Capítulo 8

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POV CAROL

Priscila: Ninguém especial. – Desconversou. – Venha cá. – Bateu no colchão entre suas pernas, engatinhei até lá, ela envolveu os braços em torno de meu corpo e roçou o nariz por meu pescoço. – Está cheirosa... – Comentou, pousando um delicado beijo no local.

- Estou curiosa também. – Encostei-me nela, ignorando os arrepios. – Com quem falava?

Priscila: Já te disse meu amor, não era ninguém. – Sorriu.

- É claro que era alguém. – Retruquei. – De L.A?

Priscila: Deixa isso para lá. – Fugiu novamente, suspirei pesadamente. – Curiosa. – Beijou minha bochecha.

Acabamos passando o resto da tarde por ali, jogadas, sem fazer nada de especial, mas ao mesmo tempo era o programa perfeito.

Danda: Crianças... – minha mãe adentrou no quarto, fazendo-nos rir. - ...vamos ao shopping?

Olhei para Pri, que aceitou o convite de bom grado.

- Ah é assim?! Comigo é um drama para ir, agora com minha mãe não. – Fingi estar brava.

Priscila: Amor, é minha primeira sogra. – Respondeu. – Eu preciso puxar o saco, né?! – Gargalhei, dando um beijo leve nos lábios dela.

Nos arrumamos e seguimos para o shopping com minha mãe, quando chegamos ela foi para um lado e fomos para o outro, combinando de nos encontrarmos na praça de alimentação daqui há uma hora. Entrelacei meus dedos aos dela, enquanto passeávamos pelo local.

- Olhe, isso é um absurdo! – Exclamei, olhando o preço de um simples par de brincos. – Quem é louco a ponto de pagar mais de cem reais por essa coisa? – Sussurrei incrédula.

Sai da loja ainda chocada com preço daquele pequeno material.

Priscila: Se eu te disser que já paguei muito mais por algo que só estragou minha vida, o que me responderia? – Mandou a pergunta, como se estivesse comentando o tempo.

- Que agora isso não importa mais.

Priscila: É por isso que eu te amo. – Passou o braço em torno de minha cintura, beijando-me os cabelos. – Hey, o que acha dessa aliança? – Trancou na frente de uma loja.

- É bonita. – Sorri.

Priscila: Você usaria?

- Depende.

Priscila: De que? – Me olhou, com a testa franzida.

- De quem vai me dar. – Pisquei para ela, puxando-a para que pudéssemos seguir o passeio.

A noite foi agradável, porém não demoramos muito por lá. Logo estávamos em casa. E minha mãe não perdoou, me colocou para dormir em um colchão no chão do quarto dela, deixando Pri sozinha no meu.

Na manhã seguinte, quando acordei, ela não estava em casa.

- Mãe, onde a Priscila foi? – Questionei, descendo as escadas correndo.

Danda: Hm, não sei. – Seguiu com os olhos na panela que mexia, enquanto eu entrava na cozinha. – Ela avisou que ia fazer umas coisas e saiu.

Voltei para a sala e sentei no sofá. Depois do que aconteceu na boate foi inevitável não pensar no pior. Mas, no momento que ia começar a me desesperar, a campainha tocou.

Priscila: Bom dia, dorminhoca. – Entrou, sorrindo, porém logo seu sorriso murchou, ao ver minha expressão séria. – O que?

- Como assim o que? – Disse incrédula, fechando a porta. – Você some sem mais nem menos e não me deixa nem um recado.

O Intercambio 2  - CAPRI Onde histórias criam vida. Descubra agora