Capítulo 11

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POV CAROL

De longe consegui perceber que ainda que Pri estava tentando se manter inabalável, o recado de Pedro a deixou emocionada. Não é para menos, ela o adora.

- Está bem? – Afaguei seus cabelos, ela respirou pesadamente, para conter as lágrimas e somente depois assentiu.

Deixei-a sozinha para que pudesse se acalmar ou até permitir-se chorar, coisa que certamente não faria em minha frente. Sem saber o que fazer, fui para a cozinha tentar fazer um bolo. Coloquei o livro de receita aberto sobre a bancada e peguei os ingredientes, tacando-os para dentro da tigela. Um tempo depois senti me abraçarem por trás, sorri.

Priscila: O que cozinha? – Questionou, aquela voz rouca e carregada de sotaque.

Ela beijou meu ombro e encostou o queixo ali.

- Um bolo. – Informei, orgulhosa, tirando-o da forma e o vendo simplesmente desabar. – Ou era para ser um. – Fiz uma careta, ouvindo Pri rir.

Priscila: É ele... – tentou ajudar. - ...até que se olhar assim... – virou um pouco a cabeça. -... Er...

- É um desastre.

Priscila: É. Desculpe. – Encolheu os ombros.

- Tudo bem, para isso existe as confeitarias. – Peguei tudo e taquei no lixo, sem dó.

Priscila: Venha cá, minha cozinheira. – Abraçou-me pela cintura. – Está toda cheia de farinha. – Comentou, rindo, enquanto passava o dedo por minha bochecha, limpando.

POV PRISCILA

Carol: Vamos logo, Pri. – Chamou, impaciente da porta da sala onde estava parada em pé.

Neguei com a cabeça e desci as escadas rindo de sua pressa.

- Malu não vai se importar se nos atrasarmos um pouco para o jantar. – Comentei, chegando onde ela estava.

Carol: Você não a conhece como eu. – Saiu porta a fora, segui-a. Apertou o botão do elevador cinco vezes seguidas.

- Você sabia que isso não vai o fazer vir mais rápido? – Comentei, ela rosnou e cruzou os braços.

Em pouco tempo, para o alivio de Carol, estávamos dentro do taxi. Enruguei as sobrancelhas, não reconhecendo o caminho.

- Não íamos para a casa da Malu?

Carol: Não. – Sorriu. – Vamos jantar com ela. – Explicou. – Fora de casa. –Assenti.

- Onde?

Carol: No clube.

Sem mais perguntas olhei pela janela, enrugando a testa para as placas em Português. Suspirei, é extremamente irritante não poder ler nada, vem me dando dor de cabeça. Descemos, Carolyna não me deixou pagar, alegando que é meu aniversário.

- O restaurante não é para lá? – Indiquei com a cabeça, o local onde sempre almoçávamos quando vínhamos aqui.

Carol: É. – concordou.

Mas seguiu andando na direção oposta. A segui, afinal, não conheço o clube todo para saber se não há outro local para comermos.

Carol: Acho que Malu ainda não chegou. – Suspirou, olhando as luzes apagadas de dentro do salão de festas. – Marquei com ela aqui. – Explicou. – Vamos ver se não entrou? – Assenti. – Vai na frente, tenho medo do escuro. – Me empurrou, fazendo-me rir.

Abri a porta e no segundo seguinte várias pessoas saltaram sabe-se lá da onde e jogaram confetes em minha cabeça enquanto gritavam em um coro só.

- SURPRESA!

O Intercambio 2  - CAPRI Onde histórias criam vida. Descubra agora