Capítulo 31

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POV PRISCILA

Quando entrei na cidade, os prédios conhecidos, o aroma e o barulho de L.A me tranquilizaram. Realmente, não há nada melhor que estar em casa. Diminui a velocidade, ainda que cansada e louca para dormir um pouco, não pude perder a chance de fazer um passeio. As ruas estavam movimentadas, uma das avenidas havia sido fechada por algum motivo e isso causou uma tranqueira enorme.

Liguei o rádio e sintonizei em uma estação que comentava o transtorno. Peguei a notícia no final e acabei por não entender muita coisa, além de que a polícia está envolvida.

Dei toda a volta, devido a avenida fechada e como o caminho iria me fazer passar perto da casa de minha mãe decidi dar um pulo lá e ver como estão as coisas.

Toquei a campainha e esperei uns segundos, antes da porta ser aberta por meu irmão.

- Tampinha. – Sorri, roubando-lhe o boné e bagunçando seus cabelos.

Pedro: Qual é, devolve aí. – Tirou da minha mão, rindo. Adentrei na sala.

Adriana: Filha. – Minha mãe levantou do sofá, antes que eu pudesse dizer que não era necessário.

- Olá Mãe. – Abracei-a, dando um beijo em sua testa. – Decidi fazer uma visita.

Adriana: Já estávamos com saudade.

Pedro: Diga por você. – Implicou meu irmão, enquanto colocava um sorriso no rosto.

Conversa vai, conversa vem, minha mãe tocou em um assunto delicado.

Adriana: Oh meu anjo, estamos todos preocupados com Carolyna... – comentou. - ...tens falado com ela?

- Com Carolyna? Por quê? – Franzi o cenho.

Adriana: Não viu o noticiário? Está passando em todos os canais.

Gelei.

- Não. – Fitei-a. – o que aconteceu?

Então ela me contou tudo que ocorreu com a ONG. Suspirei, negando com a cabeça.

Adriana: Estamos apreensivos, ela não atende o celular.

- Ela está ótima, mãe. – Disse com a voz áspera. – Está fazendo o que ama. – Lancei um olhar de relance para meu irmão, ele estava distraído. – Aliás, ela vive para isso. Deve estar feliz.

Pedro: O projeto dela está se despedaçando, ela não deve estar soltando fogos de artifício. – Meu irmão se meteu.

- Pedro, acredite, ela está. Arrumou uma desculpa perfeita para se esconder no trabalho de novo. – Minha voz saiu mais amarga do que deveria.

Minha mãe me olhou preocupada e eu soube que era hora de ir embora. Antes que acabasse falando demais.

~*~

POV CAROL

Finalmente chegou a sexta-feira, a semana foi tumultuada, entre entrevistas e tentativas de invasão da polícia sequer tive tempo para respirar, estava praticamente tirando a arma dos brigadianos e entrando por conta própria.

Porém, nem sempre acaba quando termina.

Após a revolta ser controlada o telefone não parou no gancho dois segundos. Telefonema de repórteres e de familiares de pacientes foram constantes. Dentro da clínica estava tudo demolido, assim sendo, contratamos enfermeiros reservas para que ficassem um com cada paciente em suas casas para que conseguíssemos arrumar a bagunça e repor os moveis e maquinas quebradas.

O almoço foi riscado da minha lista de prioridades, bem como dormir. Quando eu conseguia ir para casa não pregava os olhos nem duas horas, pensando em tudo que teria que fazer no dia seguinte.

O Intercambio 2  - CAPRI Onde histórias criam vida. Descubra agora