Capítulo 9

3K 186 50
                                    

POV CAROLYNA

Oito horas em ponto, estava pronta. E, pude perceber, que Pri também.

- Para que tudo isso? – Questionei, olhando o monte de bugiganga que ela carregava.

Priscila: Faz parte da surpresa. – Sorriu.

- Quer ajuda? – Ela negou. – Vamos?

Priscila: Vamos. – Caminhou até a porta. – er... será que você pode...? – Indicou-a, logo entendi e abri. – Obrigada.

Saímos um tanto atrapalhadas.

- Como iremos?

Priscila: A abóbora não virou carruagem, princesa, vamos de taxi. – Brincou – mas antes. – Soltou todas as tralhas no chão e pegou uma venda preta.

- Você só pode estar de brincadeira. – Disse incrédula.

Priscila: Calada. – Sorriu e colocou-a em mim. – Quantos dedos têm aqui?

- Quantos você quer que tenha?

Priscila: Coopere, Carolyna. – Reclamou, impaciente.

- Não enxergo nada. – Suspirei, sua mão tocou a minha e ela me guiou até colocar-me sentada, então tudo ficou em silêncio por uns segundos, até Pri retornar.

Priscila: Pronto, podemos ir. – Avisou ao motorista.

- Como ele sabe para onde ir? – Questionei. – Como ele te entende?

Priscila: Quieta, mi amor, já cuidei de tudo. – Minha perna tremia, impaciente, até que sua mão pousou sobre ela. – Tranquila. – Falou com a voz mansa, digna de uma adestradora.

- Não sou um cachorrinho, se ainda não percebeu. – Sim, surpresas me estressam, escutei-a abafar o riso.

POV PRISCILA

Demoramos um pouco para chegar no local e eu realmente espero que valha a pena tudo isso, não quero decepcioná-la agora. Com cuidado a tirei do carro, já havia acertado as contas com o motorista, que por sinal é o tal namorado do Rafa. Após colocá-la paradinha do lado de fora, tirei todas as coisas que trouxe.

- Pronto, pode desamarrar a venda. – Sorri, ajudando-a.

Carol: Mas... O que? – Olhou em volta, com os lábios levemente abertos, demonstrando a surpresa. – Como você descobriu? – Me olhou.

- Malu. – Sorri. – Ela foi de grande utilidade.

O barulho da água caindo das cachoeiras era a única coisa que escutávamos, nenhum outro som havia por ali.

- Ela me contou o quanto você adora esse lugar. – Comentei. – E que sempre que precisava pensar corria para cá.

Carol: Sim, eu... – ela piscou seguidas vezes. - ...Nossa. – Suspirou. – Desde o intercâmbio eu não vinha para cá. – Sorriu. – Havia esquecido como é maravilhoso. – Caminhou até a beira do rio, onde se abaixou e molhou a mão.

- Não sei se o que eu preparei para hoje vai conseguir chegar aos pés desse espetáculo da natureza... – indiquei a cachoeira.

Carol: Me trazer até aqui foi a coisa mais linda que já fizeram por mim. – Sorriu, levantando-se e vindo até onde eu estava. – Quer dizer que você se importa.

- É óbvio que eu me importo. – Passei os braços em torno de seu corpo. – Foi seu primeiro segredo que descobri.

Carol: Acho que terei que brigar com Malu por te revelar ele. – Brincou. – Esse sempre foi o meu cantinho favorito da cidade, onde eu podia fugir do mundo.

O Intercambio 2  - CAPRI Onde histórias criam vida. Descubra agora