Capítulo 3

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POV CAROL

Entramos em um dos meus restaurantes preferidos, Pri puxou a cadeira tanto para mim, quanto para Malu sentarmos e nós não deixamos de rir com a sua atitude.

Malu: Sério, que fofa. – Apontou para Pri, enquanto ria. – Mulheres decentes estão em falta no mercado.

Priscila: Ela é sempre assim? – Questionou ao meu lado.

- Assim como?

Priscila: Assim deixando sempre sem graça. – Brincou, fazendo-nos gargalhar.

Malu: Hey, isso ofende. – Chiou, com um sorriso brincalhão no rosto.

Priscila: Desculpe. – Encolheu os ombros. Debochada.

Malu: Odeio ficar de vela. – Suspirou, nos olhando. – Pelo menos vocês não ficam se comendo na minha frente.

-... e nem nas tuas costas. – Murmurei sugestiva, Pri gargalhou.

Malu: O que? A Americana não faz o trabalho direito?

- Se ela pelo menos fizesse alguma coisa eu estaria feliz. – Brinquei.

Priscila: Por que vocês estão falando de mim como se eu não estivesse aqui? – Falou em meio a sorrisos.

- Se quiser podemos falar em português. – Impliquei.

Priscila: Finjam que não estou aqui. – Olhou para o lado, rindo.

Malu: Parem de graça vocês duas, quero saber o que está acontecendo. – Ordenou, olhando-nos séria.

- Priscila virou pura.

Priscila: Mentira. – Retrucou.

- Você não está aqui, lembra?! – Estreitei os olhos.

POV PRISCILA

Lá pelas tantas pedi licença e fui até um local mais reservado para atender ao telefonema de Bia, já alarmada pelo fato dela me ligar de tão longe.

Bia: Fala cunhadinha. – Brincou, com a voz alegre do outro lado.

- Está doente? Sabe quanto vai te custar essa ligação? – O bombardeei incrédula.

Boa: Qual é, não sou mão de vaca como uns e outros por aí. – Foi irônica, enquanto ria. – Como estão as coisas?

- Maravilhosas, você deveria vir conhecer esse lugar, é incrível. – Sorri sozinha, escorando-me em uma parede que havia por ali.

Bia: E Carol, como está?

- Com fogo. – Murmurei, rindo.

Bia: Hein?

- Bia, essa garota vai me enlouquecer, sinceramente. – Suspirei. – Desde que desci do avião só o que ela faz é me provocar.

Bia: E o que te impede de ir na onda dela? – Questionou claramente confuso.

- Sua mãe. Não quero ir muito longe com ela em casa. – Olhei de relance para a mesa em que estava certificando-me que Carol não levantou para vir atrás de mim.

Bia: Compreensivo.

- Não, eu não quero saber se tu fez algo ou deixou de fazer dentro da minha casa. – Avisei logo.

Bia: Eu não ia te contar mesmo. – Rebateu, com a voz enigmática. – Leva ela para um lugar especial, faz um ano já né?! Ambas devem estar desesperadas.

- Gênia, o problema é que não sou daqui, sequer entendo o que as pessoas falam. – Lembrei. – como vou ser capaz de levá-la para algum lugar?

Bia: Sei lá garota, se vira. – É, ela fala como se tudo fosse muito fácil. – Saca só, vou desligar, tenho um encontro com tua irmã.

O Intercambio 2  - CAPRI Onde histórias criam vida. Descubra agora