Capítulo 29

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Pov Juliette

Priscila: Que tal um café, senhorita Borges?! - Convidou, com um sorriso que me fez gargalhar.

- Com toda a certeza, senhorita Caliari. - Respondi, sorrindo. - O único problema é que acho que nem pão velho tem em casa. - Franzi o nariz.

Priscila: Justamente por isso estava pensando em sairmos. - Apertou-me a bochecha. - Há uma padaria a algumas quadras daqui, onde se vende as mais estonteantes guloseimas da região.

- Então vamos. - Disse alegre. - Somente preciso trocar de roupa. - Ela correu os olhos pelo meu roupão e assentiu. Soltei-me de seus braços e agilizei minha arrumação, ficando pronta em um tempo recorde de trinta minutos.

Corei diante do olhar arrebatador de Priscila.

- Estou tão terrível?! - Brinquei, terminando de descer as escadas. Ela se aproximou, tocando meu rosto levemente.

Priscila: Me encanta. - Sorriu, terna. De qualquer modo optei pela simplicidade, uma blusa branca normal, calça jeans, all star e uma trança frouxa. Por isso me choca quando Pri faz esse tipo de comentário. - Sabe que sempre tive sonhos com camponesas?! - Debochou, um segundo depois. A empurrei, rindo, enquanto passava por ela e me encaminhava para porta. - Carolyna, por Deus, não rebole. - Grunhiu, atrás, aumentando minha gargalhada. - Ou não vamos nem até a varanda. - Passou o braço por cima do meu abrindo a porta enquanto cheirava meu pescoço. Arrepiei-me com o ato.

Ela entrelaçou os dedos nos meus enquanto caminhávamos pelas ruas praticamente vazias da cidade. O sol aquecia-nos e o vento trazia o cheiro do campo, passando uma sensação única de liberdade. Após um tempo relativamente curto chegamos em frente a uma casa simples com o nome praticamente apagado da placa que dizia "Café da nona". Sorri.

Entramos no local pequeno e com o aroma delicioso de pão de casa misturado com algo que lembrava os finais de semana com minha avó. Pri sentou em uma das pequenas mesas, me fazendo acompanhá-la.

***** - Oh, não acredito, minha menina! - Uma simpática senhora na casa dos setenta anos e com cabelos naturalmente brancos exclamou surpresa ao ver Pri, que prontamente levantou para abraçá-la.

Priscila: Olá, nona. - Disse com um carinho eminente da voz que me encheu de ternura.

Nona: - Quem é essa bela moça, filha?! - Sorriu, olhando para mim. Levantei, indo cumprimentá-la e sendo recepcionada com um caloroso abraço.

- Sou Carolyna, muito prazer. - Respondi por ela, não a fazendo passar pelo constrangedor momento de me intitular como algo.

Nona: - Olhe só, que linda. - Tocou meu rosto, enquanto sorria. - Oh Pri, você tem uma amiga e tanto. - Sorriu, alegremente. Ela riu de minha expressão acanhada. - José! - Chamou. - Prepare um excelente café para essas duas jovens. - Ordenou, enquanto sumia entre duas portas.

Priscila: Desde que Amanda comprou a casa aqui, sempre viemos tomar café na Nona, é como uma tradição. - Explicou, diante de meu olhar curioso. - Ela nos trata como se realmente fossemos parte da família.

O carinho com o qual ela falou da senhora fez com que eu sentisse que a amo ainda mais.

Nona: E sua irmã?! Diga a ela que não mandarei mais seus bolinhos se não vier me visitar. - Comentou, enquanto distribuía xícaras em nossa mesa.

Priscila: Está grávida, nona. - Contou-lhe. A senhora parou o que fazia e abriu um sorriso que ofuscou até a luz do sol.

Nona: Não me diga. - Disse surpresa. - Oh, que maravilha. - Colocou as duas mãos no rosto. - Uma criança, era o que faltava nesse lugar. - Sorriu.

O Intercambio 2  - CAPRI Onde histórias criam vida. Descubra agora