Capítulo 3

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   A adrenalina corria em minhas veias, as mãos apertando firmemente o volante enquanto minha mãe cantarolava algo.

— Agora vire a direita.

— Obrigada mamãe GPS. — Brinquei com o apelido, ela riu.

— Vamos.

— O clima está horrível, a senhora não quer assumir o volante? — Olhei para os céu, estava num tom cinza escuro e os ventos me faziam ter que segurar firme no volante.

— Tudo bem querida, não estamos tão longe.

Em poucos minutos a chuva começou a cair em gotas grossas e agressivas, a estrada estava encharcada, e os carros diminuíram a velocidade.

— M-mamãe podemos parar?

— Não dá pra parar nessa pista, continue assim querida está tudo bem. — Ela segurou meu ombro com um sorriso amigável, respirei fundo tentando aliviar a ansiedade.

De repente um caminhão se descontrolou na pista derrubando várias árvores no meio da estrada, os outros carros se descontrolaram, minha mãe puxou o freio de mão mas a roda deslizou na direção dos carros na frente.

Quando acordei meu corpo estava fervendo, estava deitada em uma maca de metal fria, conseguia identificar o local, era a clínica. Sentei-me na mesma sentindo uma dor latejante no meu ombro, quando coloquei a mão lembrei de tudo, aquela mulher me mordeu e arranhou meus braços, mas agora estavam completamente curados.

— N-não. — Minha voz saiu fraca, por quanto tempo apaguei?

De repente ouvi um telefonema, estava tão alto que parecia tocar dentro da minha cabeça, mas não havia nada, nem mesmo dentro da clínica. O som de um carro passou tão alto ao meu lado que pulei para trás, quando olhei para minhas mãos, as unhas me assustaram, estavam tão grandes... parecendo garras.

— Não. Não não não. — Neguei, ela havia me transformado em um deles, um lobisomem. — Eu vou matar ela!

— Aly? Aly, está tudo bem. — Deaton entrou na sala, mostrei meus dentes afiados para ele.

O homem recuou, de repente todo o raciocínio lógico do meu cérebro ficou turvo, meus únicos instintos agora eram encontrar a lobisomem, e mata-la. Passei por Deaton o atirando longe com toda a minha força, rosnando feito um cão raivoso, saí pela porta da frente disposta a encontrar a mulher que me amaldiçoou.

— Scott é a Aly, ela fugiu. — Deaton disse no telefone, levantando-se do chão.

Em menos de uma hora, Scott encontrou-se com Deaton na clínica e o ajudou com alguns arranhões feitos por mim, sem intenção.

— Pra onde ela foi? — Scott perguntou, acompanhado de Stiles.

— Eu não sei, mas vocês tem que encontrar ela, estava raivosa e fora de controle. — Scott assentiu, e saiu da clínica com o telefone nas mãos.

— O que vamos fazer?

— Pedir ajuda. Aly é um beta agora, ela precisa de um alfa. — Ele dizia, com o telefone perto do rosto.

— Espera, espera. — Stiles o segurou. — Ela precisa de um alfa, Scott ela foi atrás de quem a mordeu.

— Kali.

Os dois correram pro carro, no caminho Scott colocou a cabeça para fora do Jeep para tentar farejar.

— Ela foi pra floresta! — Gritou se apoiando no carro.

Estava correndo tão rápido que não fazia diferença se meus pulmões aguentariam ou não, de repente tropecei em um galho e rolei sem controle até um penhasco, estava prestes a cair quando uma mão me puxou. Ele tinha olhos vermelhos como os da lobisomem que me transformou, e era duas vezes mais alto.

A Maldição do Lobo, Teen WolfOnde histórias criam vida. Descubra agora