Se fosse meu,  eu não sairia de cima. Será que ele é bom de sexo? Pelo o cara incrível que está se mostrando, não deve ser ruim em nada. Sorrir dos meus pensamentos. Ah , só posso estar mesmo carente, aliás estou subindo pelas paredes. Preciso dar um jeito de matar essa abstinência. De repente, a porta do quarto se abriu e Hobi entrou sério.

— Olá? — Falei e ele apenas balançou a cabeça e foi direto para o banheiro.

Ouço o barulho do chuveiro e achei aquela atitude muito estranha, o que será que aconteceu?Assim que ele saiu enrolado em uma toalha, olhei discretamente para seu corpo. Aquele abdômen, com as gotas de água descendo, me deixou querendo passar a língua ali. Desviei o olhar rapidamente. O que eu estou pensando!? Mas a verdade é que ver ele assim, só de toalha tornou-se uma rotina para mim fazer isso.

— Está tudo bem? —  Ele olhou para mim e assentiu.

— Você quer jantar na cidade hoje?

— Claro que sim.

— Então vai se arrumar!  —  Saí da cama e fui ao banheiro.

Quando fiquei pronto, descemos e dissemos que íamos jantar na cidade. Reparei que Rose olhou para Hobi e sorriu. Tenho certeza que ela está tramando algo.
Fomos para o carro e Hobi dirigia em silêncio.

—  Conheço você há pouco tempo, mas sei que algo o está incomodando.  — Ele olhou para mim e assentiu.

— Sim! Foi Rose!

— Eu sabia! O que essa garota fez?!

— Eu a levei para o trabalho hoje. Você acredita que a garota começou a tirar o vestido dentro do carro...

— Essa garota é maluca?

— Completamente!  Ela estava nua, se oferecendo descaradamente. Precisava ver. Ficou falando coisas e eu me irritei, disse que não queria nada com ela e expulsei ela do carro. Ela ficou furiosa, me disse que ninguém nesta cidade lhe disse não. Que eu só poderia ser gay mesmo. Falou horrores e disse que não desistiria.

— Que puta!  — falei com raiva.

— E tem mais, ela falou de você também!

— O que, mas que vadia.

—  Ela tinha certeza que você não me dava prazer,  disse para eu ir ao quarto dela hoje à noite, a garota é completamente louca.  Foi uma situação muito constrangedora.  Eu nunca passei por isso na minha vida.  Por isso não queria jantar em casa, e a menor vontade de olhar para a cara  dela.

—  Claro que entendo perfeitamente! Obrigado por me contar!  —  Eu coloquei minha mão em sua coxa.

— Só podemos confiar um no outro!  — Ele me pegou pela mão e eu assenti.

— Mesmo assim, você não tinha o direito de me dizer e fez, obrigado pela confiança. — Ele me olhou e então soltou minha mão para trocar de marcha.

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