capítulo 10

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Amélia P.O.V

C: fecha logo esse caso Rodrigues - falou e eu bufei a olhando, faz mais de uma semana que eu estou investindo o assassinato deste homem mas nada aponta para o culpado - deixa em aberto.

A: Santiago tem alguma coisa que eu não estou vendo, eu tô sentindo - falei olhando para os depoimentos que eu peguei dos vizinhos dele, a Carol suspirou negando com a cabeça e voltou para a mesa dela.

Eu fiquei um tempo olhando os depoimentos e lendo o laudo da perícia procurando alguma coisa que indiquei quem é o assassino, eu senti alguém tocar o meu ombro e olhei para cima vendo a Luana me olhando com um sorriso.

A: aí bebê eu esqueci que iríamos almoçar hoje, estou meio enrolada aqui - falei tocando a mão dela e a olhei vendo ela com uma calça jeans e um blusão cinza que vai até o meio das coxas dela.

L: é... tudo bem Melia, eu posso ir sozinha e já te vendo estou feliz - falou sorrindo e beijou minha bochecha e eu ri baixo olhando para a mulher a minha frente - só uma coisa antes de eu ir, o senhor que vai lá na livraria é o dono e ele vai se aposentar por isso ia lá todos os dias, as vezes as pessoas não são oque parecem né.

A: pera, oque você falou - perguntei a olhando e ela sorriu olhando para mim sem entender, oque ela falou me fez pensar em uma coisa que talvez faça sentido.

L: que ele é dono da livraria, eu fiquei surpresa na hora que ele me contou mas entendi por que ele vai lá...

A: não querida a outa parte - falei interrompendo ela e ela me olhou sem entender nada.

L: que as pessoas não são oque parecem?

A: sim, isso mesmo - falei mexendo nos depoimentos e peguei o depoimento da esposa dele, eles estavam casados a pouco tempo e ela estava em choque a hora que eu fui pegar o depoimento dela, parecia abalada ou talvez queria parecer abalada - meu amor você me deu uma ideia, David me traz a fixa da esposa dele.

D: oque está pensando - perguntou vindo até minha mesa na cadeira de rodinhas com a fixa da mulher, o David é um homem alto, branco, com barba rala e cabelos raspados, ele tem uma cicatriz na bochecha de uma bala que pegou de raspão nele quando foi me tirar da mira, se ele não entrasse na minha frente eu estaria morta hoje.

A: a mulher dele estava a menos de um ano na cidade, eles casaram estranhamente rápido - falei e comecei a pesquisar sobre a mulher e vi que não tem nada sobre ela com mais de cinco meses - essa mulher é um fantasma, não tem rede social, não tem família, não tem nada sobre ela.

D: talvez ela só seja recusa - falou e eu neguei com a cabeça pegando a fixa do homem e vi alguns boletins de ocorrência sobre estrupo mas todos foram retirados e eu mostrei ao David - não estou entendendo onde quer chegar.

Eu neguei com a cabeça e comecei a mexer na minha mesa procurando o jornal do mês passado e vi sobre uma serial killer que mata estupradores antes de ter relações com eles.

D: acha que é ela - perguntou e eu concordei com a cabeça olhando para ele e a Luana me olhava sem entender muita coisa.

A: ela tem o perfil, ela é uma mulher bonita e não seria difícil pra ela achar esse tipo de homem - falei olhando para ele e ele concordou com a cabeça ainda olhando oque eu dei a ele - e no laudo da perícia dizia sobre o uso de viagra, eu achei que não fosse nada demais mas ele entra no perfil das vítimas, homem acima de quarenta anos, branco, acima do peso e tem passagem na polícia por dirigir bêbado.

D: se você estiver certa temos que sair agora ela disse que faria uma viagem - falou e eu arregalei os olhos olhando para ele - vou avisar o capitão.

A: Luana vou ter que ir mas eu te pego no trabalho tá bom - falei me levantando olhando para ela e beijei a bochecha dela e ela concordou com a cabeça.

A menina do 213Onde histórias criam vida. Descubra agora